Perfil epidemiológico da sífilis e o papel do Dentista
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i8.5387Palavras-chave:
Sífilis; Epidemiologia; Dentista.Resumo
Introdução: Os casos de sífilis têm aumentado no Brasil. Essa doença é causada pela bactéria Treponema pallidum e pode ser transmitida pelas vias sexual, parenteral e vertical. Assim, o papel do dentista também é essencial, devendo estar atento aos sintomas e sinais orofaciais que podem aparecer em seu consultório. Objetivo: Este estudo tem por objetivo descrever o perfil epidemiológico da sífilis no Brasil, conhecer sua distribuição segundo o ano de diagnóstico e o sexo dos pacientes, verificar a relação entre a sífilis congênita e os fatores socioeconômicos da mãe, a adesão ao pré-natal e discutir o papel do dentista frente a sífilis. Métodos: Estudo descritivo observacional, com dados provenientes do DATASUS, relacionados à sífilis adquirida e a sífilis congênita no período de 2014-2018. Resultados: A taxa de detecção da sífilis adquirida aumentou com o passar dos anos no país; O percentual de sífilis adquirida foi maior no sexo masculino em todos os anos analisados; No período estudado (2014-2018), o maior percentual de sífilis congênita ocorreu proveniente de mães na faixa etária entre 20 a 29 anos. Conclusão: A sífilis é um grande agravo na saúde pública, com aumento significativo de notificações, mesmo havendo grandes avanços em relação a prevenção e tratamento. Sendo assim, faz-se necessário um maior interesse por parte das políticas públicas para a criação de campanhas preventivas e protetivas e de promoção da saúde bem como uma maior atuação do dentista diante desse problema.
Referências
Almeida, S. D. M. & Barros, M. B. A. (2005). Equidade e atenção à saúde da gestante em Campinas (SP), Brasil. Rev Panam Salud Publica/Pan Am J Public Health 17(1). Disponível em: https://www.scielosp.org/article/rpsp/2005.v17n1/15-25/. Acesso em: 09 abril 2020
Cavalcante, P. A. M., Pereira, R. B. L. & Castro, J. G. D. (2017). Sífilis gestacional e congênita em Palmas, Tocantins, 2007-2014. Epidemiol Serv. Saúde, 26(2):255-64. doi:10.5123/s1679-49742017000200003
Kalinin Y. (2015). Sífilis: Aspectos clínicos, Transmissão, Manifestação oral, Diagnóstico e Tratamento. Portal Metodista de Periódicos Científicos e Acadêmicos, Universidade Metodista de São Paulo. Odonto; 23(45-46): 65-76. doi:10.15603/2176-1000/odonto.v23n45-46p65-76
Lima, V. C., Mororó, R. M., Martins, M. A., Ribeiro, S. M. & Linhares, M. S. C. (2016). Perfil epidemiológico dos casos de sífilis congênita em um município de médio porte no nordeste brasileiro. J Health Biol Sci; 5(1):56-61. doi:10.12662/2317-3076jhbs.v5i1.1012.p56-61.2017
Little, J. W. (2005). Syphilis: an update. Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral Radiol Endodontol. doi:10.1016/j.tripleo.2005.03.006
Magalhães, D. M. S., Kawaguchi, I. A. L., Dias, A. & Calderon, I. M. P. (2013). Sífilis materna e congênita: ainda um desafio. Cad Saúde Pública; 29(6):1109-120. doi: 10.1590/S0102-311X2013000600008
Maschio-Lima, T., Machado, I. L. L., Siqueira, J. P. Z. & Almeida, M. T. G. (2019). Perfil epidemiológico de pacientes com sífilis congênita e gestacional em um município do Estado de São Paulo, Brasil. Rev. Bras. Saude Mater. Infant., Recife set./dez. doi: 10.1590/1806-93042019000400007.
Ministério da Saúde (2016). Secretaria de Vigilancia em Saude. Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. Manual Técnico para Diagnóstico da Sífilis. ISBN 978-85-334-2445-6, 2016; 1:1-54. Disponível em: http://www.aids.gov.br/pt-br/centrais-de-conteudos/boletins-epidemiologicos-vertical. Acesso em 08 abril 2020
Ministério da Saúde (2017). Secretaria de Vigilancia em Saude. Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. Boletim Epidemiológico. Sífilis, 1-32. Disponível em: http://www.aids.gov.br/pt-br/centrais-de-conteudos/boletins-epidemiologicos-vertical. Acesso em 08 abril 2020
Moleri, A. B., Lobo, C. B., Santos, F. R., Silva, E. J., Gouvêa, C. V. D. & Moreira, L. C. (2012). Diagnóstico diferencial das manifestações da sífilis e da Aids com Líquen plano na boca. DST-Jornal Brasileiro de Doenças Sexualmente Transmissíveis. doi: 10.5533/DST-2177-8264-201224209.
Muricy, C. L. & Junior, V. L. P. (2015). Congenital and maternal syphilis in the capital of Brazil. Rev Soc Bras Med Trop.;48(2)216-9. doi:10.1590/0037-8682-0168-2014
Pires, F. R., Silva, P. J. S., Natal, R. F., Alves, F. A., Pinto, C. A. L., Rumayor, A. Miranda, A. M. M. A. & Almeida, O. P. (2016). Clinicopathologic features, microvessel density, and immunohistochemical expression of ICAM-1 and VEGF in 15 cases of secondary syphilis with oral manifestations. Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral Radiol. doi:10.1016/j.oooo.2015.09.022
Ramoni, S., Cusini, M., Gaiani, F. & Crosti, C. (2009). Syphilitic chancres of the mouth: three cases. Acta Derm Venereol. 2009; 89:648–649. doi:10.2340/00015555-0709.
Rodrigues, C. S., Guimarães, M. D. C. & César, C. C. (2008). Missed opportunities for congenital syphilis and HIV perinatal transmission prevention. Rev Saúde Pública. 2008;42(5):851-8. http://dx.doi.org/10.1590/S0034-89102008000500010
Silva, J. P. D (2017). Manifestações bucais em pacientes portadores de sífilis: revisão de literatura. UNISUL. Disponível em: http://www.riuni.unisul.br/handle/12345/5880. Acesso em 01 março 2020.
Souza, W. N. & Benito, L. A. (2016). Perfil epidemiológico da sífilis congênita no Brasil no período de 2008 a 2014. Universitas: Ciências da Saúde. doi:10.5102/ucs.v14i2.3811
Tidbury, K. (2015). Infections Diseases. Bristish Dental journal. Letters To The Editor. 218(1):1. doi:10.1038/sj.bdj.2014.1144
Valente, T., Scarlecio, M., Israel, M. & Ramos, M. E. (2009). Diagnóstico da sífilis a partir das manifestações bucais. Revista Brasileira de Odontologia, v. 65, n. 2, p. 159. doi:10.18363/rbo.v65n2.p.159
Veronesi, R & Focaccia, R. (2005). Tratado de infectologia. 3 ed. Editora Atheneu. l265-7l, São Paulo.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
