Prevalência de tuberculose entre detentos no Presídio Regional de Feira de Santana-Ba no período de 2015 a 2019 e medidas preventivas e de seguimento adotadas para o seu controle
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i9.7168Palavras-chave:
Tuberculose; Prisioneiros; Equipe de assistência ao paciente; Profilaxia.Resumo
O objetivo desse estudo foi analisar a prevalência de tuberculose entre detentos no Presídio Regional de Feira de Santana-BA e as medidas preventivas e de seguimento adotadas para o controle da doença. Trata-se de uma pesquisa de campo, retrospectiva com abordagem quanti-qualitativa desenvolvida em duas etapas: a primeira etapa realizou-se através da coleta de dados epidemiológicos relacionados a prevalência de tuberculose na população carcerária disponíveis na Secretaria de Saúde do Município de Feira de Santana-BA e a segunda etapa desenvolveu-se por meio de entrevista semiestruturada com a coordenação de enfermagem do Conjunto Penal de Feira de Santana-BA. Observou-se que dentre os 130 casos confirmados de tuberculose em detentos 99,23% eram homens e 0,77% mulheres e que no período estudado revelou-se uma prevalência máxima de 27,6 casos de tuberculose por 1.000 habitantes. Este estudo pode ser relevante para assumirmos que a problemática da tuberculose entre os detentos vai mais além, do que apenas questões de saúde ou de segurança, pois não investir em ações efetivas de combate à doença no ambiente prisional coloca em risco a eficácia das demais medidas implementadas para o seu controle, perpetuando assim a tuberculose como um grave problema de saúde pública.
Referências
Allgaye, M.F., Ely, K.Z., Freitas, G.H., Valim, A.R.M., Gonzales, R.I.C., Krug, S.B.F. & Possuelo, L. G. (2019). Tuberculosis: health care and surveillance in prisons. Revista Brasileira de Enfermagem. 2019;72(5):1304-10. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/0034-7167-2018-0260
Brasil (2019). Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Manual de Recomendações para o Controle da Tuberculose no Brasil / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. – Brasília: Ministério da Saúde.
Departamento Penitenciário Nacional (2018). Presos em Unidades Prisionais no Brasil: Período de 2018. [23 de Agosto de 2020]. Disponível em: https://app.powerbi.com/view?r=eyJrIjoiMThjOWU0YzUtMjFmNS00Y2U2LThiMzgtZDEzNWY4MGU5YmNhIiwidCI6ImViMDkwNDIwLTQ0NGMtNDNmNy05MWYyLTRiOGRhNmJmZThlMSJ9
Governo do Estado da Bahia: Secretaria de Administração Penitenciaria e Ressocialização- Central de Informação e Documentação: Presos Condenados e Provisórios [01 de Abril de 2020]. Disponível em: http://www.seap.ba.gov.br/sites/default/files/dados/2020-04/PRESOS%20CONDENADOS%20E%20PROVIS%C3%93RIOS%20-%2001-04-2020.pdf
Junior, W. V. (2013). O Controle da Tuberculose nos Presídios: Atuação das Equipes de Saúde na Região (DRS VI) de Bauru/SP [Tese de Doutorado]. Bauru-SP.
Lima, M. M. P., Ferreira, P. R. B., Batista, C. L., Magalhães, L. M., Souza, R. P. & Oliveira, E.H. (2020). Análise temporal e epidemiológica dos casos de tuberculose no estado do Piauí, Brasil. Research, Society and Development, v. 9, n. 2, e160922252, 2020(CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 | DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v9i2.2252
Martins, A.S.; Adad, M. R. S. & Junior, R. N. C. M. (2020). Análise epidemiológica de casos de tuberculose nas regiões de saúde do estado do Piauí. Research, Society and Development, v. 9, n. 2, e61922068, 2020 (CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 |DOI:http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v9i2.2068
Minayo, M. C. S. & Ribeiro, A. P. (2016). Condições de saúde dos presos do estado do Rio de Janeiro, Brasil. Ciência & saúde coletiva, 21(7), 2031-2040. Https://doi.org/10.1590/1413-81232015217.08552016
Moreira, T. R., Fávero, J. L. & Maciel, E. L. N. (2010). TB no sistema prisional capixaba. Revista Brasileira de Pesquisa em Saúde, v. 12, n. 1, Vitória-ES.
Oliveira, A. V. S., Perez, A. D. A., Miranda, R. S. & Oliveira, T. R. S. (2020). Perfil epidemiológico da tuberculose no Nordeste do Brasil: série temporal de 2008 a 2018. Research, Society and Development, v. 9, n.2, e108922129, 2020(CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 | DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v9i2.2129
Sacchi, F., Praça, R. M., Tatara, M. B., Simonsen, V., Ferrazoli, L., Croda, M. G. & Croda, J. (2015). Prisões como reservatório de transmissão comunitária de tuberculose, Brasil. Emerging Infectious Diseases , 21 (3), 452-455. DOI: https://dx.doi.org/10.3201/eid2103.140896.
Sánchez, A. & Larouzé, B. (2016). Controle da tuberculose nas prisões, da pesquisa à ação: a experiência do Rio de Janeiro, Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, 21(7), 2071-2080. DOI: https://doi.org/10.1590/1413-81232015217.08182016
Stuckler, D., Basu, S., Mckee, M. & King, L. (2008). Mass incarceration can explain population increases in TB and multidrug-resistant TB in European and central Asian countries. Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America, v. 105, n. 36. DOI: 10.1073 / pnas.0801200105
Valença, M. S., Possuelo, L. G., Cezar-Vaz, M. R. & Silva, P. E. A. (2016). Tuberculose em presídios brasileiros: uma revisão integrativa da literatura. Revista de Ciência & Saúde Coletiva, v. 21, n.7, Rio de Janeiro-RJ. DOI: 10.1590/1413-81232015217.16172015
World Health Organization. Geneva: World Health Organization. Global tuberculosis report 2019. [Adobe Acrobat document, 297p.]. [23 de Agosto de 2020]. Disponível em: https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/329368/9789241565714-eng.pdf?ua=1
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Yorranna Silva Oliveira; Priscila dos Santos Costa ; Ana Carolina Santana de Oliveira
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
