Avaliação de automedicação entre os estudantes e profissionais em uma faculdade de Medicina do Sul de Minas Gerais
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v13i11.47347Palavras-chave:
Automedicação; Uso indevido; Efeitos adversos.Resumo
Introdução: A automedicação é uma prática amplamente difundida, especialmente entre estudantes e profissionais da área da saúde, que possuem fácil acesso a informações médicas. O uso de medicamentos sem prescrição pode acarretar riscos significativos, como interações medicamentosas perigosas, resistência antimicrobiana e efeitos adversos graves. Objetivo: O presente estudo teve como objetivo realizar um levantamento sobre os principais aspectos da prática de automedicação em alunos e funcionários de uma faculdade de medicina do sul de Minas Gerais. Materiais e Métodos: Trata-se de um estudo transversal que contou com coleta de dados e posterior análise comparativa entre os grupos observados. Os achados foram discutidos com trabalhos acadêmicos já publicados e validados, com o intuito de se obter correlações entre a literatura médica científica e os achados da pesquisa. Resultados e Discussão: Os resultados mostraram que 96,5% dos estudantes e 84,2% dos funcionários relataram o uso de medicamentos sem prescrição, com destaque para analgésicos e anti-inflamatórios em ambos os grupos. No entanto, o uso de psicotrópicos foi mais frequente entre os estudantes, enquanto os funcionários utilizaram mais relaxantes musculares e anti-inflamatórios. Esses dados refletem as diferentes pressões acadêmicas e ocupacionais, revelando que, embora os grupos apresentem contextos distintos, ambos são vulneráveis à automedicação. Conclusão: A automedicação entre estudantes e funcionários é preocupante, devido ao uso indiscriminado de diversas classes de medicamentos. A conscientização e a implementação de políticas educacionais são fundamentais para minimizar os riscos associados e incentivar o uso mais seguro e responsável de fármacos.
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