A importância da identificação precoce do distúrbio do processamento auditivo central e suas interferências na aprendizagem
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i9.6690Palavras-chave:
Distúrbio de processamento auditivo central; Psicopedagogia; Ensino; Aprendizagem.Resumo
No Distúrbio de Processamento Auditivo Central (DPAC), também denominado como Disfunção Auditiva Central, ou Transtorno do Processamento Auditivo, a criança escuta, mas não compreende bem o que é falado, e esse desajuste é caracterizado pela dificuldade de decodificação dos sons (capacidade de entender o que ouviu); de codificação (capacidade de construir uma informação com base no que ouviu); de prosódia (capacidade de pronunciar corretamente as palavras); e de memória auditiva. No presente trabalho teórico, o objetivo é apontar a importância da identificação precoce do diagnóstico do DPAC e suas interferências na aprendizagem a partir da ótica da Psicopedagogia. Os resultados obtidos com essa pesquisa mostraram que o conhecimento do DPAC e o envolvimento da Psicopedagogia precisam ser mais bem difundidos nos meios escolar e familiar. É de suma relevância que a Psicopedagogia se aproprie de conhecimentos e intervenções sobre essa desordem, e promova intervenções terapêuticas específicas para trabalhar de forma lúdica as habilidades afetadas, mediando o sujeito em seu processo de aprendizagem. Por fim, percebeu-se que os estudos científicos sobre o DPAC, na área educacional, carecem de pesquisadores que tenham um aprofundamento dentro do contexto psicopedagógico, pois, na literatura, são poucos os achados para além da fonoaudiologia. Encontrando-se muitos embasamentos teóricos e práticos para apoio na área clínica, acredita-se que a Psicopedagogia, ao apropriar-se de conhecimentos sobre o DPAC, poderá definir estratégias que auxiliarão de formas satisfatória e eficiente as intervenções psicopedagógicas destinadas aos indivíduos com o DPAC.
Referências
Asha. (2005). Central Processing Disorders. American Speech and Hearing Association (Asha). Recuperado de http://www.asha.org/members/deskref-journals/deskref/default.
Bellis, T. J. (1997). Assessment and management of central auditory processing disorders in the educational setting. Califórnia: Thomson Delmar Learning. In: NUNES, C. L. Processamento auditivo – conhecer, avaliar e intervir. Lisboa, Portugal: Papa-Letras, 2015.
Boccato, V. R. C. (2006). Metodologia da pesquisa bibliográfica na área odontológica e o artigo científico como forma de comunicação. Rev. Odontol. Univ. Cidade São Paulo, São Paulo, 18(3), 265-274.
Bossa, N. A. (2000). A psicopedagogia no Brasil: Contribuições a partir da prática. Porto Alegre: Artmed.
Chamat, L. S. J. (2004). Técnicas de diagnóstico psicopedagógico: o diagnóstico clínico na abordagem interacionista. São Paulo: Vetor.
Fernandez, A. (1991). A inteligência aprisionada. Porto Alegre: Artmed.
Fernandez, A. (2001). Os idiomas do aprendente. Porto Alegre: Artmed.
Katz, J. (Ed.) (1999). Tratado de audiologia clínica. São Paulo: Manole, 1999.
Lagrotta, M. G. M., & César, C. P. H. A. R. (1997). A fonoaudiologia nas instituições. São Paulo: Lovise, 1997.
Libâneo, J. C. (2005). Organização e gestão da escola: teoria e prática. São Paulo: Alternativa.
Libâneo, J. C., Oliveira, J. F., & Toschi, M. S. (2009). Educação escolar: políticas, estrutura e organização. São Paulo: Cortez.
Lima, T. C. S., & Mioto, R. C. T. (2007). Procedimentos metodológicos na construção do conhecimento científico: a pesquisa bibliográfica. Rev. Katál., Florianópolis, 10, 37-45.
Nunes, C. L. (2015). Processamento auditivo – conhecer, avaliar e intervir. Lisboa, Portugal: Papa-Letras.
Paín, S. (1989). Diagnóstico e tratamento dos problemas de aprendizagem. Porto Alegre: Artes Médicas.
Pereira, H. K. (2018). Transtorno do processamento auditivo central: orientação a família e a escola. São José dos Campos/SC: FCEE.
Pereira, L. D., & Schochat, E. (1997). Processamento auditivo central: manual de avaliação. São Paulo, Lovise.
Piaget, J., & Inhelder, B. E. (1982). A sociologia da criança. São Paulo: Difel.
Santos, A. R. (2001). Metodologia científica: a construção do conhecimento. Rio de Janeiro: DP&A.
Visca, J. (1987). Clínica psicopedagógica: epistemologia convergente. Porto Alegre: Artes Médicas.
Volpato, E. S. N. (mar./abr. 2000). Pesquisa bibliográfica em ciências biomédicas. J. Pneumol., São Paulo, 26(2), 77-80.
Wallon, H. (1995). As origens do caráter da mente. São Paulo: Nova Alexandria.
Zalcman, T. E., & Schochat, E. A. (2007). Eficácia do treinamento auditivo formal em indivíduos com transtorno de processamento auditivo. Rev. Soc. Bras. Fonoaudiol., 12, 310-14.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Merysany Silva dos Santos, Sanymery Silva dos Santos, LIDIA ANDRADE LOURINHO
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.