Percepção da população sobre o uso de Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPS): Uma pesquisa de opinião no Bairro do Maguari no Município de Ananindeua, Estado do Pará, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v14i1.47552Palavras-chave:
Medicamentos de Venda Livre; Automedicação; Segurança do Paciente; Saúde Pública.Resumo
Os medicamentos isentos de prescrição (MIPs) são produtos vendidos para tratar doenças autolimitadas, mas seu uso irracional pode causar problemas de saúde. Este estudo teve como objetivo avaliar a percepção da população do bairro Maguari, em Ananindeua (PA), sobre o uso desses medicamentos. Foi realizada uma pesquisa quali-quantitativa com 100 participantes. Os resultados mostraram que a automedicação é prevalente, sendo mais comum entre mulheres (69%) do que entre homens (31%). A faixa etária de 18 a 35 anos foi a que mais utilizou MIPs (35%). Em termos de escolaridade, participantes com ensino médio (50%) e graduados (34%) relataram o uso desses medicamentos. Além disso, 59% desconheciam o que são MIPs. A pesquisa revelou que 78% compram MIPs sem orientação profissional. A principal razão para a compra foi a presença de sintomas específicos. Embora 90% não tenham relatado problemas de saúde decorrentes do uso de MIPs, 10% mencionaram complicações. Cerca de 54% acreditam que as informações sobre MIPs são insuficientes, e 62% defendem restrições mais rígidas para venda. 30% não receberam orientação sobre o uso, mas 75% reconhecem a importância da orientação farmacêutica. A maioria, 93%, concorda com a necessidade do uso racional desses medicamentos para garantir a segurança no tratamento. Esses dados justificam a importância da orientação sobre o uso adequado de MIPs para evitar riscos à saúde. Para mitigar riscos, é essencial implementar campanhas educativas e incentivar consultas com profissionais de saúde, especialmente farmacêuticos.
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