Estratégia Saúde da Família e sua interferência nas internações sensíveis à atenção primária à saúde
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i7.5017Palavras-chave:
Atenção Primária à Saúde; Estratégia Saúde da Família; Avaliação em Saúde; Hospitalização.Resumo
O presente estudo buscou analisar a interferência da Estratégia Saúde da Família nas internações por condições sensíveis à atenção primária. Trata-se de revisão integrativa da literatura publicada no período 2013-2018, tendo as seguintes perguntas de pesquisa: é possível utilizar o indicador Internação por Condições Sensíveis à Atenção Primária para avaliação deste nível de atenção? A Estratégia Saúde da Família pode contribuir para a redução dessas hospitalizações? Selecionou-se para análise 35 artigos. A identificação e seleção dos estudos foi feita por meio de buscas de publicações indexadas na base de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e Portal Capes nos meses de maio e junho de 2019. Constatou-se a utilização do referido indicador como uma das variáveis para a avaliação da Estratégia Saúde da Família. Entende-se que esta estratégia, isoladamente, não impactará na redução desse indicador. Ainda assim, pesquisas indicam que sua expansão está associada à redução das internações sensíveis à atenção primária. Sendo assim, deve-se investir na Saúde da Família e na reorganização do seu processo de trabalho, para que esta seja efetivamente coordenadora do cuidado no nível primário de atenção, possibilitando melhora nos indicadores de saúde.
Referências
Alves, J.W.S. et al. (2018) Internações por Condições Sensíveis à Atenção Primária no estado do Ceará, 2010-2014. Saúde debate, 42( 4 ): 223-235.
Amorim, D.N.P. et al. (2017) Internações por condições sensíveis à atenção primária de idosos no Brasil, 2003 a 2012. Rev enferm UFPE on line., (2):576-83.
Arantes, L.J.O., Shimizu, H.E. & Merchán-Hamman, E. (2018) Internações sensíveis à atenção primária após implantação do Plano Diretor em Minas Gerais. Rev. Saúde Pública, 52:78.
Araujo, W.R.M. et al. (2017) Estrutura e processo de trabalho na atenção primária e internações por condições sensíveis. Rev.Saúde Pública, 51 (75): 1-12.
Arruda, G.O.; Schmidt, D.B. & Marcon, SS. (2018) Internações por diabetes mellitus e a Estratégia Saúde da Família, Paraná, Brasil, 2000 a 2012. Ciência e Saúde Coletiva, 23 (2): 543-552.
Botelho, J.F. & Portela, M.C. (2017) Risco de interpretação falaciosa das internações por condições sensíveis à atenção primária em contextos locais, Itaboraí, Rio de Janeiro, Brasil, 2006-2011. Cadernos de Saúde Pública [online], v. 33, n. 3, e00050915.
Brasil, Ministério da Saúde. (2008) Portaria no 221, de 17 de abril de 2008. Publica a lista brasileira de internações por condições sensíveis à atenção primária. Diário Oficial da União, p. 70.
Brasil, Ministério da Saúde. Secretaria de Assistência à Saúde. Coordenação de Saúde da Comunidade. (1997) Saúde da Família: uma estratégia para a reorientação do modelo assistencial. Ministério da Saúde, 36p.
Brasil, V.P. & Costa, J.S.D. (2016) Hospitalizações por condições sensíveis à atenção primária em Florianópolis, Santa Catarina - estudo ecológico de 2001 a 2011. Epidemiol. Serv. Saúde, 25(1):75-84.
Burgdorf, F.; Sundmacher, L. (2014) Potentially avoidable hospital admissions in Germany: an analysis of factors influencing rates of ambulatory care sensitive hospitalizations. Dtsch Arztebl, 111(13):215-223.
Cardoso, C.S. et al. (2013) Contribuição das internações por condições sensíveis à atenção primária no perfil das admissões pelo sistema público de saúde. Rev Panam Salud Publica, 34(4):227–34.
Carneiro, V.B. et al. (2016) Avaliação da mortalidade e internações por condição sensível à atenção primária em menores de 5 anos, antes e durante o Programa Mais Médicos no Marajó – Pará – Brasil. Saúde em Redes, 2(4): 360-371.
Castro, A.L.B. et al. (2015) Condições socioeconômicas, oferta de médicos e internações por condições sensíveis à atenção primária em grandes municípios do Brasil. Cad. Saúde Pública, 31( 11 ): 2353-2366.
Ceccon, R.F.; Meneghel, S.N.; Viecili, P.R.N. (2014) Internações por condições sensíveis à atenção primária e ampliação da Saúde da Família no Brasil: um estudo ecológico. Rev. bras. Epidemiol., 17( 4 ): 968-977.
Costa, J.S.D. et al. (2016) Tendência das internações por condição sensível à atenção primária e fatores associados em Porto Alegre, RS, Brasil. Ciênc. saúde coletiva, 21(4): 1289-1296.
Costa, J.S.D. et al. (2017) Hospitalização por condições sensíveis a atenção primária em Pelotas, Brasil: 1998 a 2012. Revista Brasileira de Epidemiologia, 20(2): 345-354.
Costa, L.Q.; Pinto Júnior, E.P. & Silva, M.G.C. (2017) Tendência temporal das Internações por Condições Sensíveis à Atenção Primária em crianças menores de cinco anos de idade no Ceará, 2000 a 2012. Epidemiol. Serv. Saúde, 26( 1 ): 51-60.
Freitas, J.S. et al. (2018) Internações de adolescentes por condições sensíveis à atenção primária em uma regional de saúde. Cogitare enferm., 23(4):e56188.
Gonçalves, R.F. et al. (2016) Programa Mais Médicos no Nordeste: avaliação das internações por condições sensíveis à Atenção Primária à Saúde. Ciênc. saúde coletiva, 21(9): 2815-2824.
Lanzoni, G.M.M. & Meirelles, B.H.S. (2011) Liderança do enfermeiro: uma revisão integrativa da literatura. Revista Latino-Americana de Enfermagem, 19 (3):1-8.
Magalhães, A.L.A. & Morais Neto, O.L.(2017) Desigualdades intraurbanas de taxas de internações por condições sensíveis à atenção primária na região central do Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, 22(6): 2049-2062.
Maia, L.G. et al. (2019) Hospitalizations due to primary care sensitive conditions: an ecological study. Revista de Saúde Pública, 53 :2.
Mariano, T.S.O. & Nedel, F.B. (2018) Hospitalização por Condições Sensíveis à Atenção Primária em menores de cinco anos de idade em Santa Catarina, 2012: estudo descritivo. Epidemiol. Serv. Saúde, 27( 3 ): e2017322
Morimoto, T. & Costa, J.S.D. (2017) Internações por condições sensíveis à atenção primária, gastos com saúde e Estratégia Saúde da Família: uma análise de tendência. Ciênc. saúde coletiva, 22 (3): 891-90.
Nedel, F.B. et al (2011) Conceptual and methodological aspects in the study of hospitalizations for ambulatory care sensitive conditions. Ciênc. saúde coletiva, 6, supl.:1145-1154.
Nunes, R.P. (2018) Estratégia Saúde da Família e internações por condições sensíveis à atenção primária: uma revisão sistemática. Revista de APS. 21(3):450-460.
Oliveira, V.B.C.A. & Veríssimo, M.L.Ó.R. (2015) Assistência à saúde da criança segundo suas famílias: comparação entre modelos de Atenção Primária. Rev. esc. enferm. USP [Internet]. 49( 1 ): 30-36.
Pazó, R.G. (2014) Modelagem hierárquica de determinantes associados a internações por condições sensíveis à atenção primária no Espírito Santo, Brasil. Cad Saude Publica, 30(9):1891-1902.
Pazó, R.G. et al. (2017) Panorama das internações por condições sensíveis à atenção primária no Espírito Santo, Brasil, 2000 a 2014. Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, 4; 12(39): 1-12.
Pereira, M.H.B. et al. ( 2018) Estratégia Saúde da Família no município do Rio de Janeiro: avaliação da cobertura e internações por condições cardiovasculares. Cuidado é Fundamental, 10(3): 605-611.
Pinto Junior, E.P. et al. (2018a) Efeito da Estratégia Saúde da Família nas internações por condições sensíveis à atenção primária em menores de um ano na Bahia, Brasil. Cad. Saúde Pública, 34(2): e00133816.
Pinto Junior, E.P. et al. (2018b) Tendência dos gastos e das internações por condições sensíveis à Atenção Primária em menores de cinco anos na Bahia, Brasil. Ciência e Saúde Coletiva, 223(12): 4331-4338.
Pinto, L.F. et al. (2019) Internações por Condições Sensíveis à Atenção Primária (ICSAP) no Distrito Federal: comparação com outras capitais brasileiras no período de 2009 a 2018. Ciênc. saúde coletiva, 24( 6 ): 2105-2114.
Pinto, L.F; Giovanella, L. (2018) Do Programa à Estratégia Saúde da Família: expansão do acesso e redução das internações por condições sensíveis à atenção básica (ICSAB). Ciênc. saúde coletiva. 23( 6 ): 1903-1914.
Pitilin, E.B. et al. (2015) Internações sensíveis à atenção primária específicas de mulheres. Ciência e Saúde Coletiva, 20( 2 ): 441-448.
Rehem, T.C.M.S.B. et al. (2013) Internações por Condições Sensíveis à Atenção Primária em uma metrópole brasileira. Rev. esc. enferm. USP, 47( 4 ): 884-890.
Rehem, T.C.M.S.B. et al. (2016) Quais aspectos contribuem para a ocorrência de internações por condições sensíveis à atenção primária? Rev. Bras. Promoção a Saúde, 29(Supl): 138-147.
Resende A.P.G.L.; Barbieri, A.R. (2017) Internações por condições sensíveis à atenção primária decorrentes das doenças cardiovasculares. Texto Contexto - enferm., 26( 3 ): e6570015.
Rodrigues-Bastos, R.M. et al. (2013) Internações por condições sensíveis à atenção primária em município do sudeste do Brasil. Rev. Assoc. Med. Bras., 59( 2 ): 120-127.
Rodrigues-Bastos, R.M. et al. (2014) Internações por condições sensíveis à atenção primária, Minas Gerais, 2000 e 2010. Rev Saúde Pública, 248(6):958-967.
Santos, I.L.F. et al. (2015) Hospitalização de crianças por condições sensíveis à atenção primária. Cogitare enferm., 20(1):171-9.
Santos, L.P.R. et al (2018) Internações por condições sensíveis à atenção primária à saúde, 2008-2015: uma análise do impacto da expansão da ESF na cidade do Rio de Janeiro. Cad Saúde Coletiva, 26(2): 178-183.
Souza, L.A. et al (2018) Relações entre a atenção primária e as internações por condições sensíveis em um hospital universitário. Rev. Gaúcha Enferm., 39:e2017-0067.
Zarlotti, C. et al (2017) Internações por condições sensíveis à atenção primária após a implantação da estratégia saúde da família no município de Petrópolis/RJ. Cuidado é Fundamental, (3): 811-817.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
