Severidade dos traumatismos maxilofaciais e fatores associados em mulheres brasileiras vítimas de violência doméstica

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i9.7306

Palavras-chave:

Violência contra a mulher; Traumatismos maxilofaciais; Cirurgia bucal; Epidemiologia.

Resumo

Objetivo: O objetivo deste estudo foi determinar o perfil e a prevalência de traumatismo maxilofacial (TMF) e avaliar os fatores associados em mulheres vítimas de violência doméstica. Metodologia: Tratou-se de um estudo transversal e analítico que avaliou 514 prontuários de mulheres vítimas de violência doméstica diagnosticadas com TMF atendidas em um hospital de referência em trauma na região Nordeste do Brasil. As estatísticas descritivas e multivariáveis ​​foram realizadas por meio da regressão de Poisson. Resultados: A prevalência de fraturas e lacerações faciais foi de 80,2% e 19,8%, respectivamente, a maioria com baixa severidade (92,1%). Observaram-se associações entre a severidade do TMF e o consumo de álcool / drogas pelo agressor (RP = 0,251; IC95% = 0,106-0,595; p = 0,002) e o turno da noite (RP = 4,675; IC95% = 1,745-12,525; p = 0,002). Foram encontradas correlações entre a severidade do TMF e o tempo de internação (r = 0,148; p <0,01). Conclusões: A prevalência de fraturas foi considerada alta e a severidade do TMF foi associada a maior tempo de internação e consumo de álcool / drogas pelo agressor e pelo turno da noite. Estratégias precisam ser adotadas como a melhoria da qualidade da atenção à saúde das usuárias, maior investimento social em mulheres em situação de vulnerabilidade, fiscalização ostensiva pelos órgãos de segurança, bem como a implementação de programas educacionais voltados para a prevenção desse agravo.

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Publicado

20/08/2020

Como Citar

PORTO, D. E.; LAUREANO, I. C. C.; CAVALCANTI , A. L.; ANDRADE, E. S. de S. Severidade dos traumatismos maxilofaciais e fatores associados em mulheres brasileiras vítimas de violência doméstica. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 9, p. e317997306, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i9.7306. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/7306. Acesso em: 26 nov. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde