Análise parasitológica de Lactuca sativa provenientes de restaurantes self-service de uma cidade da região Noroeste do Paraná
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v13i11.47284Palavras-chave:
Helmintos; Verduras; Contaminação de alimentos.Resumo
Lactuca sativa representa a verdura mais utilizada na alimentação humana sendo consumida através de saladas. A ingestão de Lactuca sativa pode apresentar riscos à saúde humana devido à probabilidade de transmissão de parasitas intestinais. No entanto, as condições higiênicas e sanitárias de hortaliças como alface proveniente de restaurantes são pouco estudadas. Dessa forma, o objetivo do estudo buscou procurar contaminações parasitárias em alfaces provenientes de restaurantes self-service localizados aleatoriamente em ruas e shoppings center do município de Maringá, Paraná. A pesquisa realizada foi transversal descritiva quantitativa, feita entre os meses de abril e maio de 2024. Foram analisadas 44 amostras e a porcentagem de positividade foi de 34,09%. A contaminação parasitológica foi maior nas amostras provenientes dos restaurantes de rua, com 10 amostras contaminadas (22,72%), quando comparada a porcentagem encontrada nas alfaces presentes nos restaurantes de shoppings, com 5 amostras contaminadas (11,36%). Nos restaurantes de rua, 18,18% das mostras apresentou Endolimax nana e 9,09% Giardia lamblia. Já nos restaurantes localizados nos shoppings center em 11,36% das amostras encontrou-se E. nana. A presença de cistos de protozoários nas alfaces indica que a contaminação de humanos ao ingerir a hortaliça é possível. Para evitar tal infecção, medidas de higienização dos manipuladores devem ser implementadas.
Referências
Benevides, B. S. (2024). Parasitoses intestinais. Website da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e de Comunidade. https://www.sbmfc.org.br/parasitoses-intestinais/.
Brasil. (2024). Giardíase. Ministério da Saúde. https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/g/giardiase.
Brasil. (2024). Contaminantes em alimentos. Ministério da Saúde. https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/alimentos/contaminantes.
Castro, F.T. (2007). Restaurantes do tipo self-service: análise dos aspectos sanitários e dos manipuladores de estabelecimentos localizados nos shoppings center da cidade do Rio de Janeiro-RJ. Dra. Kátia Cilene Tabai. Dissertação para obtenção do Grau de Mestre em Ciências no curso de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos, área de concentração em Ciência de Alimentos. UFRJ, Rio de Janeiro.
Coelho, L. P. S.; Oliveira, S. M. & Milman, M. H. A. (2001). Detecção de formas transmissíveis de enteroparasitas na água e nas hortaliças consumidas em comunidades escolares de Sorocaba, São Paulo, Brasil. Rev. Sociedade Brasileira Med. Trop., 34(5), 479-482.
Junior, J. P.; Gontijo, E. E. L. & Silva, M. G. (2012). Perfil parasitológico e microbiológico de alfaces comercializadas em restaurantes self-service de Gurupi-TO. Rev. Científica do ITPAC. Araguaína, 5(1), 1.
Lemos, M. (2024). Endolimax nana: o que é, sintomas, transmissão e tratamento. https://www.tuasaude.com/endolimax-nana.
Macena, T. N. S.; Ferreira, M. H. G.; Santos, G. M. T. & Souza, L. T. (2018). Análise parasitológica de alfaces servidas em restaurantes self-service do município de Teixeira de freitas-BA. Rev. Mosaicum, 27(27), 1.
Mandeville, K. L.; Krabshuis J.; Ladep N. G.; Mulder C .J.; Quigley E. M. &. Khan S. A. (2009). Gastroenterology in developing countries: issues and advances. World J. Gastroenterol. 2009;15(23),2839.
Marzochi, M. C. A. A. (1977). Estudos dos fatores envolvidos na disseminação dos enteroparasitas. II – Estudo da contaminação de verduras e solo de hortas na cidade de Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil. Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo, 1(19), 148-155.
Novacki, J. F.; Barcelos, I. B.; Valiatti, T. B. & Góis R. V. (2017). Análise parasitológica de alfaces (Lactuca sativa) comercializadas em um feirão do município de Ji-Paraná, Rondônia. Rev. UNINGÁ Review, 29(1), 64-69.
Pereira, A. S et al. (2018). Metodologia da pesquisa científica. [free e-book]. Santa Maria/RS. Ed. UAB/NTE/UFSM.
Ribeiro, G. M. R.; Silva, V. H. F.; Freitas, L. L.; Fazolo, K. P. & Fernandes, F. M. (2015). Avaliação parasitológica de alfaces (Lactuca sativa) comercializadas em feira livre e supermercados na cidade de Muriaé (MG). Rev. científica da Faminas, 11(2), 1.
Santomauro, R. A. et al. Investigação de parasitas e coliformes em hortaliças folhosas provenientes de restaurantes self-service em shopping centers. Revista ensaios e ciências, 27(4), 449-453, 2023.
Santos, S. M. T.; Soares, B. L. P.; Maria, R. A. R.; Lima, A. F. & Junior, A. F. S. X. (2017). Isolamento e identificação de parasitas encontrados nas verduras dos principais supermercados de Maceió/AL. Rev. Cadernos de Graduação, Ciências Biológicas e de Saúde Unit, Alagoas, 4(2), 47-56.
Silva, L. P.; Silva, V. S.; Ludwig, K. M.; Montenote, M. C & Silva, M. R. G. (2014). Avaliação parasitológica em amostras de alfaces (Lactuca sativa var. crispa) comercializadas no município de Quatá, São Paulo, Brasil. Biosci. J., Uberlândia, 30(4), 1252-1258.
Silva, E. J.; Silva, R. M. G. & Silva, L. P. (2009). Investigação de parasitoses e/ou comensais intestinais em manipuladores de alimentos escolas públicas. Bioscience Journal, Uberlândia, 25(4), 160-163.
Soares, B. & Cantos, G. A. (2005). Qualidade parasitológica e condições higiênico-sanitárias de hortaliças comercializadas na cidade de Florianópolis, Santa Catarina, Brasil. Rev. Brasil Epidemiologia, 8(4), 377-84.
Vidigal, T. M. A. & Landivar, E. C. C. (2018). Presence of parasitic structures in lettuces served in self-service restaurants of São Miguel do Oeste, Santa Catarina State, Brazil. Acta Scientiarum. Biological Sciences, 40(1), e35027.
Vollkopf, P. C. P.; Lopes, F. M. R. & Navarro, I. T. (2006). Ocorrência de enteroparasitos em amostras de alface (Lactuca sativa) comercializadas em porto Murtinho – MS. Arq. Ciênc. Vet. Zool. UNIPAR, Umuarama, 9(1), 37-40.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Fernanda Borges Garcia; Brenda Teixeira Santolaia; Ana Paula Sokolowski de Lima; Alessandra Barrochelli da Silva
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.