Análise proliferativa da célula Crandell-Rees Feline Kidney (CRFK) cultivada com meio de cultura Dulbecco (DMEM) suplementado com coenzimas do complexo B
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i8.5573Palavras-chave:
Técnicas de cultivo de células; Ciclo do ácido cítrico; Cianocobalamina; Trifosfato de Adenosina; Mitose.Resumo
A técnica de cultura celular é utilizada por todas as áreas das ciências, principalmente na área da Biotecnologia por trazer resultados precisos e conhecimentos sobre novas patologias, estudos sobre mecanismos de infecções por microrganismo. O objetivo deste estudo foi analisar o potencial proliferativo da célula Crandell-Rees Feline Kidney (CRFK) em cultura estática com meio de cultura Dulbecco (DMEM) suplementado com coenzimas do complexo B. Tratou-se de um estudo experimental quantitativo, dividido em três grupos: Controle, Diversas e Diversas com B12, onde o grupo Controle não recebeu concentração extra de coenzimas, o grupo Diversas recebeu tratamento com coenzimas do complexo B, sendo elas: tiamina, riboflavina, niacina, ácido pantatênico, piridoxina, biotina e ácido fólico em quatro concentrações distintas, sempre dobrando a concentração existente na bula do meio de cultura DMEM, o terceiro grupo recebeu todas as sete coenzimas do complexo B mais a cianocobalamina (B12) que não está presente na bula do DMEM. A partir deste estudo concluiu-se que, o tratamento com coenzimas do complexo B otimizou o processo de mitose e tempo das subculturas: no grupo Diversas com B12 o tempo de cultura foi de 19,05 horas para atingir o ponto ótimo da confluência quando comparada ao grupo Controle. Portanto, o estudo apontou que a coenzima B12 é essencial para o metabolismo de células, otimizando o tempo de cultura aumentando o potencial de mitose celular.
Referências
Alberts, B, Johnson, A, Lewis, J, Morgan, D, Raff, M, Roberts, K & Hunt, T. (2017). Biologia molecular da célula. Artmed Editora.
Alves, E. A & Guimarães, A. C. R. (2010). Cultivo celular. EPSJV.
Bassoli, B. K. (2009). Ácido Fólico: efeitos paradoxais na promoção da hepatocarcinogênese em ratos. (Dissertação de mestrado), Universidade de São Paulo, São Paulo.
Barreto-Vieira, D. F, Barth, O. M, Silva, M. A. N. D, Santos, C. C, Santos, A. D. S & Filippis, A. M. B. D (2016). Ultraestrutura das partículas do vírus Zika em culturas celulares. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, 111 (8), 532-4.
Bretas, R. M. (2011). Avaliação da capacidade instalada para a produção e certificação de células animais. (Dissertação de mestrado), Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos, programa de pós-graduação em Tecnologia em Imunobiológicos, Rio de Janeiro.
Bousada, G. M & Pereira, E. L. (2017). Produção de vacinas virais parte I: engenharia de bioprocessos. Revista da Universidade Vale do Rio Verde, 15(1), 309-332.
Coleção Americana de Culturas e Tecidos – ATCC. Credible Leads to Incredible. 2017 disponível em: <https://www.atcc.org/en.aspx>
Crandell, R. A, Fabricant, C. G & Nelson-Rees, W. A. (1973). Desenvolvimento, caracterização e suscetibilidade viral de uma linha celular renal felina (Felis catus) (CRFK). In vitro, 9 (3), 176-85.
Cruz, M, Enes, M, Pereira, M, Dourado, M & Ribeiro, A. B. S. (2009). Modelos experimentais em oncologia: O contributo da cultura de células para o conhecimento da biologia do cancro. Revista portuguesa de pneumologia, 15(4), 669-82.
Devlin, T. M. (2007). Manual de Bioquímica com Correlações Clínicas. 6.ed. São Paulo: Edgard Blucher.
De Carvalho, A. C. A, Pereira, E. D. S. C, Costa, C, Barreto, I. C, Madureira, L. C & Paim, F. R. (2010). Estratégias regenerativas da bioengenharia tecidual e aspectos éticos. Revista de Ciências Médicas e Biológicas, 9(1), 20-27.
De Sousa Barbosa, B, Dos Santos, F. A, Pimentel, M. M. L, Fernandes, D. P, Prexedes, E. A & Bezerra, M. B. (2015). Histórico do desenvolvimento do cultivo de células animais. Uma Revisão. Revista Brasileira de Higiene e Sanidade Animal, 9(2), 334-47.
Do Amaral, J. B, & Machado-Santelli, G. M. (2011). A cultura de células em 3 dimensões e a sua aplicação em estudos relacionados a formação do lúmen. Naturalia, 34.
Toffalini, A. D. M. L. (2015). Avaliação de alternativas ao uso do soro fetal bovino na adaptação de cultivos celulares e obtenção e caracterização das células de córnea bovina (corbov).
Freshney, R. I. (2015). Culture of animal cells: a manual of basic technique and specialized applications. John Wiley & Sons.
Gomes, T. D. U. H. (2013). Efeito da concentração de metionina na dieta durante o período pré e pósnatal sobre o estresse oxidativo, a instabilidade genômica e expressão de RNAm de Mat1a, Bhmt e Cbs em camundongos (Doctoral dissertation, Universidade de São Paulo).
Isaac, C. (2012). Construção de substituto da pele composto por matriz de colágeno porcino povoada por fibroblastos dérmicos e queratinócitos humanos: avaliação histológica. Rev. Bras. Cir. Plást, 503-508.
Kennedy, D. O. (2016). B vitamins and the brain: mechanisms, dose and efficacy—a review. Nutrients, 8(2), 68.
Lara, M. T, Aguiar, M. J. B, Giannetti, J. G & Januário, J. N. (2014). Deficiência de biotinidase: aspectos clínicos, diagnósticos e triagem neonatal. Rev Med Minas Gerais, 24(3), 388-396.
Leme, J. (2016). Cultivo de célula BHK-21 C13 em meio de cultura livre de soro fetal bovino adaptada para crescimento em suspensão (Doctoral dissertation, Universidade de São Paulo).
Lents, N. H & Baldassare, J J (2016). Cyclins and Cyclin-Dependent Kinases. Encyclopedia of Cell Biology, volume 3, 423-432. https://doi.org/10.1016/B978-0-12-394447-4.30057-8
Martínez-Reyes, I, Diebold, L. P, Kong, H, Schieber, M, Huang, H, Hensley, C. T & Dufour, E. (2016). TCA cycle and mitochondrial membrane potential are necessary for diverse biological functions. Molecular cell, 61(2), 199-209.
Mccullough, L. E, Miller, E. E, Mendez, M. A, Murtha, A. P, Murphy, S. K & Hoyo, C. (2016) Vitaminas B maternas: efeitos no peso da prole e na metilação do DNA em domínios geneticamente impressos. Epigenética clínica, 8 (1), 8.
Migita, N. A. (2012). Cultivo celular in vitro: importância para a pesquisa biomédica e dimensão da problemática de autenticação de linhagens celulares. (Monografia) Universidade Estadual Paulista, Instituto de Biociências de Botucatu, Botucatu.
Montgomery, D. C. Design and analysis of experiments (2013). 8th ed. New York: John Wiley & Sons.
Monteiro, T. R, Luis, ZG, Freitas, E. D. O, Matsumoto, K & Scherwinski-Pereira, J. E. (2011). Diluição celular, características do meio de cultura e biorreatores de imersão temporária na diferenciação e regeneração de células em suspensão de bananeira. Revista Brasileira de Fruticultura, 33(SPE1), 213-221.
Nelson, D. L & Cox, M. M. (2018). Princípios de Bioquímica de Lehninger. 7ª ed. Editora Artmed.
Padmanabhan, N, Jia, D, Geary-Joo, C, Wu, X, Ferguson-Smith, A. C, Fung, E, Bieda, M. C, Snyder, F. F, Gravel, R. A, Cross, J. C & Watson, E. D (2013). A mutation in folate metabolism causes epigenetic instability and transgenerational effects on development. Cell, 155 (1), 81-93.
Paniz, C. (2015). Efeitos do ácido fólico não metabolizado na metilação global do DNA, na expressão de RNAm dos genes de DHFR, MTHFR, interferon-γ, TNF-αe interleucina-8, e na citotoxicidade das células NK (Doctoral dissertation, Universidade de São Paulo).
Pereira, A. S; Shitsuka, D. M; Parreira, F. J; Shitsuka, R. (2018). Metodologia da pesquisa científica. [e-book]. Santa Maria. Ed. UAB/NTE/UFSM. Disponível em: https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/15824/Lic_Computacao_Metodologia-Pesquisa-Cientifica.pdf?sequence=1.
Rebello, M. A. (2014). Fundamentos da Cultura de Tecidos e Células animais. 1ª ed. Rio de Janeiro. Editora Rubio.
De Souza, F. G, Fernandes, B. L, Rebelatto, C. L. K., De Aguiar, A. M, Fracaro, L & Brofman, P. R. S. (2018). Proliferação e diferenciação de células‐tronco em contato com eluato de membrana de fibrina. Revista Brasileira de Ortopedia, 53(1), 45-52.
Schieferdecker, M. E. M, Thieme, R. D & Hauschild, D. B. (2015). Vitaminas, minerais e eletrólitos: aspectos fisiológicos, nutricionais e dietéticos. 1ª ed. Rio de Janeiro. Editora Rubio.
Torres, C. B. B & Pessoa, W. S. (2018). Células-tronco pluripotentes induzidas e edição de genes: avanços tecnológicos da pesquisa em medicina regenerativa e terapia gênica. Jornal Interdisciplinar de Biociências, 3(1), 56.
Ulak, M, Chandyo, R. K., Adhikari, R. K., Sharma, P. R., Sommerfelt, H, Refsum, H & Strand, T. A. (2014). Cobalamin and folate status in 6 to 35 months old children presenting with acute diarrhea in Bhaktapur, Nepal. PLoS One, 9(3).
Valdespino-Gómez, V. M, Valdespino-Castillo, P. M & Valdespino-Castillo, V. E. (2015). Interacción de las vías de senalización intracelulares participantes en la proliferación celular: potencial blanco de intervencionismo terapéutico. Cirugía y Cirujanos, 83(2), 165-174.
Vannucchi, H, Monteiro, T. M & Takeuchi, P. L. (2017). Cobalamina (vitamina B12). Brasil: ILSI – International Life Science Institute, 2.ed. São Paulo.
Voet, D, Voet, J. G & Pratt, C. W. (2014). Fundamentos de Bioquímica-: A Vida em Nível Molecular. Artmed Editora.
Yamamoto-Silva, F. P, Todescan, F. F, Duarte, R. C, De Araújo, N. S, Rosa, L, De Lima, K. L & de Freitas Silva, B. S. (2017). Estudo in vitro do padrão de crescimento e proliferação celular de pré-osteoblastos humanos com Bio-Oss® e GenO®. Revista Odontológica do Brasil Central, 26(76), 11-14.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Fabiane Da Silva Reis Góes, Henrique Manoel Silva, Ana Carolina Santana De Oliveira
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
