Análise do perfil de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde em pacientes pediátricos de um hospital brasileiro pós-pandemia de COVID-19
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v13i11.47293Palavras-chave:
Infecção hospitalar; Pediatria; Hospital pediátrico; COVID-19.Resumo
Objetivo: avaliar o perfil das Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde em pacientes pediátricos de um hospital universitário brasileiro após a pandemia de COVID-19, visando identificar padrões epidemiológicos e fornecer subsídios para aprimorar estratégias de prevenção e controle. Metodologia: trata-se de um estudo transversal retrospectivo, com análise de dados de pacientes pediátricos internados entre janeiro de 2022 e dezembro de 2023. As informações foram obtidas de prontuários eletrônicos, incluindo dados sobre idade, gênero, comorbidades, tempo de internação e uso de dispositivos invasivos. A amostra foi composta por pacientes entre 0 a 12 anos, cujos dados foram analisados por meio de estatísticas descritivas e testes de significância. Resultados: foram analisados 69 pacientes, sendo que 57,1% eram do sexo masculino. Houveram 7 coinfectados, totalizando 76 casos. A faixa etária mais prevalente foi de menores de 1 ano (36,2%). Dispositivos invasivos tiveram como destaque o cateter periférico de inserção central (27,3%) e o tubo orotraqueal (27,3%). A mediana do tempo de internação foi de 24 dias. As infecções mais comuns foram infecções de sítio cirúrgico (40,7%), seguidas por infecções primárias de corrente sanguínea (14,47%) e pneumonias (13,16%). Os microrganismos mais prevalentes foram Escherichia coli (15%) e Enterococcus sp. (15%). Das culturas com positivas, 50% foram de gram-negativos e 37,5% apresentaram perfil de resistência. Conclusão: O estudo evidencia a importância de práticas contínuas de controle de infecção, destacando o impacto do uso de dispositivos invasivos e a prevalência de patógenos multirresistentes no ambiente pediátrico.
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