Incubabilidade e qualidade dos pintos caipira dos Peloco e Caneludo do Catolé
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i7.4928Palavras-chave:
Ave caipira; Fertilidade; Incubação; Mortalidade embrionária.Resumo
Objetivou-se avaliar de forma quantitativa a incubabilidade e qualitativa a qualidade dos pintos das galinhas caipiras Peloco e Caneludo do Catolé através de avaliações da qualidade do ovo, desenvolvimento embrionário e eclodibilidade além das principais características do pinto ao nascer. Coletou- se ovos por um período de 15 dias, os quais foram armazenados em sala de estocagem, a temperatura media de 17ºC ±1 e UR entre 70 e 75%. Pesaram-se os ovos após coleta e aos 18 dias de incubação, perdas de peso apresentadas na estocagem: 0,77% Peloco e 0,88 % Caneludo; e aos 18 dias de incubação: 10,53% Peloco e 11,22% Caneludo. Incubou-se 277 ovos Peloco e 273 ovos Caneludo, em máquina de estagio único durante 21 dias com 37,5 ºC e 57 a 60% UR. Outras variáveis avaliadas: peso do pinto pós eclosão, eclosão e eclodibilidade, obtendo-se (36,58g, 68,13% e 77,15% Peloco) e (39,07g, 77,15% e 74,10% Caneludo). Realizou-se mortalidade embrionária através do embriodiagnóstico, dividida por fases: inicial (1 a 5 dias), intermediaria (6 a 15 dias) e final (16 a 21 dias). Observou-se para ovos férteis não eclodidos e mortalidade embrionária por fases: 22,84; 28,30; 16,98 e 54,72% Peloco e 25,30; 10,80; 10,80 e 78,40% Caneludo respectivamente. Os ovos inférteis: Peloco 45,92% e 25,30% Caneludo. Avaliou-se a qualidade do pinto através do ScorePasgar©, obtendo 9,20 Peloco e 9,17 Caneludo. Concluiu-se que as características de incubação e a qualidade dos pintos, são satisfatórias, pois estas aves não passaram por programa de melhoramento genético até o momento.
Referências
Albino, J & Bassi, L.(2012). Identificação e controle do choco em galinhas de postura. A Lavoura. Rio de Janeiro, 693. www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/handle/doc/1016647
Alda, TRBL. (1994). Causa de mortalidade embrionária e deformidades do embrião. Manejo da Incubação. Campinas, S. P: Facta, p.169 -76.
Almeida, JG, Dahlke, F, Maiorka, A, Faria Filho, DE & Oelke, CA. (2006). Efeito da idade da matriz no tempo de eclosão, tempo de permanência do neonato no nascedouro e o peso do pintainho. Archives of Veterinary Science, Curitiba, PR.11: 45-9. doi.org/10.5380/avs.vlli2.6784
Alves, SP, Silva, IJOD & Piedade, SMDS. (2007). Avaliação do bem-estar de aves poedeiras comerciais: efeitos do sistema de criação e do ambiente bioclimático sobre o desempenho das aves e a qualidade de ovos. Revista Brasileira de Zootecnia, 36(5), 1388-1394. doi.org/10.1590/S1516-35982007000600023
Baracho, MS, Nääs, IA & Gigli, ACS. (2010). Impacto das variáveis ambientais em incubatório de estágio múltiplo de frangos de corte. Engenharia Agrícola, Jaboticabal.30,4, p.563-577. doi.org/10.1590/S0100-69162010000400001
Barbosa, VM. (2011). Efeitos do momento de transferência para o nascedouro e da idade da matriz pesada sobre o status fisiológico de embriões e pintos, rendimento da incubação e desempenho da progênie. Belo Horizonte , Tese (Doutorado em Zootecnia). Universidade Federal de Minas Gerais. 117 f. http://hdl.handle.net/1843/BUOS-8PHKYV
Brake, J & Sheldon, BW. (1990). Effect of a quaternary ammonium sanitizer for hatching eggs on their contamination, permeability, water loss, and hatchability. Poultry Science, Savoy, IL. 69, p.517-525. doi.org/10.3382/ps.0690517
Butler, DE. (1991). Egg handling and storage at the farm and hatchery. In: Avian Incubation, London: Butterworths, P.195-203.
Campos, EJ. (2000). Avicultura razões fatos e divergências. Belo Horizonte: FEP-MVZ.
Cardoso, AS. (2017). Desempenho zootécnico e níveis de lisina digestível das aves caipiras ecotipos Peloco e Caneludo do Catolé, avaliadas desde a incubação até os 105 dias de idade. Ilhéus. Universidade Estadual de Santa Cruz. Tese (Doutorado em Ciência Animal). 84 - 84.
Cardoso, JP, Nakage, ES, Pereira, GT & Boleli, EI. (2002). Efeito da idade da matriz e peso do ovo sobre os componentes do ovo em frangos de corte. Revista Brasileira de Ciência Avícola, Campinas, SP, supl. 4, p.16.
COMO. (2012). Manual de Incubação, Aviagen, Campinas, p.40.
Decuypere, E & Michels, H. (1992). Incubation temperature as a management tool: a review. World’s Poultry Science Journal, Cambridge, v.48, p. 28-38. doi.org/10.1079/WPS19920004
Edwards, CL. (1902). The Physiological Zero and the Index of Development for the Egg of
the Domestic Fowl, Gallus domesticus. Science New Series, 15,379, p. 521-522. doi.org/10.1152/ajplegacy.1902.6.6.351
Fasenko, GM. (2007). Egg storage and the embryo. Poultry Science, Oxford. 86, p.1020-1024.
Fiuza, MA, Lara, LJC, Aguilar, CAL, Ribeiro, BRC & Baião, NC. (2006). Efeitos das condições ambientais no período entre a postura e o armazenamento de ovos de matrizes pesadas sobre o rendimento de incubação. Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia, Belo Horizonte. 58,3, p.408-413. doi.org/10.1590/S0102-09352006000300019
Furlan, JJM. (2013). Avaliação do manejo pré-incubação e incubação de ovos férteis sobre a qualidade do pintinho, desempenho e rendimento de carcaça de frangos de corte. Pirassununga, SP. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo. 62 f. doi.org/10.11606/D.10.2013.tde-18072013-091554
Gonzales, E & Macari, M. (2003). Manejo da incubação. Campinas: Facta, Ed, 2, 97-124.
Jácome, IM D, Furtado, DA, Leal, AF, Silva, JH & Moura, JF. (2007). Avaliação de índices de conforto térmico de instalações para poedeiras no nordeste do Brasil. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental. 11, 5, p. 527-531. doi.org/10.1590/S1415-43662007000500013
Lourens, A, Molenaar, R, Van den Brand, H, Heetkamp, MJW, Meijerhof, R & Kemp,B. (2006). Effect of egg size on heat production and the transition of energy from egg to hatchling. Poultry Science, Oxford. 85, p.770-776. doi.org/10.1093/ps/85.4.770
Machado, AR, Sila, MS & Fonseca, BB. (2010). Viragem de ovos de avós pesadas (Gallus gallus) Durante a Estocagem. Revista Avisite. Campinas, SP
Manual de Incubação Frango de Corte. (2010). Diretrizes para incubação de ovos de frango de corte. Guia de Incubação. Zeddam - Holanda, Pas Reforme®, B.V.
Marinho, JC, Lara, LJC & Baião, NC. (2006). Efeitos da idade da matriz e do peso do ovo sobre as relações entre peso do pinto e peso do saco vitelino. Revista Brasileira de Ciências Avícola, Campinas, SP. 8 supl, p.22.
Meijerhof, R. (2010). Equilíbrio hídrico e térmico durante a incubação. Santos, In: Conferência Facta Apinco, p. 231-238.
Pappas, AC, Acamovic, T, Sparks, NHC, Surai, PF & McDevitt, RM. (2006). Effects of suplementing broiler breeder diets with organo selenium compounds and polyunsatured fatty acids on hatchability. Poultry Science, Oxford. 85, p.1584-1593.
Patrício, IS. (1994). Manejo do ovo incubável. Manejo da Incubação. Campinas, S. P, Facta, p 75-93.
Pereira, AS, Shitsuka, DM, Parreira, FJ & Shitsuka, R. (2018). Metodologia da pesquisa científica. [e-book]. Santa Maria. Ed. UAB/NTE/UFSM. Disponível em: https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/15824/Lic_Computacao_Metodologia-Pesquisa-Cientifica.pdf?sequence=1.
Rahn, HARA & Paganelli, CV. (1979). How bird eggs breathe. Scientific American, New York. 240, n. 2, p. 46-55. https://www.jstor.org/stable/24965119
Reijrink, IAM, Berghmans, D, Meijerhof, R, Kemp, B & Brand, HV. (2010) Influence of egg storage time and pre-incubation warming profile on embryonic development, hatchability, and chick quality. Poultry Science, Oxford.89, p.1225-1238.
Rosa, PS & Ávila, VS. (2000). Variáveis relacionadas ao rendimento da incubação de ovos em matrizes de frango de corte. Comunicado Técnico, Embrapa Suínos e Aves, Concórdia, n.246, p.1-3. http://docsagencia.cnptia.embrapa.br/suino/comtec/cot246.pdf
Rosa, OS, Guidoni, AL, Lima, IL & Bersch, FXR. (2002). Influência da Temperatura de Incubação em Ovos de Matrizes de Corte com Diferentes Idades e Classificados por Peso sobre os Resultados de Incubação. Revista Brasileira de Zootecnia, Viçosa, MG.31,2, p.1011-1016. doi.org/10.1590/S1516-35982002000400025
Rufino, JPF, Cruz, FGG, Machado, NJB, Brasil, RJM, Pereira, PAM & Farias, EG. (2014). Processos de incubação artificial associados à aplicação de diferentes métodos reprodutivos em matrizes semipesadas. Revista Brasileira de Saúde e Produção Animal, Salvador,Ba.15,3, p.765-773. doi.org/10.1590/S1519-99402014000300024
Shanawany, MM. (1987). Inter-relationship between egg weight, parental age and embryonic development. British Poultry Science, England, v.25, p.449-455. doi.org/10.1080/00071668408454886
Schimt, GS, Figueiredo, EAP & Ávila, VS. (2002). Incubação: características dos ovos incubados. Concórdia, Circular Técnica Embrapa, n.303.
http://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/handle/doc/1015933
Silversides, FG & Scott, TA. (2001). Effect of storage and layer age on quality of egg from two lines of hens. Poultry Science, Oxford.80, p. 1240-1245. doi.org/10.1093/ps/80.8.1240
Souza-Soares, LA & Siewerdt, F. (2005). Aves e Ovos, Pelotas: Universidade Federal de Pelotas.138 p.
Tanure, CBGS, Café, M, Leandro, NSM, Baião, NC, Strighini, JH & Gomes, NA. (2009). Efeitos da idade da matriz leve e do período de armazenamento de ovos incubáveis no rendimento de incubação. Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia, Belo Horizonte.61, p.1391- 1396. doi.org/10.1590/S0102-09352009000600019
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.