Estudo epidemiológico retrospectivo das fraturas do complexo zigomático maxilar no Complexo Hospitalar Padre Bento em Guarulhos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i8.5752

Palavras-chave:

Traumatismos faciais; Fraturas zigomáticas; Epidemiologia.

Resumo

As fraturas do Complexo Zigomático Maxilar (CZM) estão entre as principais lesões do trauma maxilo-facial e conhecer seus padrões demográficos é fundamental para prevenção e tratamento. Portanto, o objetivo desse estudo foi pesquisar a etiologia, incidência e tratamento de escolha dessas fraturas no Serviço de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial do Complexo Hospitalar Padre Bento de Guarulhos, Guarulhos, SP, Brasil. Foi realizado um estudo epidemiológico retrospectivo de pacientes que apresentaram fratura do CZM entre o ano de 2017 e 2018. Em uma população de 84 pacientes que apresentaram fratura do CZM, 54 entraram para o estudo. Foram coletados os dados referentes ao sexo, idade, etiologia da fratura e tratamento de eleição. O principal gênero acometido foi o masculino com maior acometimento entre as faixas etárias de 20 a 40 anos em 2017 e 51 a 70 anos em 2018. Principais etiologias foram acidentes automobilísticos, quedas de própria altura e agressão física, com variação dos dados entre o período estudado. Em 2017 o principal tratamento realizado entre os homens foi não-cirúrgico (57,14%) e em 2018 o cirúrgico (68,42%). A fratura nasal foi a mais associada em ambos os gêneros. A fratura de CZM é mais prevalente em homens sendo o acidente automobilístico, quedas de própria altura e agressões físicas as principais etiologias da região estudada. As informações apresentadas elucidam dados para esclarecer o tipo de atendimento realizado pelo serviço. Essas informações podem ser comparadas com os dados de outros os serviços, além de contribuir para as políticas de prevenção das fraturas.

Referências

Bataineh, A. B. (1998). Etiology and incidence of maxillofacial fractures in the north of Jordan. Oral Surg Oral Med Oral Patho Oral Radiol Endod, 86, 31-35.

Bresaola, M. D., Assis, D. S. F. R., Ribeiro Júnior, P. D. (2005). Avaliação epidemiológica de pacientes portadores de traumatismo facial em um serviço de pronto-atendimento da Região Centro-Oeste do Estado de São Paulo. UFES Rev. Odontol, 7,50-57.

Brucoli, M., Boffano, P., Broccardo, E., Benech, A., Corre, P., Bertin, H., et al. (2019). The “European zygomatic fracture” research project: The epidemiological results from a multicenter European collaboration. Journal of Cranio-Maxillo-Facial Surgery, 47,616-621.

Cann, E. M. V., Hout, W. M. M. T., Abbink, J. H., Koole, R. (2013). An epidemiological study of maxillofacial fractures requiring surgical treatment at a tertiary trauma centre between 2005 and 2010. British Journal Of Oral and Maxillofacial Surgery, 51, 416-420.

Cavalcante, J. R., Guimarães, K. B., Vasconcelos, B. C. E., Vasconcellos, R. J. H. (2009). Epidemiological study of patients with facial trauma treated at the Antônio Targino Hospital - Campina Grande/ Paraíba. Brazilian Journal of otorhinolaryngology,75, 628-633.

Elarabi, M. S., Bataineh, A. B. (2018). Changing pattern and etiology of maxillofacial fractures during the civil uprising in Western Libya. Med Oral Patol Oral Cir Bucal, 23, e248‐e255.

Falcão, M. F. L., Leite Segundo, A. V., Silveira, M. M. F. (2005). Epidemiological Study of 1758 Facial Fractures Treated at Hospital da Restauração in Recife, Pernambuco, Brazil. Rev. Cir. Traumatol. Buco-Maxilo-Fac, 5, 65-72.

Farias, I. P. S., Bernardino, I. M., Nóbrega, L. M., Grempel, R. G., D’avila, S. (2017). Maxillofacial trauma, etiology and profile of patients: an exploratory study. Acta Ortopédica Brasileira, 25, 258-261.

Gondola, A. O., Pereira Júnior, E. D., Pereira, A. M., Antunes, A. Z. (2006). Zygomatic fractures epidemiology: a 10-year-analysis. Revista Odonto Ciência, 21, 52.

Krug, E. G., Dahlberg, L. L., Mercy, J. A., Zwi, A. B., Lozano R. (2002). World report on violence and health Geneva: World Health Organization.

Leite Segundo, A. V., Campos, M. V. S., Vasconcelos, B. C. E. (2005). Epidemiologic profile of patients with facial fractures. Rev. Ciênc. Méd., 14, 345-350.

Mascarenhas, M. D. M., Silva, M. M. A., Malta, D. C., Moura, L., Moysés, S. T., Neto, O. L. M. (2012). Perfil epidemiológico dos atendimentos de emergência por lesões buco dentais decorrentes de causas externas. Brasil, 2006 e 2007. Rio de Janeiro: Cad Saúde Publica, 28, S124-S132.

Menon, S., Sham, M. E., Kumar, V., Archana, S., Nath, P., Shivakotee, S., et al. (2019). Maxillofacial fracture patterns in road traffic accidents. Ann Maxillofac Surg, 9, 345-348.

Peron, M. F., Ferreira, G. M., Camarini, E. T., Iwaki Filho, L., Farah, G. J., Pavan, A. J. (2009). Levantamento epidemiológico das fraturas do complexo zigomático no Serviço de Residência em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial da UEM, no período de 2005 e 2006. Revista de Odontologia da UNESP, 38, 1-5.

Prado, B. N., Sobral, P. C. F., Leandro, L. F. L. (2011). Zygomatic Complex fractures by traffic accidents in the city of São Paulo. Rev. Bras. Cir. Cabeça Pescoço, 40, 34-36.

Silva, C. J. P., Ferreira, R. C., Paula, L. P. P., Haddad, J. P. A., Moura, A. C. M., Naves, M. D., Ferreira, E. F. (2014). Maxillofacial injuries as markers of urban violence: a comparative analysis between the genders. Ciência & Saúde Coletiva, 19, 127-136.

Starch-Jensen, T., Linnebjerg, L. B., JenseN, J. D. (2018). Treatment of Zygomatic Complex Fractures with Surgical or Nonsurgical Intervention: A Retrospective Study. The Open Dentistry Journal,12, 377-387.

Trivellato, P. F. B., Arnez, M. F. M. A., Sverutz, C. E., Trivellato, A. E. (2011). A retrospective study of zygomatico-orbital complex and/or zygomatic arch fractures over a 71-month period. Dental Traumatology, 27, 135-142.

Zamboni, R. A., Wagner, J. C. B., Volkeis, M. R., Gerhardt, E. L., Buchmann, E. M., Bavaresco, C. S. (2017). Epidemiological study of facial fractures at the Oral and Maxillofacial Surgery Service, Santa Casa de Misericordia Hospital Complex, Porto Alegre (Brazil). Rev Col Bras Cir,44, 491-497.

Downloads

Publicado

29/06/2020

Como Citar

MACEDO, D. S. de; JACOMO, T. S.; PIMENTEL, A. C.; SENDYK, W. R.; MARÃO, H. F. Estudo epidemiológico retrospectivo das fraturas do complexo zigomático maxilar no Complexo Hospitalar Padre Bento em Guarulhos. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 8, p. e193985752, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i8.5752. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/5752. Acesso em: 17 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde