Prevalência da sífilis congênita no Brasil: Um estudo retrospectivo dos últimos 10 anos
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v13i12.47920Palavras-chave:
Sífilis Congênita; Prevalência; Brasil; Epidemiologia.Resumo
Introdução: A sífilis congênita é uma infecção causada pelo Treponema pallidum, cuja transmissão ocorre da mãe para o feto, por meio da placenta. Essa condição acarreta em consequências graves para o recém-nascido. Aproximadamente 1 milhão de gestantes com sífilis são identificadas anualmente no Brasil. Objetivo: Analisar a prevalência da sífilis congênita no Brasil. Metodologia: realizou-se um estudo epidemiológico descritivo com base nos dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) no período de maio de 2014 a maio de 2023. As variáveis analisadas incluíram: internações hospitalares, taxa de mortalidade, óbitos, custos hospitalares, faixa etária, cor/raça, sexo e macrorregiões do país. Resultados: Entre 2014 e 2024, ocorreram 652.712 internações pediátricas por asma no Brasil e o maior número de hospitalizações foi em 2013. A região Sul apresentou maior índices de hospitalização, enquanto a região Norte destacou-se pelo impacto significativo no número de óbitos. A faixa etária mais afetada foi menor de 1 ano, com predominância do sexo feminino e etnia parda. Conclusão: Ao considerar o amplo impacto biopsicossocial, econômico e clínico causado pela sífilis congênita, é imprescindível implementar políticas públicas que priorizem o diagnóstico precoce e o tratamento eficiente para gestantes com sífilis.
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