Egressos de Enfermagem desempregados: escolha do curso e percepção sobre o ensino
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i8.5886Palavras-chave:
Enfermagem; Desemprego; Programas de graduação em enfermagem; Melhoria de qualidade.Resumo
Objetivo: Verificar os motivos para escolha pela formação em Enfermagem e a opinião de enfermeiros sobre a qualidade do ensino oferecido aos mesmos, enquanto na situação de desemprego como enfermeiro. Métodos: Trata-se de uma pesquisa qualitativa, descritiva, transversal, realizada com quatorze enfermeiras. A coleta de dados se deu por meio de entrevista, com questionário semiestruturado confeccionado pelos pesquisadores. Análise de dados com Análise de Conteúdo. Resultados: As entrevistadas se declararam branca ou parda, maioria católica, solteira, sem filhos, com idade entre 23 e 34 anos, formadas há menos de dois anos. A escolha da Enfermagem como profissão foi justificada por relatos sobre ter feito cursos de ensino médio na área, querer ajudar as pessoas e ter proximidade com o paciente. A maioria dos participantes avaliou negativamente a sua formação, relatando falhas em aspectos da coordenação e do ensino, privação de campo de estágio e sentimento de falta de preparo profissional. Conclusão: A percepção sobre graduação em Enfermagem por parte dos egressos revelou pontos importantes a serem melhorados, onde duras críticas foram observadas, compreendendo falhas em aspectos da coordenação e do ensino, privação de campo de estágio e sentimento de falta de preparo profissional.
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