Atividade bactericida do óleo essencial e extrato hidroalcoólico das folhas de Eucalyptus globulus
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i7.4843Palavras-chave:
Óleo essencial; Extrato hidroalcóolico; Toxicidade; Antimicrobiano; Eucalyptus globulus.Resumo
O estudo teve por objetivo avaliar a toxicidade, fenólicos totais e atividade antimicrobiana usando óleo essencial (OE) e extrato hidroalcóolico (EH) das folhas do Eucalyptus globulus frente a microrganismos patogênicos de importância clínica. O EH foi preparado usando o método de maceração a frio e o OE foi extraído por hidrodestilação a 100°C por 3h. O ensaio de toxicidade foi realizado através do bioensaio Artemia salina Leach. Para atividade antimicrobiana utilizou-se a técnica de Difusão de Disco frente as bactérias Escherichia coli e Staphylococcus aureus. Os ensaios foram realizados em triplicata. A CL50 de toxicidade obtida para o OE foi de 595,2 mg L-1 e para o EH foi de 574,18 mg L-1 ambos classificados como atóxicos. Em relação a atividade antimicrobiana, o OE apresentou halos de inibição para S. aureus e E. coli de 15 mm, enquanto o EH apresentou halos de 22 mm para S. aureus e E. coli de 17 mm. O OE e o EH apresentaram atividade antimicrobiana e atoxicidade, sendo parâmetros importantes para apontar os produtos como uma alternativa terapêutica, incentivando seu potencial de aplicação.
Referências
Al-Fatimi M, Wurster M, Schröder G & Lindequist U (2007). Antioxidant, antimicrobial and cytotoxic activities of selected medicinal plants from Yemen. Journal of ethnopharmacology, 111(3), 657-66.
Bachir R. G & Benali M. (2012). Antibacterial activity of the essential oils from the leaves of Eucalyptus globulus against Escherichia coli and Staphylococcus aureus. Asian Pacific journal of tropical biomedicine, 2(9), 739.
Barata A. M, Rocha F, Lopes V, Bettencourt E & Figueiredo A. C. (2011). Medicinal and aromatic plants–Portugal. Medicinal and aromatic plants of The World, Encyclopedia of Life Support Systems (EOLSS). Developed under the Auspices of the UNESCO, Eolss Publishers, Oxford.
Botelho R. G, Inafuku M. M, Maranho L. A, Neto L. M, de Olinda R. A, Dias C. T & Tornisielo V. L. (2010). Toxicidade aguda e crônica do extrato de nim (Azadirachta indica) para Ceriodaphnia dubia. Pesticidas: revista de ecotoxicologia e meio ambiente, 20.
Brasil M. S. (2006). Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos. Brasília: Ministério da Saúde.
Brasil M. S. (2015). Monografia da Espécie Eucalyptus globulus Labill (eucalipto) (Tese de graduação, Ministério da Saúde, Brasília).
Carvalho C. A. (2012). Caracterização botânica, fitoquímica e avaliação da atividade biológica de extrato de Piptadeniagonoacantha (Mart.) J. F. Macbr (FABACEAE) (Tese de doutorado, Universidade Federal de Viçosa).
Colegate S. M & Molyneux R. J. (Eds.). (2007). Bioactive natural products: detection, isolation, and structural determination. CRC Press.
Costa L. M, Resende O, Gonçalves D. N & Sousa K. A. (2012). Qualidade dos frutos de crambe durante o armazenamento. Revista Brasileira de Sementes, 34(2), 293-301.
Coutinho H. D. M, Bezerra D. A. C, Lôbo K & Barbosa I. J. F. (2004). Atividade antimicrobiana de produtos naturais. Revista Conceitos, 77, 77-85.
CLSI (2020). Performance standards for antimicrobial disk susceptibility tests. CLINICAL AND LABORATORY STANDARDS INSTITUTE. Approved Standard 30 Edition, 32.
Dezsi Ș, Bădărău A. S, Bischin C, Vodnar D. C, Silaghi-Dumitrescu R, Gheldiu A. M & Vlase L. (2015). Antimicrobial and antioxidant activities and phenolic profile of Eucalyptus globulus Labill. and Corymbia ficifolia (F. Muell.) KD Hill & LAS Johnson leaves. Molecules, 20(3), 4720-4734.
Dolabella M. F. (1997). Triagem in vitro para a atividade antitumoral e anti-T. cruzi de extratos vegetais, produtos naturais e sintéticos (Doctoral dissertation, tese de mestrado, Belo Horizonte Universidade Federal de Minas Gerais).
Enciso-Díaz O. J, Méndez-Gutiérrez A, De Jesús L. H, Sharma A, Villarreal M. L & Taketa A. C. (2012). Antibacterial activity of Bougainvillea glabra, Eucalyptus globulus, Gnaphalium attenuatum, and propolis collected in Mexico. Pharmacology & Pharmacy, 3(04), 433.
FARMACOPEIA BRASILEIRA (2019). Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Brasília: Anvisa, 6 ed., p.92.
Furtado J. M, da Silva Amorim Á, de Macedo Fernandes M. V & Oliveira M. A. S. (2015). Atividade antimicrobiana do extrato aquoso de Eucalyptus globulus, Justicia pectoralis e Cymbopogon citratus frente a bactérias de interesse. Journal of Health Sciences, 17(4), 233-237.
Gomes S. S. S & Bittencourt A. H. C. (2019). Estudo e avaliação da ação antibacteriana de Eucalyptus globulus L. E Allium sativum L. sobre as bactérias Escherichia coli e Staphylococcus aureus. SAPIENS-Revista de divulgação Científica, 1(2).
Gonçalves A. L, Alves Filho A & Menezes H. (2005). Estudo comparativo da atividade antimicrobiana de extratos de algumas árvores nativas. Arquivos do Instituto Biológico, 72(3), 353-358.
Harborne A. J. (1998). Phytochemical methods a guide to modern techniques of plant analysis. Springer Science & Business media.
Junio C. S, da Cunha A. F, Alves R. G, Fontes T. O. M, Cardoso V. A. F. X & Nunes M. F. (2017). Atividade antimicrobiana de extratos hidroalcoólicos de plantas frente à Staphylococcus aureus isolados de bovinos com mastite. ANAIS SIMPAC, 8(1).
Kifer D, Mužinić V & Klarić M. Š. (2016). Antimicrobial potency of single and combined mupirocin and monoterpenes, thymol, menthol and 1, 8-cineole against Staphylococcus aureus planktonic and biofilm growth. The Journal of antibiotics, 69(9), 689-696.
Mazzari A & Prieto J. M. (2014). Monitoramento de interações farmacocinéticas entre plantas medicinais e fitoterápicos e os medicamentos convencionais pelo sistema de farmacovigilância brasileiro. Infarma, 26, 193-198.
Moreira M. R, Ponce A. G, Del Valle C. E & Roura S. I. (2005). Inhibitory parameters of essential oils to reduce a foodborne pathogen. LWT-Food Science and Technology, 38(5), 565-570.
Mclaughlin J. L, Rogers L. L & Anderson J. E. (1998). The use of biological assays to evaluate botanicals. Drug information journal, 32(2), 513-524.
Nipper M. G, Prosperi V. A & Zamboni A. J. (1993). Toxicity testing with coastal species of southeastern Brazil. Echinoderm sperm and embryos. Bulletin of environmental contamination and toxicology, 50(5), 646-652.
Pinto E. D. P. P, Amorozo M. C. D. M & Furlan A. (2006). Conhecimento popular sobre plantas medicinais em comunidades rurais de mata atlântica-Itacaré, BA, Brasil. Acta botanica brasilica, 20(4), 751-762.
Pizzi M. (1950). Sampling variation of the fifty per cent end-point, determined by the ReedMuench (Behrens) method. Human biology, 22(3), 151-190.
Reed L. J & Muench H. (1938) A Simple Method of Estimating Fifty Percent Endpoints. American Journal of Hygiene, 27, 493-497.
Singh H. P, Kaur S, Negi K, Kumari S, Saini V, Batish D. R & Kohli R. K. (2012). Assessment of in vitro antioxidant activity of essential oil of Eucalyptus citriodora (lemon-scented Eucalypt; Myrtaceae) and its major constituents. LWT-Food science and Technology, 48(2), 237-241.
Siqueira J. M. D, Bomm M. D, Pereira N. F. G, Garcez W. S & Boaventura M. A. D. (1998). Estudo fitoquímico de Unonopsis lindmanii-Annonaceae, biomonitorado pelo ensaio de toxicidade sobre a Artemia salina leach. Química Nova, 21(5), 557-559.
Sousa V. B. R. (2018). Efeito antimicrobiano e fenólicos totais de extratos aquosos de erva cidreira (Lippia alba), capim limão (Cymbopogon citratus) e eucalipto (Eucaliptus globulus) (Trabalho de Conclusão de Curso, São Luís, Universidade Federal do Maranhão).
Tohidpour A, Sattari M, Omidbaigi R, Yadegar A & Nazemi J. (2010). Antibacterial effect of essential oils from two medicinal plants against Methicillin-resistant Staphylococcus aureus (MRSA). Phytomedicine, 17(2), 142-145.
Vitti A. M. S & Brito J. O. (2003). Óleo essencial de eucalipto. Documentos florestais, 17, 1-35.
Yu J, Wang J, Lin W, Li S, Li H, Zhou J & Zhang J. (2005). The genomes of Oryza sativa: a history of duplications. PLoS biology, 3(2).
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.