Centro de força corporal e voz de cantores populares: ensaio clínico randomizado

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i8.6561

Palavras-chave:

Acústica; Canto; Disfonia; Exercícios Respiratórios; Treinamento da voz.

Resumo

Objetivo: investigar o efeito do treinamento fisioterapêutico intensivo do centro de força corporal sobre medidas vocais acústicas de cantores populares. Métodos: Quinze cantores populares profissionais adultos, divididos em grupo de estudo e grupo de controle, realizaram avaliação vocal acústica antes e após o treinamento fisioterapêutico intensivo do centro de força corporal. Os resultados foram comparados estatisticamente. Resultados: O grupo de estudo apresentou aumento significativo do quociente de perturbação da amplitude suavizado e do coeficiente de variação da amplitude após o treinamento. Conclusão: No grupo de cantores populares profissionais adultos que recebeu treinamento fisioterapêutico intensivo do centro de força corporal, houve aumento de duas medidas de perturbação de amplitude ou shimmer que indicam instabilidade da pressão sonora e irregularidade da amplitude vocal ciclo-a-ciclo, evidenciando que o treinamento proposto não apresentou efeitos positivos sobre as medidas de fonte glótica dos cantores analisados.

Biografia do Autor

Letícia Fernandez Frigo, Universidade Franciscana de Santa Maria

Fisioterapia

Daniela da Silva Gonçalves, Universidade Federal de Santa Maria

Fonoaudiologia

Maria Elaine Trevisan, Universidade Federal de Santa Maria

Fisioterapia

Clândio Timm Marques, Universidade Franciscana de Santa Maria

Matemática

Carla Aparecida Cielo, Universidade Federal de Santa Maria

Fonoaudiologia

Referências

Andrade, S. R., Cielo, C. A., Schwarz, K., & Ribeiro, V. V. (2016).Therapy vocal and nasal sounds: effects on hyperfunctional dysphonia. Speech, Language, Hearing Sciences and Education Journal, 18(1), 263-272.

Andrade, S. R., Fontoura, D. R., & Cielo, C. A. (2007). Interrelations of speech-language therapy and singing voice. Revista Música Hodie, 7(1), 83-98.

Beber, B. C., & Cielo, C. A. (2011). Vocal acoustic characteristics in men with normal voice and laryngeal. Speech, Language, Hearing Sciences and Education Journal, 13(2), 340-351.

Behlau, M., Madazio, G., Feijó, D., & Pontes, P.A. (2013). Avaliação da voz. In: Behlau M. Voz - O livro do especialista. Rio de Janeiro: Revinter, 85-245.

Bigaton, D. R., Silvério, K. C. A., Berni, K. C. S., Distefano, G., Forti F., & Guirro, R. R. J. (2010). Craniocervical posture in dysphonic women. Revista da Sociedade Brasileira Fonoaudiologia, 15(3), 329-34.

Brasil, Ministério da Saúde. (2007). I Levantamento Nacional sobre os padrões de consumo de álcool na população brasileira. Brasília: Secretaria Nacional Antidrogas, 2007.

Brockmann-Bauser, M., & Drinnan, M. J. (2011). Routine acoustic voice analysis: time to thinkagain?. Current Opinion in Otolaryngology & Head and Neck Surgery, 19(3), 165-170.

Carneiro, P. R., & Teles, L. C. S. (2012). Influence of postural alterations, followed by computadorized photogrammetry, in the voice production. Revista Fisioterapia em Movimento, 25(1), 13-20.

Carvalho, A. P. V., Silva, V., & Grande, A. J. (2013). Avaliação do risco de viés de ensaios clínicos randomizados pela ferramenta de colaboração Cochrane. Revista Diagnóstico e Tratamento, 18(1), 38-44.

Christmann, M. K., Cielo, C. A., Scapini, F., Lima, J. P. M., Gonçalves, B. F. T., & Bastilha, G. R. (2017). Ensaio clínico controlado e randomizado de terapia breve e intensiva com finger kazoo em professoras: estudo preliminar. Audiology Communication Research, 22, e1791.

Christmann, M. K. & Cielo, C. A. (2017). Acoustic and auditory perception effects of the voice therapy technique finger kazoo in adult women. Journal of Voice, 31, 390.e9-390.e15.

Costa, P. J. B. M., Ferreira, K. L., Camargo, Z. A., & Pinho, S. N. R. (2006). Vocal range in amateur gospel choir singers. Speech, Language, Hearing Sciences and Education Journal, 8(1), 96-106.

Deliyski, D. (1993). Acoustic model and evaluation of pathological voice production. KayElemetrics. Conference: Third European Conference on Speech Communication and Technology, EUROSPEECH 1993. Berlin, Germany, September 22-25.

Dutton M. (2006). Fisioterapia ortopédica. Porto Alegre: Artmed.

Fitz, F. F., Costa, T. F., Yamamoto, D. M., Resende, A. P. M., Stupp, L., Sartori, M. G. F., ... & Castro, R. A. (2012). Impact of pelvic floor muscle training on the quality of life in women with urinary incontinence. Revista Associação Médica Brasileira, 2(58), 155-159.

Frigo, L. F., Braz, M. M., Marques, C. T., Andriollo, D. B., Finger, L. S., & Cielo, C. A. (2020). Core strength and spectrographic vocal characteristics in women. Research, Society and Development, 9(7), 1-18. e172974050.

Fu, S., Theodoros, D. G., & Ward, E. C. (2015). Intensive versus traditional voice therapy for vocal nodules: perceptual, physiological, acoustic and aerodynamic changes. Journal of Voice, 29(2), 260.e31-44.

Gava Júnior, W., Ferreira, L. P. A., & Silva, M. A. (2010). Support and singing voice: perspective of singing teachers and speech language pathologists. Speech, Language, Hearing Sciences and Education Journal, 12(4), 551-562.

Griffin, B., Woo, P., Colton, R.H., Casper, J.K., &Brewer, D. (1995). Physiological characteristics of the supported singing voice. A preliminary study. Journal of Voice, 9(1), 45-56.

Hernandez, A. J., & Nahas, R. M. (2009). Diretriz da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte. Modificações dietéticas, reposição hídrica, suplementos alimentares e drogas: comprovação de ação ergogênicos e potenciais riscos para a saúde. Revista Brasileira Medicina do Esporte, 15(2), 03-12.

Ide, B. N., Muramatsu, L. V., Ramari, C., Macedo, D. V., & Palomari, E. T. (2014). Adaptações neurais ao treinamento de força. Revista Acta Brasileira do Movimento Humano, 4(5), 1-16.

Kisner, C., & Colby, L. A. (2005). Exercícios terapêuticos: fundamentos e técnicas. São Paulo: Manole.

Knorst, M., Cavazzoto, K., Henrique, M., & Resende, T.L. (2012). Physical therapy intervention in women with urinary in continence associated with pélvic organ prolapse. Revista Brasileira de Fisioterapia, 16(2), 102-107.

Koojiman, P. G. C., Jong, F. I., Oudes, M. J., Huinch, W., Van-Acht, H., & Graamans, K. (2005). Muscular tension and body posture in relation to voice handicap and voice quality in teachers with persistent voice complaints. Folia Phoniatrica et Logopaedica, 57(3),134-47.

Korelo, R. I. G., Kosiba, L. G., Grecco, L., & Matos R. A. (2011). The abdominal strengthen influence in perineal function when associated, or not, to the orientation of the pelvic floor contraction, in nulliparous. Revista Fisioterapia e Movimento, 24(1), 75-85.

Lin, F., Chen, S.H., Chen, S., Wang, C., & Kuo, Y. (2016). Correlation between acoustic measurements and self-reported voice disorders among female teachers. Journal of Voice, 30(4), 460-465.

Lopes, L. W., Cavalcante, D. P, & Costa, P. O. (2008). Severity of voice disorders: integration of perceptual and acoustic data in dysphonic patients. Communication Disorders, Audiology and Swallowing, 26(5), 382-388.

Metring, N. L., Cruz, F. C. A., Takaki, M. R., & Carbone, E. S. M. (2014).Pelvic floor effects of physical therapy techniques using respiratory mechanisms: a systematic review. Revista Fisioterapia Saúde funcional, 3(1), 23-32.

Nacci, A., Fattori, B., Mancini, V., Panicucci, E., Matteucci, J., Ursino, F., & Berrettini, S. (2012). Posturographic analysis in patients with dysfunctional dysphonia before and after speech therapy/rehabilitation treatment. Acta Otorhinolaryngologica Italica, 32(2), 115-121.

Patel, R. R., Bless, D. M., & Thibeaut, S. L. (2011). Boot Camp: A novel intensive approach to voice therapy. Journal of Voice, 25(5), 562-569.

Pereira, L. P., Masson, M. L. V., & Carvalho, F. M. (2015). Vocal warm-up and breathing training for teachers: randomized clinical trial. Revista de Saúde Pública, 49(67), 1-8.

Pinho, S.M.R. (2003). Fundamentos em fonoaudiologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.

Quirino, C.P., Teixeira, G.G., Leopoldino, A. A.O., Braz, N. F. T., & Vitorino, D. F. M. (2012). Effects of a protocol of exercises based on the Pilates method about respiratory variables in a sedentary Young population. Fisioterapia Brasil, 13(2), 124-132.

Roman-Niehues, G., & Cielo, C. A. (2010). Acoustic vocal modifications produced by high-pitched sound. Speech, Language, Hearing Sciences and Education Journal, 12(3), 462-70.

Schutte, H. K., Stark, J. A., & Miller, D. G. (2003). Change in singing voice production, objectively measured. Journal of Voice, 17(4), 495-501.

Silva, M. G. F, Fernandes, C. P., Santos, T. C. S., & Silva, T. L. P. (2012) Oral supplementation of L-carnitine combined with exercise and respiratory training in patients with chronic obstructive pulmonary disease: preliminary study. Revista Fisioterapia e Pesquisa, 19(4), 320-325.

Siqueira, G. R., Alencar, G. G., Oliveira, N. K., & Leite, F. N. T. S. (2014). Efficacy of vertebral segmental stabilization in thein crease of thophism of the multifidus and improvement of pain in individuals with lumbar disc herniation. Revista Brasileira de Ciência e Movimento, 22(1), 81-91.

Van Houte, E., Van Lierde, K., & Claeys, S. (2011). Pathophysiology and treatment of muscle tension dysphonia: a review of the current knowledge. Journal of Voice, 25(2), 202-207.

Downloads

Publicado

02/08/2020

Como Citar

FRIGO, L. F.; GONÇALVES, D. da S.; TREVISAN, M. E.; MARQUES, C. T.; CIELO, C. A. Centro de força corporal e voz de cantores populares: ensaio clínico randomizado. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 8, p. e934986561, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i8.6561. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/6561. Acesso em: 30 jun. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde