Eficiência do ensino de linguagem expressiva e receptiva em crianças com transtorno do espectro autista
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i8.5268Palavras-chave:
Transtorno do espectro autista; Intraverbal FFC; LRFFC; Ensino de tatos; Ensino.Resumo
Pesquisas em Análise do Comportamento Aplicada (ABA) investigaram a eficiência do ensino de linguagem receptiva e expressiva em aprendizes com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Respostas de ouvinte por função, característica e classe (LRFFC) e intraverbais FFC são casos de linguagem receptiva e expressiva, respectivamente, que foram alvos de investigações. A literatura prévia demonstrou que o ensino do intraverbal primeiro foi mais eficiente, no sentido de que produziu um melhor efeito de emergência do LRFFC não ensinado relacionado, contrariando a recomendação de uma literatura tradicional, que sugere que habilidades receptivas, tais como o LRFFC, deveriam ser ensinadas primeiro. A presente pesquisa teve a meta de comparar a eficiência do treino de intraverbais e LRFFC também, considerando os efeitos sobre emergência de repertório não ensinado relacionado em duas crianças com TEA. A diferença em relação à literatura prévia foi que, durante o ensino de LRFFC, o tato (nomeação) de figuras envolvidas também foi ensinado. O propósito foi avaliar se o treino de tato aumentaria a eficiência do LRFFC. Os resultados revelaram que ambas as sequências instrucionais (ensino de LRFFC – sonda de intraverbal; ensino de intraverbal – sonda de LRFFC) estabeleceram a emergência no responder, considerando o repertório não ensinado relacionado para ambos os participantes. Entretanto, o ensino de intraverbal produziu emergência do LRFFC em menor grau para ambos. Os dados foram discutidos no sentido de que o treino de tatos, durante o ensino de LRFFC, provavelmente aumentou sua eficiência e de que habilidades pré-existentes também influenciaram a eficiência do ensino.
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