Farelo de crambe na alimentação de frangos
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i8.6702Palavras-chave:
Alimento alternativo; Crambe abyssinica; Fatores antinutricionais; Fibra bruta; Proteína bruta.Resumo
Este estudo objetiva avaliar o desempenho de frangos de corte alimentados com dieta em que a proteína total foi substituída pela proteína do farelo de crambe. Foram utilizados 630 pintos machos (Cobb 500) de 8 a 42 dias de idade distribuídos no delineamento experimental inteiramente casualizado com cinco tratamentos, seis repetições de 21 aves por parcela. Os tratamentos foram: dieta controle (0%) e dietas contendo 3, 6, 9 e 12% de proteína do farelo de crambe em substituição da proteína total da ração. O desempenho foi avaliado na fase inicial (8 a 21 dias), crescimento (22 a 42 dias) e total (8 a 42 dias). A carcaça e cortes foram avaliados aos 43 dias de idade. Dietas contendo farelo de crambe promoveu baixo consumo de ração comparado com a dieta controle em todas as fases avaliadas. Para o ganho de peso observou-se pior resultado com aumento da inclusão da proteína do crambe, com decréscimo linear comparado aos que não receberam o crambe no período total de criação. Verificou-se que para o período total a melhor conversão alimentar foi obtida com 6% da inclusão da proteína do crambe em comparação à dieta isenta de crambe. Os pesos da carcaça, de peito e de coxa reduziram com a dieta contendo 12% da proteína do crambe. Os dados indicam que é possível a substituição parcial da proteína bruta da ração até 6% pela proteína do farelo de crambe.
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