A enfermagem transcultural de Leininger na mitigação dos agravos da hipertensão arterial sistêmica
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i9.7408Palavras-chave:
Hipertensão; Enfermagem transcultural; Atenção primária à saúde.Resumo
A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) evidencia-se como uma das mais importantes causas de morbimortalidade a nível mundial, sendo classificada como problemática de saúde pública. De acordo com a Teoria Transcultural de Leininger, os valores culturais desenvolvidos pelos indivíduos influenciam diretamente sua relação com a saúde e o autocuidado. Desse modo, objetivou-se através deste relatar uma ação de educação em saúde ocorrida no âmbito da atenção primária, cuja proposta perpassava pela mitigação dos agravos da HAS a partir de uma intervenção baseada na Enfermagem Transcultural. Além desta, utilizou-se a Teoria da Problematização, que conta com cinco etapas para a análise situacional e elaboração de intervenções, sendo elas: Observação da Realidade; Levantamento de pontos-chaves; Teorização; Hipóteses de Solução e Aplicação à Realidade. Este estudo caracteriza-se como descritivo com abordagem qualitativa, do tipo relato de experiência, no qual organizou-se um ciclo de atividades relacionadas as influências culturais nos hábitos diários e sua relação com agravos da doença, bem como sobre a importância do autocuidado. Como principais resultados evidenciou-se que muitos usuários hipertensos estavam com a pressão arterial descontrolada e que, muitas das vezes, esta alteração se dava pela continuidade de hábitos prejudiciais à saúde, que estavam diretamente ligados a fatores culturais. Desse modo, o estudo dessa temática se mostrou essencial, visto que ampliou a visão de saúde dos participantes envolvidos, possibilitando a prática de um autocuidado diligente e eficaz.
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