Análise epidemiológica dos casos de intoxicações exógenas por produtos veterinários no Estado da Paraíba
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i9.6895Palavras-chave:
Intoxicação; Produtos veterinários; Agrotóxicos.Resumo
Os frequentes episódios de toxicidade oriundos do campo do agronegócio são classificados pelo SINITOX como uma única categoria (intoxicações exógenas). Apesar da via acidental para intoxicações exógenas ser mais comum, dados nacionais apontam que a intoxicação autoinduzida é o principal meio utilizado. A referente pesquisa teve como finalidade estimar as intoxicações exógenas por produtos veterinários no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINANNET) da região nordeste do estado da Paraíba, entre os anos de 2013 e 2017. Executou-se uma análise do tipo retrospectiva, descritiva e quantitativa, com posterior estudo das variáveis pertinentes ao intoxicado e ao envenenamento pelas drogas. Em meio as 99 notificações, preponderaram o gênero masculino (53,53%), a faixa-etária de 20 a 39 anos (34,34%), a zona residencial urbana (76,77%) e o ensino fundamental incompleto da 5ª a 8ª (11,11%). Ademais, uma quantia expressiva dos intoxicados (79,80%) evoluiu para a cura sem complicações, representando 79 do total. Em contrapartida, não ocorreu nenhum óbito por intoxicação exógena. Portanto, propondo diminuir o número de ocorrências devem ser implantados meios de propagação de informações à população com métodos diligentes de instrução aos profissionais da saúde animal e da indústria dos produtos veterinários.
Referências
Bochner, R. (2007). National Poisoning Information System-SINITOX and human intoxication by pesticides in Brazil. Ciencia & saude coletiva, 12(1), 73-89. Recuperado de < https://doi.org/10.1590/S1413-81232007000100012>.
Corcino, C. O., Teles, R. B. D. A., Almeida, J. R. G. D. S., Lirani, L. D. S., Araújo, C. R. M., Gonsalves, A. D. A., & Maia, G. L. D. A. (2019). Avaliação do efeito do uso de agrotóxicos sobre a saúde de trabalhadores rurais da fruticultura irrigada. Ciência & Saúde Coletiva, 24, 3117-3128. Recuperado de <https://doi.org/10.1590/1413-81232018248.14422017>.
Costa, A. D. O., & Alonzo, H. G. A. (2019). Centros de Informação e Assistência Toxicológica no Brasil: descrição preliminar sobre sua organização e funções. Saúde em Debate, 43, 110-121. Acesso em: 06 mai 06 2019. Recuperado de <https://doi.org/10.1590/0103-1104201912008>.
Dias, A. P., Gurgel, A. D. M., Rosa, A. C., Búrigo, A. C., Oliveira, A. C. D., Niemeyer, C. B. D., ... & Gurgel, I. G. D. (2018). Agrotóxicos e Saúde. 2, 23 – 36;
Elizeire, M. B. (2013). Expansão do mercado pet e a importância do marketing na medicina veterinária. Universidade Federal do Rio Grande do sul (UFRGS). Curso de Medicina Veterinária.
Fundação Oswaldo Cruz. (2010). Casos registrados de intoxicação humana por agente tóxico e centro, 2010. Rio de Janeiro. Recuperado de https://sinitox.icict.fiocruz.br/dados-nacionais
Fundação Oswaldo Cruz. (2001). Manual de Preenchimento da Ficha de Notificação e de Atendimento. Rio de Janeiro.
Gonçalves, H. C., & da Costa, J. B. (2018). Intoxicação exógena: casos no estado de Santa Catarina no período de 2011 a 2015. Arquivos Catarinenses de Medicina, 47(3), 02-15.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. (2020). Cidades e Estados. Recuperado de <https://www.ibge.gov.br/cidades-e-estados.html?view=municipio>.
Duarte, P. M., de Santana, V. T. P., & Dalmas, A. D. (2019). Perfil Epidemiológico das Intoxicações por Produtos Veterinários no Estado do Rio Grande do Sul entre 2007 e 2017. Connection Line-Revista Eletrônica do Univag, (21)., Recuperado de http ://www.periodicos.univag.com.br/index.php/CONNECTIONLINE/article/view/1404/1604.
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. (2016). Decreto no 8.840, de 24 de agosto de 2016. Brasília. Recuperado de <http://antigo.agricultura.gov.br/assuntos/insumos-agropecuarios/insumos-pecuarios/produtos-veterinarios/importacao-e-exportacao/exportacao/06-legislacao-correlata>.
Romão, M. R., & de Souza Vieira, L. J. E. (2012). Tentativas suicidas por envenenamento. Revista Brasileira em Promoção da Saúde, 17(1), 14-20. Recuperado de https://periodicos.unifor.br/RBPS/article/view/340/2039.
Guimarães, T. R. A., Lopes, R. K. B., & Burns, G. V. (2019). Perfil epidemiológico das vítimas de intoxicação exógena em Porto Nacional (TO) no período de 2013 a 2017. Scire Salutis, 9(2), 37-48. Recuperado de https://doi.org/10.6008/CBPC2236-9600.2019.002.0005. Silva Epifânio, I., Magalhães, L. M. V., & Brandespim, D. F. (2019). Casos de intoxicação exógena no estado de Pernambuco no ano de 2017. Revista Informação em Cultura, 1(2), 27-42
Veloso, C., Monteiro, C. F. D. S., Veloso, L. U. P., Figueiredo, M. D. L. F., Fonseca, R. S. B., Araújo, T. M. E. D., & Machado, R. D. S. (2017). Violência autoinfligida por intoxicação exógena em um serviço de urgência e emergência. Revista Gaúcha de enfermagem, 38(2). Recuperado de <https://dx.doi.org/10.1590/1983-1447.2017.02.66187>.
Zambolim, C. M., Oliveira, T. P. D., Hoffmann, A. N., Vilela, C. E. B., Neves, D., Anjos, F. R. D., & Magalhães, M. G. (2008). Perfil das intoxicações exógenas em um hospital universitário. Rev Med Minas Gerais, 18(1), 5-10.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Jullyson David Fernandes de Azevedo, Viton Dyrk Guimarães Fernandes, Samara Crislâny Araújo de Sousa, Ana Beatriz Bomfim Gomes Ribeiro, Layla Beatriz Barroso de Alencar, Daniel Carlos Barbosa Patrocínio, Aleson Pereira de Sousa, Abrahão Alves de Oliveira Filho
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.