Conjuntura do saneamento básico e plano municipal de saneamento em Belém do Pará na Amazônia Oriental
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i8.5659Palavras-chave:
Rede de esgoto; Água potável; Impactos socioambientais.Resumo
Atualmente, uma das dificuldades é a salvaguarda do direito ao saneamento básico e a manutenção dos recursos hídricos diante da falta de investimentos, crescimento das cidades e ineficiência das políticas públicas que atingem a população mais vulnerável. Assim, adversidades que envolvem canalização com acúmulo de dejetos e resíduos sólidos, moradias sem esgotamento sanitário e água potável e suas consequências são evidenciadas na cidade de Belém, no estado do Pará. Em razão disso, a pesquisa visou analisar a regulação legal sobre o Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB) no país, bem como os dados sobre saneamento no município de Belém e levantar um panorama sobre o tema com ênfase no abastecimento de água e esgotamento sanitário. A metodologia se concentrou na coleta e análise de dados do município consistentes no Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), no período de 1997 a 2017, dados do Instituto Trata Brasil, bem como da legislação aplicada à matéria. A análise permitiu concluir que os números de elaboração do PMSB ainda são insuficientes, com destaque para a região Norte, onde apenas 22% dos municípios apresentaram o PMSB. Ademais, dentre as maiores cidades brasileiras entre 2010 a 2017, Belém esteve entre as 10 piores com cobertura de saneamento, com exceção de 2014. Dados corroborados com as informações extraídas do SNIS de 1997 a 2017, que apontam a insuficiência dos serviços de água e esgoto que não acompanham o crescimento populacional, demonstrando que a universalização ainda encontra muitos desafios para alcançar a concretização.
Referências
Agência Nacional de Águas – ANA. (2015). Conjuntura dos recursos hídricos no Brasil: regiões hidrográficas brasileiras. Ed. Especial. Brasília, DF.
Assumpção, R. F., Séguin, E., Kligerman, D. C., & Cohen, S. C. (2017). Possíveis contribuições da integração das políticas públicas brasileiras à redução de desastres. Saúde em Debate, 41, 39-49.
Azevedo Picanço de, N. J., Machado, N. M. M., Nunes Filho, O. P., Monteiro, A. O. S., da Costa Kalif, L., Nunes, D. M., ... & de Freitas Freire, M. L. (2019). Prevalência de enteroparasitoses em usuários na faixa etária de 2 a 12 anos atendidos por uma Unidade de Saúde da Família do município de Belém, Pará. Revista Eletrônica Acervo Saúde, (33), e1321-e1321.
Brito, A. D., Lopes, J. C., Anjos, M. M. S. dos., Neta (2020). Tripé da governança: poder público, setor privado e a sociedade civil em busca de uma gestão integrada dos recursos hídricos. Revista Gestão & Sustentabilidade Ambiental, 8(4), 506-522.
Chêne. S. (2020). Prefeitura promove a primeira audência sobre plano municipal de saneamento básico. Agência Belém. Acesso em 08 março, em http://agenciabelem.com.br/Noticia/207229/prefeitura-promove-a-primeira-audiencia-sobre-plano-municipal-de-saneamento-basico.
Conquista CNM: prazo para Planos Municipais de Saneamento será dezembro de 2022.(2020). Agência CNM de notícias. Acesso em 20 março, em https://www.cnm.org.br/comunicacao/noticias/conquista-cnm-prazo-para-planos-municipais-de-saneamento-sera-dezembro-de-2022.
Colina, V. A. C. (2018). Índice de salubridade ambiental (isa) aplicado ao municipio Belém do Estado do Pará. Dissertação de mestrado, Universidade Federal do Pará, Belém PA, Brasil.
Lei nº 9.113, de 15 de maio de 2015. Institui o plano municipal de saneamento básico de abastecimento de água e esgotamento sanitário de Belém-Pará. Acesso em 30 março, em https://leismunicipais.com.br/legislacao-municipal/2407/leis-de-belem/categorias/meio ambiente?p=14.
Resolução nº 01/2014, de 07 de julho de 2014. Regulamento das condições gerais na prestação de serviços públicos de abastecimento de água e esgotamento sanitário do Município de Belém. Acesso em 31 março, em https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=272742.
Lei nº 9.433, de 8 de janeiro de 1997. Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos, cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos. Acesso em 08 março, em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9433.htm.
Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007. Estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico. Acesso em 08 março, em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11445.htm.
Decreto 7.217, de 21 de junho de 2010. Regulamenta a Lei no 11.445, de 5 de janeiro de 2007, que estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico, e dá outras providências. Acesso em 20 março, em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/decreto/d7217.htm.
Decreto 10.203, de 22 de janeiro de 2020. Altera o Decreto nº 7.217, de 21 de junho de 2010, que regulamenta a Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007, que estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico.Acesso em 12 março, em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2020/decreto/D10203.htm.
Ministério das Cidades. (2017).Panorama dos planos municipais de saneamento básico no Brasil. Acesso em 17 março emhttp://www.tratabrasil.org.br/datafiles/estudos/panorama-dos-pmbs/panorama-completo.pdf.
Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento - SNIS. (2020). Ministério de Desenvolvimento Regional. Acesso em 29 março, em http://www.snis.gov.br/institucional.
Ministério da Saúde. (2014). Política e plano municipal de saneamento básico: convênio Funasa / Assemae. Acesso em 20 março em http://www.funasa.gov.br/documents/20182/38564/Pol%C3%ADtica+e+Plano+Municipal+de+Saneamento+B%C3%A1sico+2014.pdf/91a00d1a-582f-41e2-bda9-120660d5669f.
Instituto Trata Brasil. (2020). Ranking do Saneamento. Acesso em 20 março, em http://www.tratabrasil.org.br/estudos/estudos-itb/ranking-do-saneamento.
Duarte, M. L., Zanchi, F. B., Neves, J. R. D., Costa, H. S., & Jordão, W. H. C. (2016). Vulnerabilidade à contaminação das águas subterrâneas no município de Humaitá, Amazonas, Brasil. Ambiente & Água - An Interdisciplinary Journal of Applied Science, 11(2), 402-413.
Filard, M. F., & de Souza, M. C. F. (2017). Crise hídrica no século XXI: legislação e políticas públicas para um novo modelo de gestão sustentável. Ponto de Vista Jurídico, 6(1), 08-20.
Gomes, U. A. F., & Heller, L. (2016). Acesso à água proporcionado pelo Programa de Formação e Mobilização Social para Convivência com o Semiárido: Um Milhão de Cisternas Rurais: combate à seca ou ruptura da vulnerabilidade?. Engenharia Sanitaria e Ambiental, 21(3), 623-633.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. (2020). Estados: Pará. Acesso em 16 março, em https://cidades.ibge.gov.br/brasil/pa/belem/panorama.
Murtha, N. A., Castro, J. E., & Heller, L. (2015). Uma perspectiva histórica das primeiras políticas públicas de saneamento e de recursos hídricos no Brasil. Ambiente & Sociedade, 18(3), 193-210.
Passos, M. G., do Prado, G. P., Prestes, M. P., & Facco, J. (2017). Planos de saneamento básico: situação na região hidrografica II do estado de Santa Catarina. Revista Gestão & Sustentabilidade Ambiental, 6(3), 511-530.
Silva Pereira, F., & Vieira, I. C. G. (2018). Sustentabilidade e desigualdade socioambiental intramunicipal em Belém-Pará, brasil. Revista Brasileira de Gestão e Desenvolvimento Regional, 14(5).
Ribeiro, E., Ferreira, B., Maciel, M., Pereira, B., &Soares, J. (2015). Caracterização morfométrica da bacia hidrográfica do Igarapé do una por meio de geotecnologias. Enciclopédia Biosfera, 11, 2960-2974.
Santos, F. O. (2016). Saneamento básico no Brasil: avaliação dos fatores determinantes do investimento com base nos dados da pesquisa do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) (Doctoral dissertation). Tese (Doutorado), Fundação Getúlio Vargas. Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas, 2016
Sardinha, A. C. (2019). Comunicação e deliberação de políticas públicas: um estudo da participação nos conselhos de recursos hídricos da Região Norte. Tese (Doutorado), Universidade Estadual Paulista. Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação, Bauru.
Schilling, R. L. (2019). Políticas públicas de saneamento básico: inserção e participação social. Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização), Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Silva, T. S., & de Melo, L. C. F. (2016). Direito fundamental de acesso à agua potável. Idea, 7(2).
Silva, E. L., & Vieira, A. S. (2017). Simulação integrada dos recursos hídricos nos reservatórios Engenheiro Ávidos e São Gonçalo na Paraíba. Revista Verde de Agroecologia e Desenvolvimento Sustentável, 12(5), 892-901.
Soares, P. P. D. M. A., & Cruz, S. H. R. (2019). A Ecologia Política das inundações urbanas na Bacia do Una em Belém (PA) (The Political Ecology of urban flooding in the Una Watershed in Belém, state of Pará). Emancipação, 19(1), 1-15.
Souza, C. M. N. (2016). Participação dos cidadãos e saneamento básico: panorama da legislação nacional. Revista do Instituto de Estudos Brasileiros, (63), 141-158.
Sotto, D., Ribeiro, D. G., Abiko, A. K., Sampaio, C. A. C., Navas, C. A., Marins, K. R. D. C., ... & Buckeridge, M. S. (2019). Sustentabilidade urbana: dimensões conceituais e instrumentos legais de implementação. Estudos Avançados, 33(97), 61-80.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Carla Renata de Oliveira Carneiro, Hebe Morganne Campos Ribeiro, Vanessa de Almeida Batista, Davi Farias da Silva, Adonai Zanoni da Silva Lima, Matheus Gabriel Lopes Botelho, Layse Gomes Furtado, Altem Nascimento Pontes
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.