Saúde mental dos profissionais da saúde: o adoecimento de quem se dedica a cuidar a doença do outro

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i7.4747

Palavras-chave:

Adoecimento; Profissionais da área da saúde; Saúde Mental.

Resumo

O presente artigo teve como objetivo discutir sobre o adoecimento dos profissionais da área da saúde, tratando sobre o significativo aumento do desenvolvimento de transtornos mentais comuns nestes profissionais. Esse assunto ainda não conquistou uma notória atenção da sociedade brasileira para esta população, a qual requer cuidados sobre sua saúde mental, principalmente em seu local de trabalho. Realizou-se uma pesquisa de revisão não sistemática da literatura, relativa ao segundo semestre de 2019, sendo usadas as bases Scientific Electronic Library Online (Scielo) e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS). Após a análise dos dados, foi possível constatar que se faz necessário considerar as especificidades que se encontram nessa área, de cuidados e cura, uma vez que esses especialistas vivenciam inúmeras situações desgastantes dentro do ambiente de trabalho, onde o seu papel de cuidador é sempre evocado para o tratamento do outro. Portanto, a prevenção e o acolhimento são vistos como necessidades para que se crie um ambiente de trabalho saudável, possibilitando assim a abertura de um canal de escuta para esses trabalhadores que se encontram em sofrimento.

Biografia do Autor

Janaína Pereira Pretto Carlesso, Universidade Franciscana

Possui graduação em Psicologia pelo Centro Universitário Franciscano (2004), é especialista em educação especial: altas habilidades/superdotação pela UFSM (2007). Cursou mestrado em Distúrbios da Comunicação Humana pela Universidade Federal de Santa Maria (2011). Doutora pela Universidade Federal de Santa Maria no Programa de Pós-graduação Educação em Ciências: Química da Vida e Saúde. Atualmente é professora adjunta do curso de Psicologia da Universidade Franciscana. Também faz parte do corpo docente do Curso de Mestrado em Ensino de Humanidades e Linguagens,atuando na Linha de Pesquisa ?Ensino, epistemologias e formação docente.

Referências

Barbosa, K. K. S., Vieira K. F. L., Alves, E. R. P., & Virgínio, N. A. (2012). Sintomas depressivos e ideação suicida em enfermeiros e médicos da assistência hospitalar. Revista de Enfermagem Universidade Federal de Santa Maria, 2(3), 515-522. doi:org/10.5902/217976925910

Bardin, L. (2006). Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70.

Bare, B.G., & Smeltzer, S.C. (2015). Tratado de Enfermagem médico-cirúrgica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.

Carvalho, M. M. M. J. (2004). A dor no estágio avançado das doenças. In: V.A.A. Camon (Org.), Atualidades em Psicologia da saúde. (pp. 85-101). São Paulo: Pioneira Thomson Learning.

Castillo, A. R. G. L., Recondo, R., Asbahr, F. R., & Manfro, G. G. (2000). Transtornos de ansiedade. Revista Brasil Psiquiatria. 22, (Supl II), 20-3.

Organização Mundial da Saúde. (1946). Nova Iorque. Recuperado em 30 de maio de 2020. Retirado de http://www.direitoshumanos.usp.br/index.php/OMS-Organiza%C3%A7%C3%A3o-Mundial-da-Sa%C3%BAde/constituicao-da-organizacao-mundial-da-saude-omswho.html

Dilélio, A. S., Facchini, L. A., Tomasi, E., Silva, S. M., Thumé, E., Piccini, R. X., Silveira, D. S., Maia, M. F. S., Osório, A., Siqueira, F. V., Jardim, V. M. R., Lemões, M. A. M., & Borges, C. L. S. (2012). Prevalência de transtornos psiquiátricos menores em trabalhadores da atenção primária à saúde das regiões Sul e Nordeste do Brasil. Caderno de Saúde Pública, 28(3), 503-514.

Esteves, F. C., & Galvan, A. L. (2006). Depressão numa contextualização contemporânea. Revista Aletheia, (24), 127-135.

Freitas, A. P. B., Abreu, A. C. O., Côelho, M. B., Peres, T. C., & Alves, I. D. O. L. (2017). O Fenômeno Do Suicídio Entre Profissionais Da Saúde: Uma Revisão Bibliográfica. Revista Científica Semana Acadêmica, 01(104), 1-10.

Galavote, H. S., Prado, T. N., Maciel, E. L. N., & Lima, R. C. D. (2011). Desvendando os processos de trabalho do agente comunitário de saúde nos cenários revelados na Estratégia Saúde da Família no município de Vitória (ES, Brasil). Revista Ciência & Saúde Coletiva, 16(1), 231-240.

Goldberg, D., & Huxley, P. (1992). Common mental disorders: a bio-social model. New York: Tavistock/Routledge.

Lancman, S., & Sznelwar, L. I. (2011). Chistophe Dejours: da psicopatologia à psicodinâmica do trabalho. Brasília: Editora Fiocruz.

Ministério Da Previdência Social (2012). Previdência Em Questão: Cai número de acidentes de trabalho e aumenta afastamentos por transtornos mentais (59), 16-29. Brasília.

Monteiro, C. F. S., Freitas, J.F.M., & Ribeiro, A.A.P. (2007). Estresse no cotidiano acadêmico: o olhar dos alunos de enfermagem da universidade federal do Piauí. Escola Anna Nery Revista de Enfermagem, 11(1), 66-72.

Monti, J. M. (2000). Insônia primária: diagnóstico diferencial e tratamento. Revista Brasil Psiquiatria; 22(1), 31-4.

Murcho, N., Pacheco, E., & Jesus, S. N. (2016) Transtornos Mentais Comuns nos Cuidados de Saúde Primários: um estudo de revisão. Revista Portuguesa de Enfermagem de Saúde Mental. [online], 15, 30-36. doi:org/10.19131/rpesm.0129.

Nogueira-Martins, L. A. (2003). Saúde mental dos profissionais de saúde. Revista Brasileira de Medicina do Trabalho, 1(1), 56-68.

Ramos, A. M. Q. P. (2004). Preservação da saúde mental do psicólogo hospitalar. In: V. A. A. Camon (Org.). Atualidades em Psicologia da saúde, (29-56). São Paulo: Pioneira Thomson Learning.

Ribeiro, R. P., Marziale, M. H. P., Martins, J. T., Galdino, M. J. Q., & Ribeiro, P. H. V. (2018). Estresse ocupacional entre trabalhadores de saúde de um hospital universitário. Revista Gaúcha de Enfermagem, 39, 1-5.

Rios, K.A., Barbosa D. A., & Belasco, A. G. S. (2010) Evaluation of quality of life and depression in nursing technicians and nursing assistants. Revista Latino-Americana de Enfermagem, 18(3), 413-20. doi:org/10.1590/S0104-11692010000300017

Rocha, M. C. P., De Martino, M. M. F. & Ferreira, L.R.C. (2010). O estresse e qualidade de sono do enfermeiro nos diferentes turnos hospitalares. Revista Escola de Enfermagem da USP, 44(2), 280-286.

Selye, H. (1956). Stress, a tensão da vida. São Paulo: Ibrasa.

Silva, D. S. D., Tavares, N. V. S., Alexandre, A. R. G., Freitas, D. A., Brêda, M. Z., De Albuquerque, M. C. S., & Neto, V. L. M. (2015). Depressão e risco de suicídio entre profissionais de Enfermagem: revisão integrativa. Revista da Escola de Enfermagem da USP, 49(6), 1027-1036. doi: 10.1590/S0080-623420150000600020

Souza, H. A., & Bernardo, M. H. (2019). Prevenção de adoecimento mental relacionado ao trabalho: a práxis de profissionais do Sistema Único de Saúde comprometidos com a saúde do trabalhador. Revista Brasileira de Saúde Ocupacional, 44(26), 1-8. doi:org/10.1590/2317-6369000001918.

Vergara, S. C. (2009) Projetos e relatórios de pesquisa em administração. São Paulo: Atlas.

Downloads

Publicado

16/06/2020

Como Citar

ZENKNER, K. V.; DENARDIN, E. F.; JESUS, A. A. de; STROM, B. R.; SILVA, E. S. da; CARLESSO, J. P. P. Saúde mental dos profissionais da saúde: o adoecimento de quem se dedica a cuidar a doença do outro. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 7, p. e916974747, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i7.4747. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/4747. Acesso em: 24 nov. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde