Um estudo das percepções de professores de uma escola pública da região central do Rio Grande do Sul sobre interdisciplinaridade
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i8.5872Palavras-chave:
Interdisciplinaridade; Percepções docentes; Escola pública; Ensino.Resumo
Este estudo teve por objetivo investigar as percepções e significados atribuídos por professores de uma escola pública da região central do estado do Rio Grande do Sul (RS) a respeito da temática interdisciplinaridade e as repercussões em sua prática docente. Os dados foram coletados a partir de questionário aberto, analisado qualitativamente, por meio da técnica da Análise de Conteúdo proposta por Bardin. Da análise das respostas dos docentes ao questionário emergiram duas grandes categorias temáticas: Caracterização da Interdisciplinaridade e Práticas Interdisciplinares. Concluiu-se que os professores concebem a interdisciplinaridade como (i) integração de disciplinas e conteúdos, (ii) metodologia de ensino e de aprendizagem e, (iii) integração de áreas a partir de temas. Em relação às práticas interdisciplinares, os professores reconhecem a importância do trabalho em colaborativo, do diálogo entre professores e o domínio do conteúdo de sua disciplina para desenvolver ações interdisciplinares. Em contrapartida, apontam a falta de tempo para o planejamento e sobrecarga de trabalho como principais fatores que dificultam a inserção de práticas interdisciplinares no seu contexto escolar.
Referências
André, M. E. D. (2005). A Etnografia da Prática Escolar. São Paulo, Ed. Papirus.
Avila, L. A. B., et al. (2017). A Interdisciplinaridade na Escola: Dificuldades e Desafios no Ensino de Ciências e Matemática. Revista Signos, 38(1), 9-23.
Bardin, L. (2011). Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70.
Brasil. (1998) Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais. Ministério da Educação, Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Brasília, DF. Recuperado de: http://portal.mec.gov.br/par/195-secretarias-112877938/seb-educacao-basica-2007048997/12657-parametros-curriculares-nacionais-5o-a-8o-series
Brasil. (2002) Ministério da Educação. Parâmetros curriculares nacionais: terceiro e quarto ciclos: apresentação dos temas transversais (2002). Brasília, DF. Recuperado de: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/ttransversais.pdf.
Brasil (2010). Resolução CNE/CEB Nº 4, de 13 de julho de 2010. Define as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica. Brasília, DF. Recuperado de: http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/rceb004_10.pdf
Brasil. (2013) Ministério da Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica. Brasília, DF. Recuperado de: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=15548-d-c-n-educacao-basica-nova-pdf&Itemid=30192
Brasil. (2016) Ministério da Educação. Base nacional comum curricular. Proposta preliminar segunda versão. Brasília, DF. Recuperado de: http://portal.mec.gov.br/docman/maio-2016-pdf/40791-bncc-proposta-preliminar-segunda-versao-pdf/file
Brasil. (2018) Ministério da Educação. Base nacional comum curricular: educação é a base. Brasília: MEC. Recuperado de: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase.
Brauner, E. (2018). Relações entre a matemática e a física numa perspectiva interdisciplinar: um estudo exploratório com viés na aprendizagem significativa. 118 p. (Dissertação de Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências: Química da Vida e Saúde, Universidade Federal de Santa Maria.
Cury, H. N. (1999). Concepções e crenças dos professores de matemática: pesquisas realizadas e significado dos termos utilizados. Bolema-Boletim de Educação Matemática, 12(13), 29-43.
Fazenda, I. C. A. (2011). Desafios e perspectivas do trabalho interdisciplinar no Ensino Fundamental: contribuições das pesquisas sobre interdisciplinaridade no Brasil: o reconhecimento de um percurso. Interdisciplinaridade. Revista do Grupo de Estudos e Pesquisa em Interdisciplinaridade. (1), 10-23.
Ferreira, A. B. H. (1999). Novo Aurélio Século XXI: O dicionário da língua portuguesa. 3ª ed., Rio de Janeiro: Nova Fronteira.
Gallon, M., Rocha Filho, J. B., Machado, J. A. (2017) Desafios à realização da interdisciplinaridade no ambiente escolar: perspectivas docentes e da coordenação pedagógica. Revista Thema, 14(4), 159-173.
Gil, A. C. (2008). Como elaborar projetos de pesquisa. 6 ed. São Paulo: Atlas S/A.
Japiassu, H. (1976). Interdisciplinaridade e patologia do saber. Rio de Janeiro: Imago.
Libâneo, J. C. (2004). Organização e Gestão da Escola: Teoria e Prática. 5. ed. Goiânia, Alternativa.
Minayo, M. C. S. (2010). O desafio do conhecimento: Pesquisa Qualitativa em Saúde. São Paulo: Hucitec-Abrasco.
Plano Político Pedagógico (2014). E.E.E.B. Augusto Ruscki. Santa Maria, RS.
Pombo, O. (1993). Interdisciplinaridade: conceito, problemas e perspectivas. In: A interdisciplinaridade: reflexão e experiência. Lisboa. Recuperado de: http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/opombo/mathesis/inter disciplinaridade.pdf.
Pombo, O. (2004). Interdisciplinaridade: Ambições e Limites. Lisboa.
Pombo, O. (2008). Epistemologia da Interdisciplinaridade. Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Revista Ideação. Foz do Iguaçu, PR, 10 (1), 90-40.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.