Saúde mental do estudante de Medicina: Diálogos entre contextos e determinantes sociais na ótica da Medicina de Família
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v13i12.47706Palavras-chave:
Saúde mental; Transtornos mentais; Biopsicossocial; Medicina Social; Escolas Médicas; Ensino em Saúde.Resumo
O processo de formação do estudante de medicina dentro das escolas médicas é repleto por marcantes fases de transição, aumentando o nível de ansiedade e de necessidades constantes de readaptações do aluno, buscando uma sensação de pertencimento em um meio ambiente, dentro de grupos sociais e principalmente pela busca intrínseca em concluir etapas e adquirir competências e habilidades necessárias para o objetivo de ser bem sucedido em um meio acadêmico marcado pela idealização de sucesso da gloriosa figura imaginária do médico formado. O presente trabalho objetiva realizar uma análise crítica de conceitos inerentes à temática da saúde mental do estudante de medicina sob a perspectiva de discussão com um relato de experiência de uma residente de medicina de família e comunidade auxiliando na contribuição com atividades de ensino com alunos de medicina dos ciclos básico e clínico de uma escola médica no interior de São Paulo. O relato é associado a uma revisão narrativa reflexiva sobre o tema. Verifica-se que é essencial ter uma maior ampliação do trabalho da medicina de família e comunidade na criação de formas de apoio e acompanhamento ao estudante de graduação, em uma perspectiva de abordagem centrada na pessoa e integral, capaz de identificar e tratar problemas em saúde mental ocasionados pelo alto impacto de determinantes sociais presentes no curso de medicina sobre a saúde física e mental do estudante, em uma visão integrativa.
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