A construção da demanda e a interação de profissionais em ações educativas do Programa Saúde na Escola
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i8.6680Palavras-chave:
Prevenção; HIV/AIDS; EscolaResumo
Se faz necessário a atuação do Estado por meio de políticas públicas de saúde para integrar Saúde e Educação. Objetivou-se identificar quais aspectos são levados em conta para a construção da demanda das práticas educativas para a prevenção do Vírus da Imunodeficiência Humana/Síndrome da Imunodeficiência Adquirida HIV/AIDS realizadas, através do Programa Saúde na Escola (PSE), com estudantes de uma escola pública, e como se dá o envolvimento dos profissionais da saúde e da educação nesse processo. Trata-se de um estudo descritivo-exploratório de natureza qualitativa onde foram realizadas entrevistas semiestruturadas com seis profissionais de uma equipe de Estratégia de Saúde da Família e observação das práticas educativas com os estudantes. Para o planejamento das práticas e ações educativas a vivência do agente comunitário de saúde na comunidade serve como subsídio, assim como, o conhecimento sobre o cenário epidemiológico do HIV/AIDS no município e o contexto dos estudantes. Evidenciou-se que o enfermeiro apresenta um papel de coadjuvante nas ações e que a equipe que atua no PSE percebe a importante da participação dos professores, porém, os mesmos apontam a insegurança nos professores para abordar o tema HIV/AIDS. O conhecimento das questões apresentadas torna possível problematizá-las e pensar alternativas para a superação de evidências como as que emergiram nessa investigação, uma vez que podem ser produtoras de vulnerabilidade no contexto das práticas educativas.
Referências
Ayres, J. R., Paiva, V., & Buchalla, C. M. (2012). Direitos Humanos e vulnerabilidade na prevenção e promoção da saúde: uma introdução. In: Paiva, V (organizador). Vulnerabilidade e Direitos Humanos - Prevenção e promoção da Saúde: da doença à cidadania. 1a ed. Curitiba: Juruá.
Ayres, J. R., et al. (2006). Risco, vulnerabilidade e práticas de prevenção e promoção da saúde. in: Campos, G.W.S. et al (org.). Tratado de saúde coletiva. SP: Hucitec; RJ: Ed Fiocruz.
Bardin L. (2004). Análise de Conteúdo. Lisboa: Edições 70.
Batistini, R. A., & Figueiredo, T. A. M. (2014). Agente Comunitário de Saúde: Desafios do trabalho na zona rural. Ambiente & Sociedade, São Paulo, 22 (2), 53-70.
Bertolozi, M. R., et al. (2009). Os conceitos de vulnerabilidade e adesão na Saúde Coletiva. Rev. Esc. Enfermagem, 43, 1326-1330, 5p.
Brasil. M. S., (2009). Departamento de Atenção Básica. Caderno de Atenção Básica/ Saúde na Escola, v. 24. Brasília, DF.
Brasil. M. S., (2018). Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV/AIDS e das Hepatites Virais. Secretaria de Vigilância em Saúde. Boletim Epidemiológico HIV/AIDS. Brasília, DF.
Carneiro, A. J. S., & Coelho, E. A. C., (2013). Integralidade do cuidado na testagem anti-HIV: o olhar das mulheres. Rev. bras. Enferm., 66 (6), Brasília, nov. dez., 2013.
Caruzi, M., et al. (2014). Acolhimento na Estratégia Saúde da Família: revisão integrativa. Rev Panam Salud Publica, 35 (2), 144-149, 6p.
Carvalho, S. M., & Paes, G. O. (2011). A influência da estigmatização social em pessoas vivendo com HIV/AIDS. Cad. Saúde Colet., Rio de Janeiro, 19 (2), 157-163.
Edmundo, K., et al. (2007). Vulnerabilidade ao HIV em favela do Rio de Janeiro: impacto de uma intervenção territorial. Rev. Saúde Pública, São Paulo, 41 (2), 8p.
Ferreira, I. R. C., Moysés, S. J., França, B. H. S., Carvalho, M. L., & Moysés, S. T. (2014). Percepções de gestores locais sobre a intersetorialidade no Programa Saúde na Escola. Rev. Bras. Educ., 19 (56), Rio de Janeiro, jan./mar.
Freire, P. (1980). Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro. Paz e Terra. 218p.
Gruskin, S., & Tarantola, D. (2012). Um panorama sobre Saúde e Direitos Humanos. In: Paiva, V (organizador). Vulnerabilidade e Direitos Humanos - Prevenção e promoção da Saúde: da doença à cidadania. Curitiba: Juruá.
Man, J., Tarantola, M. D., & Daniel J. M. (1993). AIDS no Mundo. Rio de Janeiro: Relume Dumará/ABIA/IMS, UERJ.
Minayo, M. C. S. (2010). O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. São Paulo: Hucitec.
Moutinho, C. B., Almeida, E. R., Leite, M. T. S., & Vieira, M. A. (2014). Dificuldades, desafios e superações sobre educação em saúde na visão de enfermeiros de saúde da família. Trab. Educ. Saúde, Rio de Janeiro, 12 (2), 253-272.
Paiva, V. (2000). Fazendo Arte com a Caminha. São Paulo: Summus. 309p.
Penso, M. A. (2013). A relação entre saúde e escola: percepções dos profissionais que trabalham com adolescentes na atenção primária à saúde no Distrito Federal. Saúde Soc. São Paulo, 22 (2), 542-553.
Queiroz, D. M., Silva, M. R. F., & Oliveira, L. C. (2014). Educação Permanente com Agentes Comunitários de Saúde: potencialidades de uma formação norteada pelo referencial da Educação Popular e Saúde. Interface comunicação saúde e educação, 18 (2), 1199-1210, 12p.
Roecker, S., Budo, M. D., & Marcon, S. S. (2012). Trabalho educativo do enfermeiro na Estratégia Saúde da Família: dificuldades e perspectivas de mudanças. Rev. Esc. Enferm. USP, São Paulo, 46 (3). 9p.
Segurado, A. A. C. (2012). Prevenção Biomédica da Infecção por HIV/AIDS. In: Paiva, V (organizador). Vulnerabilidade e Direitos Humanos Prevenção e Promoção da Saúde: Entre indivíduos e comunidade. Curitiba: Juruá.
Silva, J. A. M., Peduzzi, M., & Orchard, V. M. L. (2015). Educação interprofissional e prática colaborativa na Atenção Primária à Saúde. Rev Esc Enferm USP, 49 (Esp2), 16-24.
Silva, M. G., Fernandes, J. D., Teixeira, G., & Silva, R. M. O. (2010). Processo de formação da (o) enfermeira (o) na contemporaneidade: Desafios e perpectivas. Texto Contexto Enferm, Florianópolis, Jan-Mar, 19 (1), 176-184.
Silveira, F. M., & Santos, I. (2005). Impactos de intervenções no uso do preservativo em portadores do HIV. Rev. Saúde Pública, São Paulo, 39 (2), 9p.
Soares, K. M. S. (2014). Educação para a prevenção: o discurso de professoras de Ciências do Ensino Fundamental II em tempos de HIV/AIDS [dissertação]. Paraíba: Programa de Pós-Graduação em Educação.
Souza, P. L., et al. (2012). Projetos PET-Saúde e Educando para a Saúde: construindo saberes e práticas. Rev. bras. educ. med, Rio de Janeiro, 36 (l), 6p.
Teixeira, M. G., & Silva, G. A. (2008). A representação do portador do vírus da imunodeficiência humana sobre o tratamento com os anti-retrovirais. Rev. esc. enferm. USP, 42 (4), São Paulo, dec.
Trivinõs, A. N. S. (1964). Introdução à Pesquisa em Ciências Sociais: A pesquisa qualitativa em educação. São Paulo: Atlas.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 tiago sousa paiva, Luiza Maria de Oliveira Braga Silveira, Marcia Rosa Da Costa, Andressa Marques Cornelli, Carolina Feijó Bitencourt Voigt
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.