Atividade antimicrobiana e toxicidade dos méis das abelhas sem ferrão Melipona rufiventris e Melipona fasciculata: uma revisão
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i8.6325Palavras-chave:
Agentes Antimicrobianos; Abelhas; Mel; Toxicidade.Resumo
Objetivo: Caracterizar a importância das abelhas sem ferrão e os estudos de atividade antimicrobiana e toxicidade de méis de Melipona rufiventris e Melipona fasciculata. Metodologia: Foi realizado revisão bibliográfica nas bases de dados: Scientific Electronic Library Online (SciElo), Google Acadêmico e PubMed. Sendo selecionados artigos, monografias, dissertações e teses, datados entre 2005 a 2020, nos idiomas inglês, português e espanhol. A busca foi realizada por meio dos descritores: mel, toxicidade, agentes antimicrobianos, Melipona rufiventris e Melipona fasciculata. E os artigos duplicados, incompletos foram excluídos da pesquisa. Resultados: Alguns estudos especificam a atividade antimicrobiana dos méis a determinadas substâncias, citando o peróxido de hidrogênio, metil-glioxal, hidroximetilfurfural, ácidos fenólicos, flavonóides e defensinas, como principais agentes antibacteriano e antifúngico. Em relação ao potencial tóxico, faz alusão de que os equipamentos utilizados para a coleta e o manejo do mel são considerados as principais fontes de contaminação por microrganismos patogênicos, aumentando consideravelmente o perfil microbiológico. Conclusão: Para as atividades antimicrobianas e antifúngicas, deve-se, que são geralmente associadas a substâncias como o peróxido de hidrogênio, metil-glioxal, hidroximetilfurfural, ácidos fenólicos, flavonóides e defensinas. Além disso, as evidências acerca do potencial tóxico desse produto estão relacionadas às fontes de contaminação por microrganismos patogênicos.
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