Perfil epidemiológico dos casos de Aids notificados no Brasil entre os anos de 2009 a 2019
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i9.7233Palavras-chave:
Epidemiologia; Sistemas de Informação em Saúde; Notificação de doenças; HIV; Síndrome da Imunodeficiência Adquirida; Saúde Pública.Resumo
A infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) afeta os linfócitos T levando a uma depleção progressiva, causando um comprometimento imunológico progressivo e contínuo, que pode levar à Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids). Uma vez que a infecção pelo HIV e a Aids constituem problemas de saúde pública mundial, torna-se importante conhecer seu perfil epidemiológico no Brasil. Assim, esta pesquisa trata-se de um estudo ecológico retrospectivo, descritivo com abordagem quantitativa sobre o número de casos de Aids notificados no Brasil entre os anos de 2009 a 2019. Os dados mostram que foram notificados um total de 283.188 casos. A maioria acomete indivíduos do gênero masculino, na faixa etária dos 30 aos 39 anos, de cor/raça branca e com grau de escolaridade referente ao ensino médio completo. Há predomínio de indivíduos heterossexuais e a maioria dos casos foi notificado na região Sudeste. Verifica-se que embora a propagação da infecção pelo HIV a nível nacional tenha apresentado transformações em seu perfil epidemiológico, observa-se ainda um perfil caracterizado por um processo de heterossexualização, feminização e interiorização consoante com aquele que tem sido verificado nas últimas décadas no Brasil.
Referências
Abou El Fadl, R.K., et al. (2019).Assessing the levels of HIV-related knowledge and attitudes toward HIV-infected patients among undergraduate dental students: a cross-sectional study. HIV AIDS (Auckl), 11:83-92.
Brasil (2000). Ministério da Saúde, Secretaria de Políticas de Saúde, Coordenação Nacional de DST e Aids. Controle de infecções e a prática odontológica em tempos de aids: manual de condutas - Brasília: Ministério da Saúde,118p.
Brasil (2016). Portaria nº 204, de 17 de fevereiro de 2020. Define a Lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde pública nos serviços de saúde públicos e privados em todo o território nacional, nos termos do anexo, e dá outras providências. Brasília. Recuperado de: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2016/prt0204_17_02_2016.html
Brito, A. M., Castilho, E. A. & Szwarcwald, C. L. (2001). AIDS e infecção pelo HIV no Brasil: uma epidemia multifacetada. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, 34(2): 207-217.
Chen, X., Yu, B. & Zhao, L. (2019). The evaluation of global epidemic of HIV/AIDS with a novel approach using country-specific counts of HIV infections and three rates controlled for population and geographic área. Global Health Journal, 3(3):66-72.
Daiane de Peder L., et al. (2020). Prevalence of Sexually Transmitted Infections and Risk Factors Among Young People in a Public Health Center in Brazil: A Cross-Sectional Study. J Pediatr Adolesc Gynecol., S1083-3188(20):30161-3.
Felipe, L.C.S., et al. (2016). Pacientes com HIV/AIDS na Odontologia e suas Manifestações Bucais. J Orofac Invest. 53 3(1):53-62.
Lorosa, A.H., et al. (2019). Evaluation of dental students' knowledge and patient care towards HIV/AIDS individuals. Eur J Dent Educ., 23(2):212-219.
Melo, M.A.S., et al. (2018). Percepção dos profissionais de saúde sobre os fatores associados à subnotificação no Sistema Nacional de Agravos de Notificação. Revista de Administração em Saúde, 18(71).
McLean, A.T., et al. (2012). HIV and dentistry in Australia: clinical and legal issues impacting on dental care. Aust Dent J., 57(3):256-270.
Mittal, M. (2011). Nutritional considerations and dental management of children and adolescents with HIV/AIDS. J Clin Pediatr Dent.,36(1):85-92.
Moir, S., Chun, T.W. & Fauci, A.S. (2011) Pathogenic mechanisms of HIV disease. Annu Rev Pathol., 6:223-248.
Mosca, N.G. & Rose Hathorn. A. (2006). HIV-positive patients: dental management considerations. Dent Clin North Am., 50(4):635-viii.
Oberoi, S.S., et al. (2014). Knowledge and attitude of Indian clinical dental students towards the dental treatment of patients with human immunodeficiency virus (HIV)/acquired immune-deficiency syndrome (AIDS). Int Dent J., 64(6):324-332.
Pachêco de Sousa, E., et al. (2020). Evolução da leishmaniose visceral em São Luís, Maranhão: uma análise epidemiológica e temporal dos casos. Research, Society and Development, 9(2), e167922197.
Pereira, A.S. et al. (2018). Metodologia da pesquisa científica. [e-book]. Santa Maria. Ed. UAB/NTE/UFSM. Recuperado de: https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/15824/Lic_Computacao_Metodologia-Pesquisa-Cientifica.pdf?sequence=1.
Pinto, A.C., et al. (2007). Compreensão da pandemia da AIDS nos últimos 25 anos. DST - Jornal brasileiro de doenças sexualmente transmissíveis, 19(1):45-50.
Redmond, A.M. & McNamara, J.F. (2015). The road to eliminate mother-to-child HIV transmission. J Pediatr (Rio J), 91(6):509-511.
Robb, M.L. & Ananworanich, J. (2016). Lessons from acute HIV infection. Curr Opin HIV AIDS, 11(6):555-560.
Shenoy, N., et al. (2017). Incidence of Opportunistic Infections among HIV-Positive Adults on Highly Active Antiretroviral Therapy in a Teaching Hospital, India: Prospective Study. J Int Assoc Provid AIDS Care., 16(3):309-311.
Souza, M.V.N. & Almeida, M.V. (2003). Drogas anti-VIH: passado, presente e perspectivas futuras. Química Nova, 26(3):366-372.
Timóteo, M.V.F., et al. (2020). Perfil epidemiológico das hepatites virais no Brasil. Research, Society and Development, 9(6), e29963231.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Ernani Canuto Figueirêdo Júnior; Adyelle Dantas Ribeiro; José Henrique de Araújo Cruz ; Maria Helena Vieira Pereira Marques; Sandra Aparecida Marinho; Jozinete Vieira Pereira
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.