Qualidade do pré-natal: impacto da infraestrutura e do processo de trabalho

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i9.7041

Palavras-chave:

Gestantes; Cuidado pré-natal; Indicadores de saúde; Avaliação em saúde; Atenção primária à saúde.

Resumo

Objetivo: avaliar a qualidade do pré-natal de risco habitual por meio dos indicadores de estrutura e processo. Metodologia: pesquisa quantitativa do tipo epidemiológico descritivo transversal observacional que seguiu o referencial teórico de Donabedian. A coleta de dados se deu por meio da utilização de um questionário denominado IPR-PRENATAL em 13 Estratégias de Saúde da Família, no período de setembro a outubro de 2017. Resultados: evidenciou-se que, no geral, a infraestrutura foi considerada adequada. Na variável processo de trabalho, 92,3% das gestantes acompanhadas realizaram no mínimo seis consultas de pré-natal e a de puerpério, 69,2% concretizam a primeira consulta de pré-natal no primeiro trimestre de gestação, 53,8% dos profissionais identificam se a primeira consulta foi posterior ao quarto mês de gestação. Considerações finais: conclui-se que as Estratégias de Saúde da Família são estruturalmente satisfatórias no que se diz respeito ao suprimento de equipamentos permanentes e de medicamentos e suplementos na atenção ao pré-natal. Quanto ao processo de trabalho é necessário investir no aumento do uso de indicadores em relação a gestão da informação e a utilização das tecnologias leves.

Biografia do Autor

Daniela Dal Forno Kinalski, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Enfermeira. Doutoranda em enfermagem pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Vania Maria Fighera Olivo, Universidade Federal de Santa Maria

Enfermeira. Docente da Universidade Federal de Santa Maria.

Jessye Melgarejo do Amaral Giordani, Universidade Federal de Santa Maria

Dentista. Docente da Universidade Federal de Santa Maria.

Referências

Anversa, E. T. R, Bastos, G.A. N, Nunes L. N., & Dal Pizzol, T. S. (2012). Qualidade do processo da assistência pré-natal: unidades básicas de saúde e unidades de Estratégia Saúde da Família em município no Sul do Brasil. Cad. Saúde Pública, 28(4),789-800. doi: http://dx.doi.org/10.1590/S0102-311X2012000400018.

Balsells, M. M. D., Oliveira, T. M. F., Bernardo, E. B. R., Aquino, P. S., Damasceno, A. K. C., Castro, R. C. M. B., Lessa, P. R. M., & Pinheiro, A. K. B. (2018). Avaliação do processo na assistência pré-natal de gestantes com risco habitual. Acta Paul Enferm, 31(3), 247-254.doi: 10.1590/1982-0194201800036.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria da Saúde. Portaria nº 569, de 1 de julho de 2000. (2000). Institui o programa de humanização no pré-natal e nascimento, no âmbito do sistema único de saúde. Recuperado de http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm /2000/prt0569_01_06_2000_rep.html

Brasil Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Área Técnica de Saúde da Mulher. (2006). Pré-natal e puerpério: atenção qualificada e humanizada- Brasil,162p. (Série A. Normas e Manuais Técnicos). Recuperado de http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_pre_natal_puerperio _3ed.pdf.

Brasil Ministério da Saúde. Humanização do Parto. (2014). Humanização no Pré-natal e Nascimento. Brasil, 465p.(Cadernos HumanizaSUS) Recuperado de http://www.redehumanizasus.net/sites/default/files/caderno_humanizasus_v4_humanizacao_parto.pdf

Brasil. Ministério da Saúde. DATASUS http://datasus.saude.gov.br/.

Costa, C. S. C., Vila, V. S. C., Rodrigues, F. M., Martins, C. A., & Pinho, L. M. O. (2013). Características do atendimento pré-natal na Rede Básica de Saúde. Rev. Eletr. Enf, 15(2), 516-22. doi: http://dx.doi.org/10.5216/ree.v15i2.15635.

Domingues, R. S., Hartz, X. M. A., Dias, M. A. B., & Leal, M. C. (2012). Avaliação da adequação da assistência ao pré-natal na rede SUS do município do Rio de Janeiro, Brasil. Cad. Saúde Pública, 28(2),425-437. doi: https://doi.org/10.1590/S0102-311X2012 000300003

Donabedian, A. (1990). The Seven Pillars of Quality. Arch Pathol Lab Med, 114(11), 1115-8. Recuperado de https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/2241519/

Moraes, M. H. S., Lima, A. C. S., & Silva, A. F. L. (2020). Práticas de autocuidado das gestantes adolescentes: revisão de literatura. Research, Society and Development, 9(4) e97942665,1-10. doi: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v9i4.2665

Nogueira, C. C. S., Justino, J. M. R., Tavares, M. I. P. L., & Morais, F. R. R. (2016). Caracterização da infraestrutura e do processo de trabalho na assistência ao pré-natal. Cogitare Enferm, 21(4), 1-10. Recuperado de https://www.redalyc.org/jats Repo/4836/483653833010/html/index.html#redalyc_483653833010_ref10.

Pereira, M. G. (2006). Epidemiologia: teoria e prática. Rio de Janeiro: Guanabara.

Polgliane, R. B. S., Leal, M. C., Amorim, M. H. C., Zandonade, E., & Neto, E. T. D. (2014). Adequação do processo de assistência pré-natal segundo critérios do Programa de Humanização do Pré-natal e Nascimento e da Organização Mundial de Saúde. Ciência & Saúde Coletiva, 19(7),1999-2010. doi: https://doi.org/10.1590/1413-81232014197.08622013.

Rocha, R.S., & Silva, M. G. C. (2012). Assistência pré-natal na rede básica de Fortaleza. Rev Bras Promoç Saúde, 25(3),344-355. doi:10.5020/18061230.2012.p344.

Secretaria Estadual da Saúde. Departamento de Ações em Saúde. Coordenação estadual da atenção básica. Seção da Saúde da Mulher. (2017). Nota técnica 01/2017 - atenção ao pré-natal na atenção básica. Recuperado de https://atencaobasica.saude.rs.gov.br/ upload/arquivos/201706/14165435-nota-tecnica-pre-natal-na-atencao-basica-01-2017.pdf

Silva, E. P. (2012). Proposta de um índice para avaliação da assistência pré-natal na atenção básica. (Dissertação). Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa. Recuperado em: https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/tede/4272.

Silva, E. P., Lima, R. T., Costa, M. J. C., & Filho, M. B. (2013). Desenvolvimento e aplicação de um novo índice para avaliação do pré-natal. Rev Panam Salud Publica, 33(5), 356-62. Recuperado de https://www.scielosp.org/pdf/rpsp/2013.v33n5/356-362.

Silva, E. P., Lima, R. T., Ferreira, N. L. S., & Costa, M. J. C. (2013a). Pré-natal na atenção primária do município de João Pessoa-PB. Rev. Bras. Saúde Matern Infant, 13(1), 29-37.doi: https://doi.org/10.1590/S1519-38292013000100004.

Silva, E. P., Leite, A. F. B., Lima, R. T., & Osório, M. M. (2019). Avaliação do pré-natal na atenção primária no Nordeste do Brasil: fatores associados à sua adequação. Rev Saúde Pública, 53 (43),1-13. doi: https://doi.org/10.11606/s1518-8787.2019053001024.

Souza, V. B., Roecker, S., & Marcon, S. S. (2011). Ações educativas durante a assistência Pré-natal: percepção de gestantes atendidas na rede básica de Maringá-PR. Revista Eletrônica de Enfermagem, 13(2), 199-210. doi: http://dx.doi.org/10.5216/ree.v13i2.10162.

Viellas, E. F., Domingues, R. M. S. M., Dias, M. A. B., Gama, S. G. N., Filha, M. M. T., Costa, J. V., Bastos, M. H., & Leal, M. C. (2014). Assistência Pré-Natal no Brasil. Cad. Saúde Pública, 30(1), 85-100. doi: https://doi.org/10.1590/0102-311X00126013.

Zanchi, M., Gonçalves, C. V., Cesar, J. A., & Dumith, S. C. (2013). Concordância entre informações do Cartão da Gestante e do recordatório materno entre puérperas de uma cidade brasileira de médio porte. Cad. Saúde Pública, 29(5), 1019-1028. doi: http://dx.doi.org/10.1590/S0102-311X2013000500019

Downloads

Publicado

15/08/2020

Como Citar

KINALSKI, D. D. F.; OLIVO, V. M. F. .; GIORDANI, J. M. do A. Qualidade do pré-natal: impacto da infraestrutura e do processo de trabalho. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 9, p. e184997041, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i9.7041. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/7041. Acesso em: 25 nov. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde