Análise da detecção de sífilis adquirida no estado de Sergipe nos últimos 10 anos
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v13i11.47310Palavras-chave:
Sífilis; Epidemiologia; Saúde Pública.Resumo
Introdução: A sífilis, uma das principais infecções sexualmente transmissíveis, é um crescente problema de saúde pública, especialmente em Sergipe, que entre 2019-2020 tornou-se o segundo estado do Nordeste em notificações, atrás da Bahia. A detecção precoce e o tratamento adequado são essenciais para prevenir a progressão e complicações. O objetivo do presente artigo é apresentar uma análise da detecção de sífilis adquirida em Sergipe nos últimos dez anos. Esse tipo de estudo é importante para identificar tendências, informar políticas de saúde pública e conscientizar, ajudando no controle da doença. Metodologia: Realizou-se uma pesquisa observacional a partir da análise de dados do sistema TABNET no portal DATASUS (Ministério da Saúde), considerando todos os municípios do estado de Sergipe entre 2013 e 2023. Foram analisados casos de sífilis adquirida (CID-10 A51, A52 e A53) notificados no período. Resultados: Registraram-se 11.664 casos de sífilis adquirida, com incidência entre 4,95% e 18,04%. Houve declínio até 2019, seguido por rápido aumento, triplicando a incidência no período. Aracaju, a capital, registrou o maior número de casos (26,29%). A distribuição por sexo foi semelhante, e a faixa etária de 20-39 anos foi a mais afetada (58,99%), com predominância de pacientes pardos (69,77%). Quanto à escolaridade, a maior prevalência foi observada entre pessoas da 5ª a 8ª série do ensino fundamental (17,33%), seguido de ensino médio completo (15,20%). Por fim, 44,48% dos casos evoluíram para cura clínica, com óbito registrado em menos de 1%.
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