Balanço hídrico e erosivibilidade nas microrregiões do Estado da Paraíba, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i10.6121Palavras-chave:
Impactos climáticos; Déficit hídrico; Excesso hídrico; Disponibilidade hídrica.Resumo
Objetiva-se aferir as classes hídricas pelo círculo do cenário climático futuro pluvial e térmico do ar, levando-se em conta os cenários médios mensais com redução pluvial de 10% e acréscimo térmico de 1 ºC (cenário otimista = B2) e 20% e 4 ºC (cenário pessimista = A2) e o seu impacto erosivo no solo, visando mostrar os efeitos do aquecimento global através do computo do balanço hídrico e alertar à população sobre a degradação do solo nas área em estudos. As precipitações mensais e anuais foram adquiridas da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste compreendido entre 1912 a 2018, os dados térmicos foram gerados pelo Software Estima-T, para o mesmo período em estudo. Para determinação do fator erosividade aplicou-se a equação proposta por Wischmeier e Smith. Os índices evapotranspirativos registraram acréscimo nas regiões e nos cenários estudados; o poder evaporativo mantiveram em reduções nos cenários B2 e A2, as deficiências e os excedentes hídricos registaram variações de altos e baixos para os cenários. Nos cenários B2 e A2 registraram-se reduções erosivas nas regiões estudadas, significando que a camada superficial do solo praticamente foi carreada tornando-se mais compactos. Os resultados demonstram que nos cenários B2 e A2, advertem situações críticas de condições do solo os quais ocasionarão impactos nos recursos hídricos e nas culturas de cerqueiro.
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