Barreiras à integralidade do cuidado à pessoa com hanseníase: percepção de Enfermeiros

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i8.5864

Palavras-chave:

Hanseníase; Integralidade em Saúde; Enfermeiras e Enfermeiros.

Resumo

Introdução: A hanseníase é uma doença infectocontagiosa considerada como problema de Saúde Pública. A integralidade da assistência às pessoas com esta doença se constitui em um grande desafio na atualidade. Objetivo: Descrever a percepção de enfermeiros sobre as barreiras à integralidade do cuidado às pessoas com hanseníase. Métodos: Pesquisa exploratório-descritiva, qualitativa, realizada em um Centro de Referência Nacional em Dermatologia em Fortaleza-CE, de fevereiro a abril de 2013. Os dados foram coletados por meio de entrevista em profundidade aplicada a sete enfermeiros, e analisados segundo técnica de análise de conteúdo de Bardin. Resultados: A categoria principal “Hanseníase: barreiras à integralidade do cuidado segundo a percepção de enfermeiros” revelou como dificultadores da assistência integral: Dificuldades na detecção precoce dos casos de hanseníase; Manejo e enfrentamento ineficazes da doença; e O preconceito como barreira ao cuidado integral. Conclusão: Salienta-se a importância da atuação de profissionais qualificados, principalmente na Atenção Básica, para se atingir a meta de controle e eliminação da hanseníase, bem como da intersetorialidade para superar os obstáculos que permeiam a integralidade da assistência.

Referências

Albano, M. L., Sousa, A. A. S. D., Cezário, K. G., Pennafort, V. P. D. S., & Américo, C. F. (2016). A consulta de enfermagem no contexto de cuidado do paciente com hanseníase. Rev Hansen Int, 41(1-2), 25-33.

Aquino, C. M. F., Rocha, E. P. A. A., Guerra, M. C. G., de Lavor Coriolano, M. W., de Vasconcelos, E. M. R., & de Alencar, E. N. (2015). Peregrinação (Via Crucis) até o diagnóstico da hanseníase [Peregrination (Via Crucis) to a diagnosisofleprosy]. Revista Enfermagem UERJ, 23(2), 185-190.

Bardin, L. (2010). Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 2010. BAUER, A. Usos dos resultados das avaliações de sistemas educacionais: iniciativas em curso em alguns países da América. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Brasília, 91(228), 315-344.

Brasil, Congresso Nacional. (1990). Lei Orgânica da Saúde: Lei no 8.080 de 19 de setembro de 1990. Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. Diário Oficial da União.

Brasil, Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, & Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. (2017). Guia prático sobre a hanseníase.

Carvalho N. G. R., Barrêto, A. J. R., Brandão, G. C. G., & Tavares, C. M. (2011). Ações do enfermeiro no controle da hanseníase. Revista Eletrônica de Enfermagem, 13(4), 743-50.

Carvalho, F. P. B., de Miranda, F. A. N., Simpson, C. A., Queiroz, T. A., & Isoldi, D. M. R. (2015). O contexto da atenção do enfermeiro às pessoas com hanseníase na estratégia saúde da família. Revista de Pesquisa Cuidado é Fundamental Online, 7, 189-199.

Levantezi, M., Shimizu, H. E., & Garrafa, V. (2020). Princípio da não discriminação e não estigmatização: reflexões sobre hanseníase. Revista Bioética, 28(1), 17-23.

Lima, D. A. Q., Silva Cassemiro, A. V., Mendes, R. S., Branco, C. S. N., & Pamplona, Y. D. A. P. (2016). Consulta de Enfermagem ao Portador de Hanseníase: Revisão integrativa. Revista Enfermagem Contemporânea, 4(2).

Ministério da Saúde do Brasil. (2018). Secretaria de Vigilância em Saúde. Boletim Epidemiológico: Hanseníase, 49(4), 1-10.

Ministério da Saúde. (2010). Portaria nº 3.125, de 7 de outubro de 2010. Aprova as Diretrizes para Vigilância, Atenção e Controle da Hanseníase. Diário Oficial da União.

Monteiro, L. D., Alencar, C. H. M. D., Barbosa, J. C., Braga, K. P., Castro, M. D. D., & Heukelbach, J. (2013). Incapacidades físicas em pessoas acometidas pela hanseníase no período pós-alta da poliquimioterapia em um município no Norte do Brasil. Cadernos de Saúde Pública, 29(5), 909-920.

Peduzzi, M., Silva, J. A., & Leonello, V. M. (2018). A formação dos profissionais de saúde para a integralidade do cuidado e prática interprofissional. Mota A, Marinho AG, SchraiberLB, organizadores. Educação, medicina e saúde: tendências historiográficas e dimensões interdisciplinares. Santo André (SP): UFABC, 141-72.

Ribeiro, M. D. A., Silva, J. C. A., & Oliveira, S. B. (2018). Estudo epidemiológico da hanseníase no Brasil: reflexão sobre as metas de eliminação. Revista Panamericana de Salud Pública, 42, e42.

Silveira, M. G. B., Coelho, A. R., Rodrigues, S. M., Soares, M. M., & Camillo, G. N. (2014). Portador de lepra: impacto psicológico del diagnóstico. Psicologia & Sociedade, 26(2), 517-527.

Souza, A. O., & Martins, M. D. G. T. (2018). Aspectos afetivos e comportamentais do portador de hanseníase frente ao estigma e preconceito. Revista de Iniciação Científica da Universidade Vale do Rio Verde, 8(1).

Souza, E. A. D., Ferreira, A. F., Pinto, M. S. A. P., Heukelbach, J., Oliveira, H. X., Barbosa, J. C., & Ramos Jr, A. N. (2019). Desempenho da vigilância de contatos de casos de hanseníase: uma análise espaço-temporal no Estado da Bahia, Região Nordeste do Brasil. Cadernos de Saúde Pública, 35, e00209518.

Tavares, A. P. N., Marques, R. D. C., & Lana, F. C. F. (2015). Ocupação do espaço e sua relação com a progressão da hanseníase no Nordeste de Minas Gerais-século XIX. Saúde e Sociedade, 24, 691-702.

Vieira, M. C. A., Nery, J. S., Paixão, E. S., Freitas de Andrade, K. V., Oliveira Penna, G., & Teixeira, M. G. (2018). Leprosy in childrenunder 15 yearsof age in Brazil: a systematic review oftheliterature. plosneglected tropical diseases, 12(10), e0006788.

World Health Organization. (2016). Estratégia Global para Hanseníase 2016–2020. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde [Internet].

Xavier, C., & Guimarães, C. (2004). Uma semiótica da integralidade: o signo da integralidade e o papel da comunicação. Cuidado: as fronteiras da integralidade. São Paulo: Hucitec, 133-155.

Downloads

Publicado

15/07/2020

Como Citar

ALBANO, M. L.; SOUSA, A. A. S. de; ROSCOCHE, K. G. C.; OLIVEIRA FILHO, P. R. V. de; FELÍCIO, J. F. Barreiras à integralidade do cuidado à pessoa com hanseníase: percepção de Enfermeiros. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 8, p. e531985864, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i8.5864. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/5864. Acesso em: 3 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde