Medidas vocais aerodinâmicas de cantores profissionais
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i7.4795Palavras-chave:
Acústica; Canto; Fonação; Fonoterapia; Voz.Resumo
O objetivo do trabalho foi caracterizar as medidas vocais aerodinâmicas de cantores profissionais conforme o sexo e os valores de referência. Trata-se de estudo transversal, quantitativo e retrospectivo com 23 cantores profissionais entre 19 a 55 anos de idade. Analisaram-se os registros dos tempos máximos de fonação de /a/, /i/, /u/, /s/, /z/, /e/, /ė/; níveis de pressão sonora; e relações s/z e ė/e. Os dados foram analisados estatisticamente. Os homens apresentaram tempos máximos de fonação de /e/, /i/ e /u/ significativamente abaixo dos valores de referência e as mulheres mostraram valores significativamente rebaixados do tempo máximo de fonação de /e/ e valores de tempos máximos de fonação de /i/ e /u/ significativamente dentro do esperado. Os níveis de pressão sonora habitual e níveis de pressão sonora máximo se apresentaram significativamente maiores do que os valores de referência em ambos os sexos. Concluiu-se que, no grupo de cantores profissionais analisado, os resultados dos tempos máximos de fonação sugerem maior incoordenação no controle respiratório e glótico da emissão prolongada nos homens. Os resultados dos níveis de pressão sonora sugerem maior esforço vocal na emissão para ambos os sexos, sugerindo maior esforço vocal na emissão, ou ajustes devidos ao treinamento muscular inerente à profissão.
Referências
Andriollo, D. B., Frigo, L. F., Moraes, A. B., & Cielo, C. A. (2019). Capacidade vital forçada e pressões respiratórias máximas de cantores populares profissionais. Fisioterapia Brasil, 20(1), 70-76. DOI:10.33233/fb.v20i1.2419.
Behlau, M., Pontes, P., & Moreti, F. (2018). Higiene vocal: cuidando da voz (5.ed.). Rio de Janeiro: ThiemeRevinter Publicações Ltda.
Behlau, M., Madazio, G., Feijó, D., Pontes, P. (2013). Avaliação de voz. Voz: o livro do especialista (3.ed., 1: 85-245). Rio de Janeiro:ThiemeRevinter Publicações Ltda.
Calvache-Mora, C. A. (2016). Efectividad del calentamiento vocal fisiológico para cantantes. Revista Ciencias de la Salud, 14(3), 365-378. DOI: 10.12804/revsalud14.03.2016.05.
Christmann, M. K., Scherer, T. M., Cielo, C. A., & Hoffmann, C. F. (2013). Maximum phonation time of future professional voice users. Revista CEFAC- Speech, Language, Hearing Sciences and Education Journal, 15(3), 622-630. DOI: 10.1590/S1516-18462013005000019.
Cielo, C. A., Schwarz, K., Finger, L. S., Lima, J. M., & Christmann, M. K. (2019). Glottal closure in women with no voice complaints or laryngeal disorders. International Archives of Otorhinolaryngology, 23(04), e384-e388. DOI: 10.1055/s-0038-1676108.
Cielo, C. A., Pascotini, F. D. S., Haeffner, L. S. B., Ribeiro, V. V., & Christmann, M. K. (2016). Maximum phonation time of/e/and voiceless/ė/and their relationship with body mass index and gender in children. Revista CEFAC - Speech, Language, Hearing Sciences and Education Journal, 18(2), 491-497. DOI: 10.1590/1982-021620161825915.
Dassie-Leite, A. P., Duprat, A. C., & Busch, R. (2011). A comparison between vocal habits of lyric and popular singers. Revista CEFAC - Speech, Language, Hearing Sciences and Education Journal, 13(1): 123-31. DOI: 10.1590/S1516-18462010005000118.
Frigo, L.F. (2016). Treinamento fisioterapêutico intensivo do centro de força corporal, medidas respiratórias e vocais em cantores populares: ensaio clínico randomizado (Tese de doutorado). Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS.
Frigo, L. F., Cielo, C. A., Lima, J. P. D. M., & Braz, M. M. (2017). Centro de força corporal, tempos máximos de fonação e pressão sonora de um grupo de mulheres saudáveis. Audiology-Communication Research, 22(1685). DOI: 10.1590/2317-6431-2016-1685.
Galdino, D. G., & Barros, A. S. (2017). Tempo máximo de fonação (TMF) em coralistas e não coralistas. Colloquium Vitae, 9(3), 66-73. DOI: 10.5747/cv.2017.v09.n3.v211.
García, M. G., & López, J. M. (2017). Voice habits and behaviors: voice care among flamenco singers. Journal of Voice, 31(2), 246-e11. DOI: 10.1016/j.jvoice.2016.08.007.
Genilhú, P. D. F. L., & Gama, A. C. C. (2018). Medidas acústicas e aerodinâmicas em cantores: comparação entre homens e mulheres. Communication Disorders, Audiology and Swallowing, 30(5), 1-6. DOI: 10.1590/2317-1782/20182017240.
Gonçalves, D. M. D. R., Odagima, R. K. Y., Vaiano, T. C. G., Amin, E., & Behlau, M. (2019). Efeito imediato da fonação em tubo de silicone em cantores gospel. Communication Disorders, Audiology and Swallowing, 31 (6), 1-6. DOI: 10.1590/2317-1782/2019201811.
Goulart, B. N. G. D., Rocha, J. G. D., & Chiari, B. M. (2012). Intervenção fonoaudiológica em grupo a cantores populares: estudo prospectivo controlado. Jornal da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia, 24(1), 7-18. DOI: 10.1590/S2179-64912012000100004.
Gunjawate, D. R., Aithal, V. U., Guddattu, V., Kishore, A., & Bellur, R. (2016). Exploring attitudes of indian classical singers toward seeking vocal health care. Journal of Voice, 30(6), 761-e23. DOI: 10.1016/j.jvoice.2015.10.002.
Guzman, M., Angadi, V., Croake, D., Catalan, C., Romero, C., Acuña, G., ... & Stemple, J. (2020). Does a systematic vocal exercise program enhance the physiologic range of voice production in classical singing graduate-level students? Journal of Speech, Language, and Hearing Research, 63 (3), 1-9. DOI: 10.1044/2020_JSLHR-19-00362.
Hakanpää, T., Waaramaa, T., & Laukkanen, A. M. (2019). Comparing contemporary commercial and classical styles: emotion expression in singing. Journal of Voice,in press. DOI: 10.1016/j.jvoice.2019.10.002.
Loiola-Barreiro, C. M., & Silva, M. A. (2016). Vocal handicap index in popular and erudite professional singers. Communication Disorders, Audiology and Swallowing, 28(5), 602-609. DOI: 10.1590/2317-1782/20162015226.
Lopes, L. W., & Lima, I. L. B. (2014). Características vocais de cantores populares da cidade de João Pessoa. Revista Brasileira de Ciências da Saúde, 18(1), 21-6. DOI: 10.4034/RBCS.2014.18.01.03.
Maia, A. A., Simões-Zenari, M., & Azevedo, R. (2014). Distúrbio vocal infantil. Tratado das especialidades em fonoaudiologia (p. 287-301). São Paulo: Guanabara Koogan.
Miglioranzi, S. L., Cielo, C. A., & Siqueira, M. D. A. (2012). Capacidade vital e tempos máximos de fonação de /e/ áfono e de /s/ em mulheres adultas. Revista CEFAC - Speech, Language, Hearing Sciences and Education Journal, 14(1), 97-103. DOI: 10.1590/S1516-18462011005000047.
Monteiro, J. C., Madazio, G., Pacheco, C., & Behlau, M. (2020). Principais fatores que levam os professores de canto popular a buscar ajuda fonoaudiológica. Communication Disorders, Audiology and Swallowin, 32(2), 1-8.DOI: 10.1590/2317-1782/20192018242.
Moreti, F., Ávila, M. E. B. D., Rocha, C., Borrego, M. C. D. M., Oliveira, G., & Behlau, M. (2012). Influência da queixa e do estilo de canto na desvantagem vocal de cantores. Jornal da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia, 24(3), 296-300. DOI: 10.1590/S2179-64912012000300017.
Nowosielska-Grygiel, A. B. C. F. J., & Olszewski, D. E. G. J. (2019). The usefulness of the acoustic and the capacity analysis of singing voice. Otolaryngologia Polska, 73(3), 16-25. DOI: 10.5604/01.3001.0013.1534.
Oliveira, K. V. D., Faria, B. S. D., Silva, J. P. G., Reis, C., Ghio, A., & Gama, A. C. C. D. (2013). Análise das medidas aerodinâmicas no português brasileiro por meio do método multiparamétrico de avaliação vocal objetiva assistida (EVA). Revista CEFAC - Speech, Language, Hearing Sciences and Education Journal, 15(1), 119-127. DOI:10.1590/S1516-18462012005000053.
Penteado, A. M. A., & Jarrus, M. E. (2006). Estudo comparativo do tempo máximo de fonação e tessitura vocal de um coral adulto da cidade de Maringá-PR. Revista Uningá, 10(1), 11-27. Disponível em: http://revista.uninga.br/index.php/uninga/article/view/511
Pinho, S. M. R. (2003). Fundamentos em fonoaudiologia (2ª ed., p. 3-39). Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.
Ravi, S. K., Shabnam, S., George, K. S., & Saraswathi, T. (2019). Acoustic and aerodynamic characteristics of choral singers. Journal of Voice, 33(5), 803-e1. DOI: 10.1016/j.jvoice.2018.03.018.
Sales, C. S., Silva, S. P., & Medeiros, A. M. (2019). Desvantagem vocal em cantores populares. Audiology-Communication Research, 24(2057), 1-7. DOI: 10.1590/2317-6431-2018-2057.
Santos S. S., Montagner, T., Bastilha, G. B., Frigo, L. F., & Cielo, C. A. (2019). Singing style, vocal habits, and general health of professional singers. InternationalArchives of Otorhinolaryngology, 23 (4), 445-450. DOI: 10.1055/s-0039-1693140.
Silva, E.G.F., & Luna, C. L. C. (2009). Análise perceptivo-auditiva de parâmetros vocais em cantores da noite do estilo musical brega da cidade do Recife. Revista CEFAC - Speech, Language, Hearing Sciences and Education Journal, 11(3), 457-464.DOI:10.1590/S1516-18462009000300013.
Silva, D. I., & Santos, A. C. M. (2018). Caracterização dos hábitos e sintomas vocais em coralistas (Trabalho de conclusão de curso) Universidade Federal de Mato Grosso- UFMT, Cuiabá, MT, Brasil.
Sousa, N. B., & Silva, M. A. A. (2016). Diferentes abordagens de ensino para projeção vocal no canto lírico. Per Musi - Scholarly Music Journal, 33, 130–146. DOI: 10.1590/permusi20163307.
Vieira, R. H., Gadenz, C. D., &Cassol, M. (2015). Estudo longitudinal de caracterização vocal em canto coral. Revista CEFAC - Speech, Language, Hearing Sciences and Education Journal, 17(6), 1781-1791. DOI: 10.1590/1982-021620151761515.
Villafuerte-Gonzalez, R., Valadez-Jimenez V.M., Sierra-Ramirez J.A., Ysunza P. A., Chavarria-Villafuerte K., & Hernandez-Lopez, X. (2017). Acoustic analysis and electroglottography in elite vocal performers. Journalof Voice, 31(3), 391 e1. 1-391. e6. DOI: 10.1016/j.jvoice.2016.09.028.
Zimmer V., Cielo C. A., & Ferreira F.M. (2012). Comportamento vocal de cantores populares. Revista CEFAC - Speech, Language, HearingSciencesandEducationJournal, 14(2), 298-307.DOI: 10.1590/S1516-18462011005000101.
Zuim, A. F., Lloyd A., Gerhard, J., Rosow, D., & Lundy, D. (2019). Associations of education and training with perceived singing voice function among professional singers. Journal of Voice, in press. DOI:10.1016/j.jvoice.2019.10.003.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.