Currículo e Educação Física: algumas relações com/sobre o corpo
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i8.5826Palavras-chave:
Corpo humano; Currículo; Educação física.Resumo
O objetivo deste trabalho é discutir a relação entre corpo, currículo e Educação Física, por meio de uma reflexão teórica. Para tanto, foram utilizadas diferentes fontes bibliográficas para pensar as relações entre essas três categorias. Vale salientar que o estabelecimento dessas relações só foi possível pela abrangência e complexidade com que a concepção de currículo – e de corpo - é aqui assumida. Para tanto, o artigo está organizado em quatro sessões: 1) Traçados iniciais; 2) Corpo e Educação Física: reflexões a partir do currículo; 3) A Educação Física como forma de produzir corpos; e, 4) Considerações finais. As reflexões apresentadas no âmbito das relações entre corpo, currículo e Educação Física demonstraram como esses três aspectos estão imbricados, se constroem e são reconstruídos constantemente, dependendo do contexto sociocultural em que se vive. Educação Física, um campo de saber, uma prática pedagógica permeada pelo corpo, como objeto de estudo e conhecimento, tem na escola e em espaços-tempos educacionais o currículo como meio de produção de discursos e subjetividades. Conclui-se que refletir acerca das práticas curriculares e pedagógicas, em especial na/da Educação Física, permite-nos pensar sobre a compreensão de corpo [e de sujeito] na sociedade moderna e contemporânea.
Referências
Barbosa, C. L. de. A. (2010). Educação Física e Didática: um diálogo possível e necessário. Petrópolis: Vozes.
Bracht, V. (2005). Sociologia crítica do esporte: uma introdução. 3. ed. Ijuí: Unijuí.
Brasil. (1997). Parâmetros Curriculares Nacionais. Introdução aos Parâmetros Curriculares Educacionais, Brasília.
Castellani Filho, L. (2003). Educação física no Brasil: a história que não se conta. 8. ed. Campinas: Papirus.
Costa, J. F. (1999). Ordem médica e norma familiar. 4. ed. Rio de Janeiro: Graal.
Daólio, J. (1998). Educação física brasileira: autores e atores da década de 1980. Campinas, SP: Papirus.
Demo, P. (2005). Metodologia da investigação em Educação. Curitiba: Ibpex.
Elias, N. (1994). A Sociedade dos Indivíduos. Rio de Janeiro: Zahar.
Courtine, J. (2013). Decifrar o corpo: pensar com Foucault. Tradução Francisco Morás. Petrópolis, RJ: Vozes.
Deleuze, G. (2005). Foucault. 5. ed. Tradução de Cláudia Sant`Anna Martins. São Paulo: Brasiliense.
Foucault, M. (1992). Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Graal.
Foucault, M. (1995). O sujeito e o poder. In: DREYFUS, H.; RABINOW, P. Michel Foucault. Uma trajetória Filosófica: Para Além do Estruturalismo e da Hermenêutica. Rio de Janeiro: Forense Universitária, p.231-249.
Foucault, M. (2011). Vigiar e punir: nascimento da prisão. 39. ed. Petrópolis: Vozes.
Gonçalves, A. S. & Azevedo, A. A. (2007). A Re-Significação Do Corpo Pela Educação Física Escolar, Face Ao Estereótipo Construído Na Contemporaneidade. Pensar a Prática, 10/2, p. 201-219.
Ilha, F.R.S. (2019). As condições de emergência histórica na construção dos currículos da Educação Física: os discursos curriculares em questão. Rev. Eletrônica Pesquiseduca. Santos, Volume 11, número 25, p.344-357, set-dez.
Lopes, B. R. & Lara, L. M. (2018). Cultura como central ou periférica na produção de conhecimento em educação física no Brasil sob a ótica de pesquisadores. Revista Brasileira de Ciências do Esporte. vol.40 no.2 Porto Alegre Apr/June. Acesso em 30 abril de 2020, em https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-32892018000200146
Mauss, M. (1974). Sociologia e Antropologia. São Paulo, EPU.
Mendes, C.L. (2006). O corpo em Foucault: superfície de disciplinamento e governo. Revista de Ciências Humanas, Florianópolis, EDUFSC, n. 39, p. 167-181.
MENEGUETTI, F.K. (2011). O que é um Ensaio-Teórico? RAC, Curitiba, v. 15, n. 2, pp. 320-332, Mar./Abr.
Neira, M. G & Nunes, M. L. (2009). Educação Física, currículo e cultura. São Paulo: Phorte.
Popkewitz, T.S. (1994). História do Currículo, Regulação Social e Poder. In: SILVA, T.T. (Org.). O sujeito da educação: estudos foucaultianos. Petrópolis: Vozes, p.173-210.
Popkewitz, T.S. (2004). The alchemy of the mathematics curriculum: inscription and fabrication of the child. American Educational Research Journal, v.41, p.3-34.
Sant’anna, D. (2005). Políticas do corpo: elementos para uma história das práticas corporais. São Paulo: Estação Liberdade.
Santin, S. (2008). Corporeidade. In: GONZÁLEZ, F.J.; FENSTERSEIFER, P.E. Dicionário Crítico de Educação Física. 2. ed. rev. Ijuí: Ed. UNIJUÍ.
Schwengber, M.S.V. (2008). Corpo-sujeito. In: GONZÁLEZ, F.J.; FENSTERSEIFER, P.E. Dicionário Crítico de Educação Física. 2. ed. rev. Ijuí: Ed. UNIJUÍ.
Silva, T.T. (2011). Documentos de identidade: uma introdução às teorias do currículo. 3. ed. Belo Horizonte: Autêntica.
Soares, C. L. (1994). Educação física: raízes européias e Brasil. Campinas: Autores Associados.
Soares, C. L. (2006). Pedagogias do corpo: higiene, ginástica e esporte. In: RAGO, M.; VEIGA-NETO, A. Figuras de Foucault. Belo Horizonte: Autêntica, p. 75-86.
Soares, C. et al. (1992). Metodologia do Ensino da Educação Física.
Veiga-Neto, A. (2014). Educação Física: Pensando as controvérsias. Mesa redonda. In: EXTREMUS DP SUL (Educação Física: digressões, controvérsias e perspectivas), 6., 2014, RS. Anais... Rio Grande: Universidade Federal de Rio Grande (FURG).
Vieira, J. S. (2009). Currículo Rastros, Histórias, Blasfêmias, Dissoluções, Deslizamentos, Pistas. Debates em Educação. Maceió, v. 1, n. 2 jul./dez.
Vigarello, G. (2003). A história e os modelos do corpo. PróPosições, v. 14, n. 2, p. 21-29, mai./ago.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Franciele Roos da Silva Ilha, Andrize Ramires Costa, Eliane Regina Crestani Tortola
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.