Produtividade de forragem e morfogênese de cultivares de Megathyrsus maximus nos cerrados de Roraima
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i8.6054Palavras-chave:
Folhas; Matéria seca verde; Perfilhamento; Senescência; Produtividade.Resumo
Com o objetivo de avaliar a produtividade de forragem e as características morfogênicas e estruturais de cultivares de Megathyrsus maximus (Massai, Mombasa, Kenya, Tamani, Tanzânia and Zuri) conduziu-se um experimento sob condições ambientais naturais nos cerrados de Roraima. Os maiores rendimentos de matéria seca verde (MSV) foram constatados com as cultivares Zuri (4.317 kg ha-1) e Mombasa (4.115 kg ha-1), seguindo-se a Kenya (3.868 kg ha-1) e Tamani (3.755 kg ha-1), enquanto que a Massai (3.341 kg ha-1) e a Tanzânia (3.225 kg ha-1) foram as menos produtivas. O rendimento de MSV foi diretamente correlacionado com o índice de área foliar e inversamente proporcional a densidade populacional de perfilhos (DPP). As cultivares Tanzânia e Kenya apresentaram maior número de folhas perfilho e taxas de aparecimento de folhas, enquanto que as maiores taxas de expansão de folhas foram estimadas nas cultivares Zuri e Kenya. O maior comprimento médio de folhas perfilho-1 foi registrado nas cultivares Zuri e Mombasa. As taxas de senescência foliar foram inversamente proporcionais a DPP e as maiores foram registradas com as cultivares Mombasa e Tamani. As seis cultivares de M. maximus apresentaram satisfatórios rendimentos de forragem e podem ser recomendadas para cultivo nas condições edafoclimáticas dos cerrados de Roraima. A determinação das características morfogênicas e estruturais pode contribuir para o estabelecimento de práticas de manejo adequadas e específicas para cada cultivar, visando otimizar sua produtividade e reduzir as perdas por senescência foliar.
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