Perda econômica das principais causas de condenações totais de carcaças suínas em abatedouros frigoríficos supervisionados pelo SIF em Santa Catarina de 2010 a 2018

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i8.5503

Palavras-chave:

Agronegócio; Carne suína; Contaminação; Nefrite.

Resumo

Objetivou-se nesse estudo analisar e determinar a perda econômica das principais causas de condenações totais de carcaças de suínos em abatedouros frigoríficos que são fiscalizados pelo Serviço de Inspeção Federal no estado de Santa Catarina para o período de 2010 a 2018. A perda econômica foi calculada a partir da multiplicação da quantidade de carcaças condenadas totalmente pelo rendimento médio de carne por carcaça e o preço médio anual do quilo de carne suína e os valores monetários foram atualizados para o ano de 2018 por meio do IGP-DI. Os resultados encontrados indicaram uma perda econômica de R$1,65 bilhão para o total de condenações totais de carcaças suínas e as principais causas foram a contaminação (R$ 481,67 milhões), nefrite (R$508,42 milhões), cisto urinário (R$229,05 milhões), pericardite (R$111,65 milhões) e migração larval (R$217,16 milhões). Os principais fatores associados para a ocorrência das condenações totais de carcaças suínas estão as falhas operacionais ocorridas durante a etapa de evisceração e a ocorrência de doenças parasitárias ou infectocontagiosas nos animais. Sendo assim, recomenda-se a adoção de boas práticas de produção e o treinamento de funcionários nos abatedouros frigoríficos para minimizar esse tipo de perda na produção de carne suína em Santa Catarina.

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Publicado

25/06/2020

Como Citar

RODRIGUES, R. M.; MARTINS, T. O.; PROCÓPIO, D. P. Perda econômica das principais causas de condenações totais de carcaças suínas em abatedouros frigoríficos supervisionados pelo SIF em Santa Catarina de 2010 a 2018. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 8, p. e109985503, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i8.5503. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/5503. Acesso em: 6 out. 2024.

Edição

Seção

Ciências Agrárias e Biológicas