Dimensionamento de geossintético para reforço de aterro sobre solo mole
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i8.5323Palavras-chave:
Melhoramento; Fator de segurança; Compressibilidade; Estabilidade.Resumo
Construções sobre depósitos de solos moles são motivos de preocupação devido à alta compressibilidade e baixa resistência desses solos, sendo necessário conhecer suas propriedades geomecânicas e as técnicas de melhoramento. Na alternativa de reforço do solo, pode-se empregar geossintéticos na base do aterro, permitindo aumento da sua estabilidade, construção mais rápida e utilização de taludes mais íngremes. Este artigo apresenta o dimensionamento de geossintético para reforço de um aterro de solo mole localizado em Recife, Pernambuco, Brasil. O objetivo foi realizar a análise de estabilidade do aterro sem o reforço e com o reforço de geossintético, obtendo os respectivos valores dos fatores de segurança, e portanto, verificar a eficiência desse material para reforço da área estudada. Foram considerados os mecanismos de instabilidade de expulsão de solo mole de fundação e de ruptura generalizada envolvendo aterro, reforço e solo de fundação. Utilizou-se um programa computacional para realizar as análises de estabilidade. O fator de segurança contra expulsão do solo mole e o fator de segurança mínimo foram bem próximos, em torno de 1,3. O uso de geossintético como reforço para o caso estudado mostrou-se eficiente, com significante elevação do fator de segurança de 0,98 para 1,32. O fator de segurança para o uso combinado de geossintético de reforço e a construção de uma berma foi de 2,37, sendo o maior valor das três opções de estabilização do aterro. A solução adotada em projeto dependerá do valor do fator de segurança mínimo determinado pelo projetista. Diversos fatores como porte da obra, custo e prazo, assim como a logística da construção podem interferir na escolha da solução mais adequada. Esse artigo busca melhor entendimento do tema, e em consequência, projetar aterros mais seguros e econômicos.
Referências
Almeida, M., & Marques, M. E. (2010). Aterros Sobre Solos Moles Projeto e Desempenho. São Paulo: Editora Oficina de Textos, 1, 254.
Bjerrum, L. (1973). Problems of soil mechanics and construction on soft clays, State of the art report, Session 4. Proc. of 8th ICSMFE, Moscow, 3, 109-159.
Bello, M. I. (2004). Estudo de ruptura em aterros sobre solos moles – aterro do galpão localizado na BR-101 - PE. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife. P.p. 207.
Futai, M. M. (2010). Theoretical and Practical Concepts on Behavior Analysis of Some Rio de Janeiro Clays. DSc. Seminar, COOPPE/UFRJ, Rio de Janeiro, 133 pp.
Jewell, R. A. (1982). A limit equilibrium design method for reinforced embankments on soft foundations. In Proceedings of the 2nd International Conference on Geotextiles (pp. 671-676). USA:[sn].
Low, B. K., Wong, K. S., Lim, C., & Broms, B. B. (1990). Slip circle analysis of reinforced embankments on soft ground. Geotextiles and Geomembranes, 9(2), 165-181.
Palmeira, E. M.; & Ortigão, J. A. R. (2004). Aplicações em reforço – aterros sobre solos moles. In: Vertematti, J. C. (Ed.). Manual Brasileiro de Geossintéticos. São Paulo: Edgar Blücher.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.