Perfil epidemiológico de pacientes pediátricos com leucemia no estado de Sergipe
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v14i5.48841Palavras-chave:
Leucemia; Perfil Epidemiológico; Prognóstico.Resumo
Introdução: A leucemia é a neoplasia mais comum na infância, representando cerca de 30% dos cânceres em menores de 15 anos. A leucemia linfoblástica aguda (LLA) corresponde a 75–80% dos casos, seguida pela leucemia mieloide aguda (LMA), com 15–20%. Subtipos menos frequentes incluem a leucemia mielomonocítica juvenil (LMJ) e a leucemia mieloide crônica (LMC). Fatores genéticos, ambientais e imunológicos estão associados à sua etiologia, com maior incidência em meninos entre 1 e 4 anos. O diagnóstico é baseado em mielograma, biópsia e imunofenotipagem, e o tratamento envolve quimioterapia, podendo incluir radioterapia e transplante de medula. Este estudo avaliou os fatores epidemiológicos associados à leucemia infantojuvenil no Hospital de Urgência de Sergipe (HUSE), entre agosto de 2019 e julho de 2024. Metodologia: Estudo retrospectivo, descritivo e observacional com revisão de 406 prontuários de pacientes com câncer pediátrico. Foram selecionados 66 casos confirmados de leucemia. Os dados foram organizados em planilha eletrônica e analisados com estatística descritiva e testes específicos. Também foi realizada revisão bibliográfica com 31 artigos publicados entre 2018 e 2025. Resultados: As leucemias representaram 16% dos casos oncológicos, com predomínio da LLA e do sexo masculino. Leucemias linfoides ocorreram em faixas etárias mais jovens. O mielograma e a imunofenotipagem foram essenciais para o diagnóstico. A quimioterapia foi o principal tratamento e as taxas de acompanhamento e sobrevida foram satisfatórias. Conclusão: O perfil identificado pode contribuir para estratégias de diagnóstico precoce e fortalecimento da assistência oncológica pediátrica em Sergipe.
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