Complicações da cirurgia intrarrenal retrógrada para o tratamento de grandes cargas de cálculos renais: Um estudo observacional prospectivo
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v13i12.47376Palavras-chave:
Cirurgia retrógrada intrarrenal; Ureteroscopia flexível; Grandes cargas de cálculos renais; Litotripsia a laser de holmio.Resumo
Objetivo: A cirurgia retrógrada intrarrenal (CRIR) é um método menos invasivo para tratar cálculos renais. Apesar de seu uso generalizado, há poucas pesquisas sobre a segurança da CRIR para tratar cargas elevadas de cálculos renais (≥21 mm). Este estudo buscou avaliar as complicações perioperatórias associadas à CRIR. Metodologia: Foi realizada uma avaliação prospectiva das características dos cálculos e dos desfechos perioperatórios em 55 pacientes, cada um com carga de cálculos ≥21 mm, tratados com CRIR entre novembro de 2019 e outubro de 2021. Os pacientes foram divididos em três grupos de acordo com as cargas de cálculos (21–30 mm, 31–40 mm e >40 mm). Quimioprofilaxia e cirurgia foram realizadas conforme os procedimentos padrão. Todos os pacientes foram acompanhados por no mínimo três meses. Resultados: A carga média de cálculos foi de 32,36 ± 10,20 mm. O tempo médio acumulado de endoscopia foi de 142,0 ± 74,7 minutos. A taxa geral de eliminação completa de cálculos (TEC) foi de 78,2%, com uma média de 1,58 sessões de CRIR. A maioria das complicações pós-operatórias foi menor (Clavien-Dindo I e II). Complicações Clavien-Dindo IIIa foram relatadas em 9%. Conclusões: A CRIR é uma alternativa de tratamento segura, com baixa morbidade, para tratar grandes cargas de cálculos renais em um subconjunto de pacientes inelegíveis para outras opções terapêuticas.
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