Estágio curricular supervisionado em Psicologia Clínica à luz das DCNs
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i8.5900Palavras-chave:
Educação superior; Estágio clínico; Psicologia; Educação; Estudantes.Resumo
Este artigo tem como objetivo realizar discussão sobre o processo de implementação do estágio curricular supervisionado em Psicologia clínica, desde o período da regulamentação da profissão, até a formalização das Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de graduação em Psicologia, baseando-se na literatura científica. O estímulo para confecção deste estudo parte-se do reconhecimento da relevância do aperfeiçoamento de estudantes estagiários para a formação profissional do psicólogo brasileiro. Utilizou-se como metodologia uma revisão integrativa da literatura, realizada a partir da busca por publicações científicas indexadas nas bases de dados: SciELO, PePSIC e ERIC. Os seguintes descritores foram utilizados: psicologia clínica, educação, estágio clínico, estudante e universidades. Ao final das buscas, foram selecionados 25 estudos que abrangeram a realidade brasileira, entre os anos de 1989 a 2020, que atenderam aos critérios de elegibilidade para compor o artigo. Busca-se compreender, ao longo do artigo, as necessidades, os métodos de ensino e de aprendizagem durante o estágio supervisionado, que devem estar alinhados a teoria aprendida no decorrer do curso com as ações práticas do fazer do Psicólogo, de modo que possibilite um raciocínio clínico e uma postura ética. Conclui-se que o estudo propõe ainda que é fundamental que as instituições de ensino superior avaliem e renovem a Clínica-escola, de modo que os estudantes sejam capacitados e comprometidos em oferecer suporte à sociedade, visto que estas instituições são incumbidas em proporcionar a formação de Psicólogos de elevada qualificação e, nessa concepção, deve-se formar cidadãos aptos de atuar diante das demandas típicas do século XXI.
Referências
ABEPSI. Associação Brasileira de Ensino de Psicologia. (2020). Linha do tempo da Psicologia. Acesso em 20 de abril de 2020, em: http://www.abepsi.org.br/formacao/linha-do-tempo-da-psicologia/
Barletta, J. B., & Fonseca, A. L. B. (2012). A importância da supervisão de estágio clínico para o desenvolvimento de competências em terapia cognitivo-comportamental. Psicol. Teor. Prat., 14(3), 153–167.
Bernardes, J. S. (2003). O debate atual sobre a formação em psicologia no Brasil análise de documentos de domínio público. Estud. Pesqui. Psicol., 3(2), 1–6.
Brasil. (2001). Ministério da Educação. CNE Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Superior. Parecer CNE/CES no 1.314/2001, aprovado em 7 de novembro de 2001. Institui Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Psicologia. Diário Oficial da União, Poder Executivo, Brasília, 7 de novembro de 2011. Acesso em 22 de março de 2020, em: http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/CES1314.pdf
Brasil. (2004a). Ministério da Educação. CNE Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Superior. Parecer CNE/CES n° 62/2004, aprovado em 19 de fevereiro de 2004. Institui Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Psicologia. Diário Oficial da União, Poder Executivo, Brasília, 12 de abril de 2014. Acesso em 22 de março de 2020, em: http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/ces062.pdf
Brasil. (2004b). Ministério da Educação. CNE Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Superior. Resolução CNE/CES No 8, de 7 de maio de 2004. Institui Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Psicologia. Diário Oficial da União, Poder Executivo, Brasília, 18 de maio de 2014. Seção 1, p. 16. Acesso em 24 de março de 2020, em: http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/rces08_04.pdf
Brasil. (2019). Ministério da Educação. CNE Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Superior. Parecer CNE/CES no 1071/2019, aguardando homoglação em 4 de dezembro de 2019. Revisão das Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) dos Cursos de Graduação em Psicologia e o estabelecimento de normas para o Projeto Pedagógico Complementar (PPC) para a Formação de Professores de Psicologia. MEC - Ministério da Educação, Brasília. Acesso em 28 de março de 2020, em: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=139201-pces1071-19&category_slug=dezembro-2019-pdf&Itemid=30192
Brasil. (2020). Ministério da Educação. Cadastro Nacional de Cursos e Instituições de Educação Superior Cadastro e-MEC. Acesso em 30 de março de 2020, em: http://emec.mec.gov.br/
Brasileiro, T. S. A., & Souza, M. P. R. (2010). Psicologia, diretrizes curriculares e processos educativos na Amazônia: um estudo da formação de psicólogos. Psicologia Escolar e Educacional, 14(1), 105–120.
Campezatto, P. V. M., & Nunes, M. L. T. (2007). Caracterização da clientela das clínicas-escola de cursos de psicologia da região metropolitana de Porto Alegre. Psicologia: Reflexao e Critica, 20(3), 376–388.
Centofanti, R. (1982). Radecki e a Psicologia no Brasil. Psicologia: Ciência e Profissão, 3(1), 2–50.
CFP. (2020). Conselho Federal de Psicologia. A psicologia em números. Acesso em 15 de abril de 2020, em: http://www2.cfp.org.br/infografico/quantos-somos/
Figueiredo, A. C. M. R., Fernandes, S. M. G. C., Martins, C. C. E., & Ramalho, V. L. M. (2007). Supervisão: estilos, satisfação e sintomas depressivos em estagiários de psicologia. Psico-USF, 12(2), 239–248.
Gauy, F. V., Fernandes, L. F. B., Silvares, E. F. M., Marinho-Casanova, M. L., & Löhr, S. S. (2015). Perfil dos Supervisores de Psicologia em Serviços-Escola Brasileiros. Psicologia: Ciência e Profissão, 35(2), 543–556.
Guzzo, R. S. L. (2015). Psicologia Crítica: Um movimento de ruptura dentro da Psicologia. Estudos de Psicologia (Campinas) 32(3), 1.
Jacó-Vilela, A. M., Cerezzo, A. C., & Rodrigues, H. B. C. (2012). Clio-psyché hoje: fazeres e dizeres psi na história do Brasil. 1ª. Ed. Rio de Janeiro: Centro Edelstein.
Lisboa, F. S., & Barbosa, A. J. G. (2009). Formação em Psicologia no Brasil: um perfil dos cursos de graduação. Psicologia: Ciência e Profissão, 29(4), 718–737.
Mendes, K. D. S., Silveira, R. C. C. P., & Galvão, C. M. (2008). Revisão integrativa: método de pesquisa para a incorporação de evidências na saúde e na enfermagem. Texto & Contexto - Enfermagem, 17(4), 758–764.
Moher, D., Liberati, A., Tetzlaff, J., Altman, D. G., Altman, D., Antes, G., et al. (2009). Preferred reporting items for systematic reviews and meta-analyses: The PRISMA statement. PLoS Medicine 6(7), 1–6.
Noronha, A. P. P. (2003). Docentes de psicologia: formação profissional. Estudos de Psicologia (Natal), 8(1), 169–173.
Oliveira-Monteiro, N. R., & Nunes, M. L. T. (2008). Supervisor de psicologia clínica: um professor idealizado? Psico-USF, 13(2), 287–296.
Ortolan, M. L. M., Sei, M. B., & Victrio, K. C. (2018). Serviço-escola de psicologia e potencialidades dos projetos de extensão: construção de políticas públicas em saúde mental. Revista Brasileira de Tecnologias Sociais, 5(1), 85.
Peres, R. S., Santos, M. A. , & Coelho, H. M. B. (2003). Atendimento psicológico a estudantes universitários: considerações acerca de uma experiência em clínica-escola. Estudos de Psicologia (Campinas), 20(3), 47–57.
Santeiro, T. V., Rocha, G. M. A., & Araújo, D. S. A. (2013). Implantação de um serviço-escola de psicologia no centro-oeste brasileiro: usuários e atendimentos. Perspectivas Em Psicologia, 17(2), 65–82.
Silva Neto, W. M. F., Oliveira, W. A., & Guzzo, R. S. L. (2017). Discutindo a formação em Psicologia: a atividade de supervisão e suas diversidades. Psicologia Escolar e Educacional, 21(3), 573–582.
Silvares, E. F. M., & Pereira, R. F. (2005). O papel do supervisor de pesquisas com psicoterapia em clínica-escola. Rev. Bras.Ter. Cogn., 1(2), 67–73.
Tavora, M. T. (2002). Um modelo de supervisão clínica na formação do estudante de psicologia: a experiência da UFC. Psicologia Em Estudo, 7(1), 121–130.
Yamamoto, O. H. (2006). Graduação e Pós-Graduação em Psicologia: relações possíveis. Revista Brasileira de Pós-Graduação, 3(6), 270–281.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.