Prevalência de doenças respiratórias em recém-nascidos internados em um hospital da Serra Catarinense
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i7.4850Palavras-chave:
Pediatria; Doenças respiratórias; Recém-nascido.Resumo
Objetivo: identificar as doenças respiratórias prevalentes em recém-nascidos. Método: foi realizada a análise dos prontuários dos pacientes recém-nascidos com idade de 0 a 28 dias, internados no ano de 2017 em um hospital de médio porte da Serra Catarinense. Foi analisado o perfil epidemiológico, CID (Código Internacional de Doenças) de internação e de alta hospitalar, estes dados foram tabulados em uma planilha própria e analisados por meio do Software estatístico SPSS (IBM). Resultados: foram divididos em 2 grupos de acordo com os CIDs, conforme “CID J00-J99 doenças do aparelho respiratório” e “CID P00-P96 algumas afecções originadas no período perinatal”. A partir dos resultados pode-se observar que a incidência de doenças do aparelho respiratório (CID J00-J99) não foi influenciada pelas variáveis gênero, idade, tipo de parto, peso e período de gestação. A doença respiratória que teve maior prevalência foi pneumonia bacteriana não especificada com 35%. Os resultados demonstraram que há possibilidade das doenças respiratórias estarem relacionadas com afecções originadas no período perinatal (CID P00-P96). Neste período a síndrome da angústia respiratória (SDR) tem a maior prevalência com 37,5%, taquipnéia transitória do recém-nascido com 17,5% e síndrome de aspiração de mecônio com 2,5%. O desfecho clínico foi a alta hospitalar na maioria dos casos. Conclusões: mostra a necessidade de medidas preventivas durante o pré-natal, a fim de evitar a prematuridade e todas as complicações associadas. Favorecer o trabalho de parto normal e tentar evitar cesarianas eletivas, também fortalecer as práticas utilizadas no manuseio do recém-nascido grave.
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