Estudo epidemiológico da Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) no Nordeste do Brasil
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i9.7477Palavras-chave:
Zoonose; Calazar; Leishmania.Resumo
A Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) é uma doença infecciosa, não contagiosa, que provoca úlceras na pele e mucosas. A doença é causada por protozoários do gênero Leishmania. Ela é transmitida ao ser humano pela picada das fêmeas de flebotomíneos (espécie de mosca) infectadas. O presente estudo teve por objetivo quantificar e analisar os casos notificados de LTA no Nordeste. Tratou-se de uma pesquisa documental, retrospectiva, descritiva com abordagem quantitativa. Os casos notificados de LTA foram coletados a partir do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) tendo como variáveis estudadas: ano, sexo, tipo de entrada, forma clínica, classificação etiológica e evolução. No intervalo entre 2014-2018 foram notificados 23.767 casos de LTA no Nordeste. Analisando esses casos, por ano de notificação, obteve-se a seguinte distribuição percentual: 2014 (23%), 2015 (23%), 2016 (16%), 2017 (21%), 2018 (18%). Houve diferença significativa entre o sexo feminino (63%) e o masculino (37%). Observou-se que prevaleceu o tipo de entrada por caso novo (93%) e, a forma clínica cutânea da doença (96%). Todos os casos notificados foram classificados como importados (100%). Quanto a evolução dos casos, a cura apresentou-se como o desfecho principal (59%). O estudo epidemiológico possibilitou conhecer os aspectos da LTA no Nordeste. O estudo também demonstra a importância das fichas de notificações compulsórias como um instrumento que permite avaliar o perfil epidemiológico de casos de LTA assim como dar subsídios para estruturação de medidas de controle que deverão ser incorporadas e priorizadas para o combate da doença.
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