Produção de Gerbera jamesonii no Submédio do Vale do São Francisco
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i8.5770Palavras-chave:
Floricultura; Semiárido; Déficit hídrico; Manejo da irrigação.Resumo
O cultivo de gérbera na região nordeste brasileira ainda é insipiente, mas pode apresentar-se como alternativa à diversificação de cultivos. O uso de estratégias de irrigação pode atenuar eventos de concorrência pela água disponível, especialmente frente à crise hídrica. Objetivou-se avaliar a produção e a qualidade das inflorescências de gérberas em função da água aplicada, no Submédio do Vale do São Francisco. O trabalho foi desenvolvido em Juazeiro-BA, no delineamento experimental em blocos casualizados, com parcelas subdividas 2x4, com dois híbridos de gérberas (Essandre e DTCS) e as subparcelas compostas por quatro lâminas (60; 80; 100; e 120% da evapotranspiração da cultura), em cinco repetições. A evapotranspiração foi determinada por lisimetria de pesagem, num ciclo de 240 dias após a aclimatização (DAA). A quantidade, comprimento, diâmetro e a longevidade das hastes foram quantificados. As médias foram comparadas pelo teste de Tukey a 5% de significância e para fator lâmina fez-se análise de regressão. O déficit severo inviabilizou a produção comercial de gérbera de corte. O híbrido DTCS apresentou maior produção e qualidade das flores, contudo, houve redução no comprimento da haste e na longevidade da inflorescência em relação à Essandre, em função da diferenciação das lâminas. O déficit hídrico de 20% pode ser uma abordagem de gerenciamento positivo da água face à escassez dos recursos hídricos, mas pode promover 13% de perdas de produção comercial e redução de 12,4% da qualidade das hastes, sendo necessária uma análise econômica dessa estratégia de economia de água para a cultura da gérbera.
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