A Etnomatemática em uma Comunidade Rural do Sul de Minas Gerais
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v7i11.581Palavras-chave:
Etnomatemática. História Oral. Medidas Não-Formais. Vozes do Passado.Resumo
Este artigo tem como objetivo revelar e apresentar análises de algumas medidas não formais e jogos de linguagem matemática praticada em uma comunidade do sul de Minas Gerais, para atender às necessidades de sobrevivência. Para alcançar esse objetivo, utilizou-se a História Oral como metodologia de investigação de natureza qualitativa, apoiados pela Etnomatemática, que considera, os processos, técnicas e práticas matemáticas desenvolvidas em contextos culturais distintos. Realizou-se entrevistas com moradores e dentre os resultados obtidos, cabe destacar, uma quantidade significativa de medidas não-formais que colaboraram para a construção da identidade cultural do grupo estudado. A partir das duas abordagens utilizadas nessa investigação, delineou-se o uso cotidiano das medidas não-formais buscando alcançar, por meio de vozes do passado, o modo como tais medidas contribuíram para o ser/saber/fazer próprio dessa comunidade promovendo a reflexão sobre a política do conhecimento dominante praticada na escola, que de forma sutil esconde e marginaliza determinados conteúdos, saberes, no currículo escolar.
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