Problemas relacionados a medicamentos em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v13i12.47861

Palavras-chave:

Metabolismo; Assistência Farmacêutica; Preparações Farmacêuticas; Recém-Nascido; Tratamento Farmacológico; Unidades de Terapia Intensiva Neonatal.

Resumo

Introdução: A farmacoterapia em neonatos é desafiadora pela imaturidade dos órgãos responsáveis pela absorção, metabolismo e excreção dos medicamentos. Objetivo: O objetivo do presente estudo é realizar uma revisão integrativa da literatura sobre os principais problemas relacionados a medicamentos em unidade de terapia intensiva neonatal e a importância da assistência farmacêutica para corrigir, minimizar e evitar a ocorrência dos PRMs em UTIN. Método: Foi realizado levantamento bibliográfico nas bases de dados Google Acadêmico, Scientific Electronic Library Online (Scielo), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e PubMed. Resultados: Os principais PRMs identificados foram os erros de prescrição e administração adstrito à falta de protocolos e infraestrutura. Os neonatos prematuros utilizam medicamentos com especialidades diferentes, muitos desses medicamentos são classificados como Off-Label (OL) e Não Licenciado (NL). As Recomendações Farmacêuticas (RFs) realizadas estavam relacionadas principalmente ao ajuste de dose, intervalo e concentração padrão. As RFs realizadas obtiveram boa porcentagem de aceitação pela equipe multiprofissional. Conclusão: O estudo mostrou que PRMs são muito frequentes em pacientes internados em UTIN, e reforça a importância do farmacêutico para corrigir, minimizar e evitar que estes erros aconteçam, assegurando a segurança e efetividade da farmacoterapia em RNs.

Referências

Anima. (2014). Manual revisão bibliográfica sistemática integrativa: a pesquisa baseada em evidências. Grupo Anima.

https://biblioteca.cofen.gov.br/wp-content/uploads/2019/06/manual_revisao_bibliografica-sistematica-integrativa.pdf.

Azevedo, L. L. & Costa, R. S. (2022). Problemas relacionados ao uso de medicamentos administrados via sonda nasoenteral em pacientes neonatais. Conjecturas. 22(5), 640-57.

Bartelink, I. H. et al. (2006). Guidelines on paediatric dosing on the basis of developmental physiology and pharmacokinetic considerations. Clinical Pharmacokinetics. 45(11), 1077-97.

Becker, G. C., Machado, F. R. & Bueno, D. (2016). Perfil de utilização de medicamentos em pacientes pediátricos em cuidados intensivos. Revista Brasileira de Farmácia Hospitalar e Serviços de Saúde. 7(2), 2016.

Bittencourt, S. C., Caponi, S. & Maluf, S. (2013). Farmacologia no século XX: a ciência dos medicamentos a partir da análise do livro de Goodman e Gilman. História, Ciências, Saúde-Manguinhos. 20(2), 499-520.

Brasil. (2012). Portaria GM/MS nº 930, de 10 de maio de 2012 do Ministério da Saúde.

Carneiro, A. I. C. & Silva, A. H. (2018). Segurança do paciente em unidade de terapia intensiva neonatal: o impacto das recomendações farmacêuticas. Conexão Fametro, 2018.

Carvalho, T. R. et al. (2021). Análise de interações medicamentosas potenciais na UTI neonatal de um hospital público da Bahia. Revista Brasileira de Farmácia Hospitalar e Serviços de Saúde. 1(2), 628.

Chua, S. S., Chua, H. M. & Omar, A. (2010). Drug administration errors in paediatric wards: a direct observation approach. European Journal of Pediatrics. 169, 603-11. https://doi.org/10.1007/s00431-009-1084-z.

Coelho, H. L. L. (2013). A critical comparison between the World Health Organization list of essential medicines for children and the Brazilian list of essential medicines (Rename). Journal of Pediatrics. 8(2), 171-8.

Crossetti, M. G. M. (2012). Revisión integradora de la investigación en enfermería el rigor científico que se le exige. Rev. Gaúcha Enferm. 33(2): 8-9.

Cuzzolin, L. & Agostino, R. (2016). Off-label and unlicensed drug treatments in neonatal intensive care units: an Italian multicentre study. European Journal of Clinical Pharmacology. 72(1), 117-23.

Dessì, A. et al. (2010). Drug treatments in a neonatal setting: focus on the off-label use in the first month of life. Pharm World Sci. 32(2), 120-4.

DRUGDEX System. (2010). Thomson Micromedex. Healthcare Series 20: interactions. Greenwood Village, CO, 2010.

Evangelista, B. P. et al. (2022). Segurança do paciente pediátrico no uso de medicamentos na Unidade de Terapia Intensiva. Research, Society and Development. 11(8), e28911831225-e28911831225.

Fabretti, S. de C. et al. (2018). Rastreadores para a busca ativa de eventos adversos a medicamentos em recém-nascidos. Cadernos de Saúde Pública. 34(9), e00069817.

Ferreira, A. M. D. et al. (2019). Percepções dos profissionais de enfermagem acerca do uso da informatização para segurança do paciente. Revista Gaúcha de Enfermagem. 40. DOI: 10.1590/1983-1447.2019.20180140.

Ferreira, T. S. et al. (2023). Morte precoce, morbidade e farmacoterapia em prematuros extremos e muito prematuros em unidades de terapia intensiva neonatal. Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil. 23, e20210288.

Frattarelli, D. A. et al. (2014). American Academy of Pediatrics Committee on Drugs. Offlabel use of drugs in children. Pediatrics. 133(3), 563-7.

Garner, S. S. et al. (2015). Prospective, controlled study of an intervention to reduce errors in neonatal antibiotic orders. Journal of Perinatology. 35(8), 631-5.

Gomes, V. P. et al. (2015). Off-label and unlicensed utilization of drugs in a Brazilian pediatric hospital. Farmácia Hospitalar. 39(3), 176-80.

Goodman, L. S. & Gilman, A. (1975). Preface to the fifth edition. In: Goodman, Louis S. et al. (Ed.). The pharmacological basis of therapeutics: a textbook of pharmacology, toxicology and therapeutics for physicians and medical students. (5.ed.). New York: Macmillan. p.V-VI. 1975.

Khasawneh, W. & Khriesat, W. (2020). Assessment and comparison of mortality and short-term outcomes among premature infants before and after 32-week gestation: a cross-sectional analysis. Annals of Medicine and Surgery (Lond). 60, 44-9.

Lima, E. C. et al. (2020). Severe Potential Drug-Drug Interactions and the Increased Length of Stay of Children in Intensive Care Unit. Frontiers in Pharmacology. 11. DOI: https://doi.org/10.3389/fphar.2020.555407.

Locatelli, J., Mancio, C. M. & Globo, N. T. (2014). Atuação do Farmacêutico em Unidade de Terapia Intensiva. Editora Atheneu.

Mattos, P. C. (2015). Tipos de revisão de literatura. Unesp, 1-9. Recuperado de https://www.fca.unesp.br/Home/Biblioteca/tipos-de-evisao-de-literatura.pdf.

MCintyre, J. et al. (2000). Unlicensed and off label prescribing of drugs in general practice. Archives of Disease in Childhood. 83(6), 498-501.

Nascimento, A. R. F. et al. (2020). Problemas relacionados a medicamentos em neonatos cardiopatas sob terapia intensiva. Revista Paulista de Pediatria. 38, e201813.

Nunes, B. Me., Xavier, T. C. & Martins, R. R. (2017). Problemas relacionados a medicamentos antimicrobianos em unidade de terapia intensiva neonatal. Revista Brasileira de Terapia Intensiva. 29, 331-6.

Oliveira, C. R. V. et al. (2021). Utilização de antimicrobianos em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal: um estudo transversal retrospectivo. Research, Society and Development. 10(1), e29810111794-e29810111794.

Oliveira, E. K. F., Zangalli, K. R. & Tavares, S. S. (2022). Eventos adversos no processo de medicação em unidade de terapia intensiva neonatal: uma revisão integrativa da literatura. Revista Saúde em Foco. (14), 1277-93.

Oliveira, L. P. D. et al. (2022). Indicadores clínicos da farmácia clínica em unidades de terapia intensiva neonatais: Farmácia clínica. Neonatología. Indicadores. Research, Society and Development. 11(5), e23211526061-e23211526061.

Pereira A. S. et al. (2018). Metodologia da pesquisa científica. [free e-book]. Editora UAB/NTE/UFSM.

Pharmaceutical Care Network Europe (2010). Classification for drug related problems. V 6.2 [Internet]. 2010.

http://www.pcne.org/upload/files/11_PCNE_classification_V6-2.pdf.

Queiroz, K. C. B. et al. (2014). Análise de Interações Medicamentosas Identificadas em Prescrições da UTI Neonatal da ICU-HGU. Journal of Health Sciences. 16(3). DOI: 10.17921/2447-8938.2014v16n3p%p. https://journalhealthscience.pgsscogna.com.br/JHealthSci/article/view/443.

Rang, R. et al. (2011). Rang & Dale: Farmacologia. (7. ed.). Elsevier.

Rodieux, F. et al. (2015). Effect of kidney function on drug kinetics and dosing in neonates, infants, and children. Clinical Pharmacokinetics. 54, 1183-204. https://doi.org/10.1007/s40262-

Santos, J. S. et al. (2023). Estudo da utilização de medicamentos em neonatos da unidade de terapia intensiva em maternidade de referência. Research, Society and Development. 12(1), e23912139640-e23912139640.

Santos, L. (2009). Medicamentos potencialmente perigosos, não aprovados e de uso off label em prescrições pediátricas de um hospital universitário [dissertação]. Porto Alegre: Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas, Faculdade de Farmácia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Shirkey, H. (1999). Therapeutic Orphans. Pediatrics. 104(3), 583-4.

Sorrentino, E. & Alegiani, C. (2012). Medication errors in the neonate. Journal of Maternal-Fetal & Neonatal Medicine. 25(Suppl. 4), 91-3.

https://doi.org/10.3109/14767058.2012.714994.

Toaldo, F. et al. (2024). Perfil do uso de medicamentos off-label e não-licenciados em uma Unidade de Terapia Intensiva neonatal. Research, Society and Development. 1 (7), e8813745643-e8813745643.

Vieira, V. C. et al. (2021). Prescrição de medicamentos off-label e sem licença para prematuros de unidade de terapia intensiva neonatal. Revista Brasileira de Terapia Intensiva. 33(2), 266-75.

Wilbaux, M. et al. (2016). Pharmacometric approaches to personalize use of primarily renally eliminated antibiotics in preterm and term neonates. Journal of Clinical Pharmacology. 56, 909-35. https://doi.org/10.1002/jcph.705.

Downloads

Publicado

23/12/2024

Como Citar

OLIVEIRA, G. M. A. .; CELESTINO, A. B. D. .; HASSAN, B. M. A. .; BERTOLUCI, R. S. . Problemas relacionados a medicamentos em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN). Research, Society and Development, [S. l.], v. 13, n. 12, p. e202131247861, 2024. DOI: 10.33448/rsd-v13i12.47861. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/47861. Acesso em: 7 jan. 2025.

Edição

Seção

Ciências da Saúde