Enraizamento de estacas caulinares de Bacuri (Platonia insignis Mart.) tratadas com Ácido Indolbutírico (AIB)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i9.7160

Palavras-chave:

Propagação vegetativa; Auxina; Ramos lenhosos; Ramos semilenhosos.

Resumo

O Bacurizeiro (Platonia insignis Mart.) é uma espécie frutífera nativa, oriundo do extrativismo das populações do Nordeste Paraense e desperta grande interesse regional. O experimento foi realizado em delineamento em blocos inteiramente causalizados. Foram coletadas estacas caulinares lenhosas e semilenhosas e padronizadas com 15 cm de comprimento e 8 mm de diâmetro, sem folhas, com corte horizontal no ápice e em bisel na base nas dosagens. As estacas foram tratadas com duas concentrações de AIB (3000 e 6000 mg L-1), além da testemunha onde utilizou-se água. Após os tratamentos, as estacas foram enterradas a 2/3 de seu comprimento em posição vertical. As estacas foram diariamente umedecidas, durante 120 dias, e as avaliações realizadas a cada 30 dias. As variáveis respostas avaliadas foram: Porcentagem média do número de estacas brotadas (PEST), porcentagem média de gemas brotadas (PGB) e o número médio de raízes (NR). As estacas semilenhosas são mais indicadas em relação lenhosas para serem utilizados no processo de propagação do bacurizeiro. O enraizamento via propagação de estacas ocorreu em maior proporção nos ramos semilenhosos e na dosagem de 6000 mg L-¹, porém a dosagem de 3000 mg L-¹ já favoreceu o enraizamento. Assim, melhor será a capacidade de absorção de água, nutrientes, acúmulo de reservas, balanço hormonal mais equilibrado e consequentemente, maior a produção do bacurizeiro. O objetivo do trabalho foi verificar o potencial de enraizamento de estacas caulinares de bacuri (lenhosa e semilenhosa) tratadas com diferentes dosagens de AIB (3000 e 6000 mg L-1) além da testemunha.

Biografia do Autor

Ana Izabella Freire, Universidade Federal de Viçosa

Possui graduação em Agronomia (2013) e mestrado em Genética e Melhoramento de Plantas pela Universidade Federal de Lavras - UFLA (2015). Doutora em Fitotecnia pela Universidade Federal de Viçosa - UFV (2019) Estagiária na empresa DUPONT DO BRASIL S.A - DIVISÃO PIONEER SEMENTES, atuando com produção de sementes de milho (2013). Tem experiência com ênfase em Produção de Sementes e Genética e Melhoramento de Plantas. Estágios de docência durante o mestrado e doutorado em disciplinas relacionadas a diversas áreas. Licenciada em Letras Português/Inglês pela Faculdade Alfa América. Docente no Centro Universitário UNA durante 2 semestres.

Referências

Almeida, R. D., Peluzio, J. M., & Afferri, F. S. (2010) Correlações fenotípicas, genotípicas e ambientais em soja cultivada sob condições de várzea irrigada, Sul do Tocantins. Bioscience Journal, 26 (1), 95-99.

Almeida, F. D., Xavier, A. D., Moreira, J. M., & Paiva, H. N. (2007). Eficiência das auxinas (AIB e ANA) no enraizamento de miniestacas de clones de Eucalyptus cloeziana F. Muell. Revista Árvore, 31(3), 455-463.

Almeida, R. D., Peluzio, J. M., & Afferri, F. S. (2010) Correlações fenotípicas, genotípicas e ambientais em soja cultivada sob condições de várzea irrigada, Sul do Tocantins. Bioscience Journal, 26 (1),95-99.

Barbosa, I. P., Costa, W. G., Nascimento, M., Cruz, C. D., & Oliveira, A. C. B. (2019). Recommendation of Coffea arabica genotypes by factor analysis. Euphytica 215, 178

Bastos, D. C. et al. (2006). Tipo de estaca e concentração de ácido indolbutírico na propagação de lichieira. Ciência Agrotecnológica, 30(1), 97-102.

Biasi, L. A., Stolte, R. E., & Silva, M. da S. Estaquia de ramos semilenhosos de pessegueiro e nectarina (2000). Revista Brasileira de Fruticultura, Jaboticabal, 22(3), 421-425.

Cruz, C. D. Genes (2013). A software package for analysis in experimental statistics and quantitative genetics. Acta Scientiarum, 35(3), 271-276.

Dell'orto, M., Magalhães, C., Linhales, H. Y., & Horst, C.(2010). Correlações fenotípicas em características fisico-químicas do maracujazeiro-azedo. Acta Agronômica, 59(4), 457-461.

Dias, J. P. T., et al. (2013). Enraizamento de estacas de brotações oriundas de estacas radiculares de amoreira-preta. Revista Brasileira de Fruticultura, Jaboticabal, 33, 649-653.

Epskamp, S., Cramer, A. O. J., Waldorp, L. J., Schmittmann, V. D., & Borsboom, D. (2012) qgraph: Network visualizations of relationships in psychometric data. Journal of Statistical Software, 48, 1-18.

Fachinello, J. C., Hoffmann, A., Nachtigal, J. C., Kersten, E., & Fortes, G. R. L. (1995) Propagação de plantas frutíferas de clima temperado. Pelotas: UFPEL - ed. universitária, 179.

Franzon, R., Raseira, M., & Antunes, L. (2004). Efeito do AIB e de diferentes tipos de estaca na propagação vegetativa da goiabeira-serrana (Acca sellowiana Berg). Current Agricultural Science and Technology, 10(4).

Han, H., Zhang, S., & Sun, X. (2009) A review on the molecular mechanism of plants rooting modulated by auxin. African Journal of Biotechnology, 8:348-353.

Hartmann, H. T., et al. (2011). Plant propagation: principles e practices. (8a ed.), Boston: Prentice Hall, 915.

Hartmann, H. T., et al. (2002). Plant propagation: principles and pratices. (7a ed.), New Jersey: Prentice-Hall, 880.

Hartmann, H., & Kester, D. E. (1990). Propagación de plantas: principios y practicas. Compañia Editora Continental. Ciudad del Mexico, 760.

Homma, A., Carvalho, J. E. U., & Menezes, A. J. E. A. (2010). Bacuri: fruta amazônica em ascensão. Ciência Hoje, Rio de Janeiro, 46 (271), 40-45.

Homma, A. K. O. (2014). Extrativismo vegetal na Amazônia: história, ecologia, economia e domesticação. Brasília, DF: Embrapa, 468.

Homma, A. K. O. (2018). Colhendo da natureza: o extrativismo vegetal na Amazônia (2018). Brasília, DF: Embrapa, 219.

Loss, A., Teixeira, M. B., Santos, T. J., Gomes, Vicente, M., & Queiroz, L. H. (2009). Indução do enraizamento em estacas de Malvaviscus arboreus Cav. com diferentes concentrações de ácido indol-butírico (AIB). Acta Scientiarum. Agronomy, 31(2), 269-273.

Moubayidin, L., et al. (2010). The rate of cell differentiation controls the arabidopsis root meristem growth phase. Current Biology, Londres, 20(12),1138-1143.

Nogueira, A. P. O., Sediyama, T., Sousa, L. B., Hamawaki, O. T., Cruz, C. D., Pereira, D. G., Matsuo, É. (2012). Path analysis and correlations among traits in soybean grown in two dates sowing. Bioscience Journal, 28(6).

Rabelo, A. (2012). Frutos nativos da Amazônia: comercialização nas feiras de Manaus-AM. INPA.

Rezende, A. A. (2007) Enraizamento de estacas de candeia Eremanthus erytropappus (DC.) MacLeish. 7. Dissertação (Mestrado em Engenharia Florestal) – Universidade Federal de Lavras, Lavras.

Rios, E. S., Pereira, M. C., Santos, L. S., Souza, T. C., & Ribeiro, V. G. (2012). Concentrações de ácido indolbutírico, comprimento e época de coleta de estacas, na propagação de umbuzeiro. Revista Caatinga, Mossoró, 25(1), 52-57.

Santana, A. A. (2014). Enraizamento de estacas de goiabeira, cultivar ‘chinesa’, com o uso de ácido indolbutírico, sob câmara de nebulização. Brasília: Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, Universidade de Brasília, 29. Monografia.

Santos, J. D. P., Davide, A. C., Teixeira, L. A. F., Melo, A. J. S., & de Melo, L. A. (2011). Enraizamento de estacas lenhosas de espécies florestais. Cerne, 17(3), 293-301.

Silva, A. R., Rêgo, E. R., Pessoa, A. M. S., & Rêgo, M. M. (2016) Correlation network analysis between phenotypic and genotypic traits of chili pepper. Pesquisa Agropecuária Brasileira, 51(4),372-377.

Tofanelli, M. B. D., Chalfun, N. N. J., Hoffmann, A., Junio, A. C. (2002) Efeito do ácido indolbutírico no enraizamento de ramos semilenhosos de pessegueiro. Pesquisa Agropecuária Brasileira, 37, 939-944.

Vignolo, G. K., et al. (2014). Presença de folhas no enraizamento de estacas de amoreira-preta. Ciência Rural, 44(3),467-472.

Downloads

Publicado

13/08/2020

Como Citar

MELO, M. E. de; SOUZA, F. B. M. de; FREIRE, A. I.; BARBOSA, I. de P.; CRUZ, R. R. P.; PEREIRA, A. M.; MELO, C. C. V. .; PIMENTEL , R. M. .; SOUZA, A. J. M. de. Enraizamento de estacas caulinares de Bacuri (Platonia insignis Mart.) tratadas com Ácido Indolbutírico (AIB) . Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 9, p. e110997160, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i9.7160. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/7160. Acesso em: 23 nov. 2024.

Edição

Seção

Ciências Agrárias e Biológicas