As consequências oriundas da disfunção da glândula tireoide e seu impacto no estilo de vida dos acometidos
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v13i12.47588Palavras-chave:
Hormônios tireóideos; Hipotireoidismo; Hipertireoidismo; Qualidade de vida.Resumo
Objetivo: Este artigo tem como objetivo esmiuçar a fisiopatologia das síndromes que decorrem das hipo e hiperfunção dos hormônios tireoidianos e suas respectivas consequências. Métodos: Trata-se de um artigo de revisão bibliográfica: Princípios da Medicina Interna e Endocrinologia Clínica e em artigos disponíveis nas bases de dados eletrônicas: Scielo, Pubmed e Lilacs. Foram selecionados os artigos publicados nos últimos 23 anos, disponíveis na íntegra gratuitamente e nos idiomas português, inglês e espanhol. Foram excluídos aqueles estudos experimentais, artigos não disponíveis na íntegra e produzidos fora do período determinado. Resultados e Discussões: A glândula tireoide produz os hormônios T3, T4 e calcitonina, sendo essencial na manutenção da homeostase do organismo. A função da glândula é regulada pelo eixo hipotalâmico-hipofisário-tireoidiano, e o TSH estimula a síntese e liberação de T3 e T4, e estes inibem o TSH, via feedback negativo. Modificações que afetem a produção e secreção desses hormônios cursam com quadro clínico característico de hiper ou hipofunção. Essa se caracteriza por uma redução da concentração sérica dos hormônios tireoidianos, tendo como causa principal a Tireoidite de Hashimoto. Por outro lado, a hiperfunção da glândula, denominada hipertireoidismo, cursa com aumento da liberação de T3 e T4 e é causada principalmente pela Doença de Graves. Conclusão: Nesse cenário, torna-se notório que as consequências oriundas das disfunções da tireoide para o organismo são graves e podem culminar com comprometimento da qualidade de vida do indivíduo e evoluir com disfunções orgânicas.
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