Custos de transação relacionados à gestão de redes de parcerias público-privadas: estudo de caso de uma instituição de pesquisa agrícola brasileira
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i9.7519Palavras-chave:
Embrapa; PD&I; Custos de transação; Parcerias público-privadas; Administração pública.Resumo
O objetivo deste artigo é caracterizar a dinâmica da formação de redes de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) e identificar as principais fontes de atritos e custos de transação relacionados aos processos envolvidos na articulação de Parcerias Público-Privadas (PPP) pela Embrapa Informática Agropecuária. A coleta de dados sobre os processos relativos à PPP da Embrapa foi realizada por meio de pesquisa documental e visitas in loco. Foram identificadas quatro etapas para que a PPP seja formalizada: (i) articulação das parcerias (proposição e submissão de projetos); (ii) implementação/celebração; (iii) gestão e acompanhamento; e (iv) prestação de contas e resultados. Nas duas primeiras etapas, os custos de transação envolvidos são do tipo ex ante. Já na terceira e quarta, são de caráter ex post. Além de descrever os custos e avaliá-los como altos ou baixos, o artigo apresenta iniciativas recentes de aprimoramentos para minimizá-los em âmbito macro, meso e micro institucional.
Referências
Akrich, M., Callon, M., & Latour, B. (1988). A quoi tient le succès des innovations? 2 : Le choix des porte-parole. Gérer et Comprendre. Annales Des Mines1, 12, 14–29.
Alves, G. (2017, June 10). João e Branca Moreira Salles lançam 1o instituto privado de apoio à ciência. Folha de São Paulo. http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/2017/03/1868742-joao-moreira-salles-lanca-instituto-privado-de-apoio-a-ciencia.shtml
Bin, A., & Salles-filho, S. (2008). Science, Technology and Innovation Management: Specificities and Conceptual Premises. International Joseph A. Schumpeter Society Conference-the Southern Conference, i, 1–25.
BRAMA. (2018). Brazilian Research Administration and Management Association (BRAMA). http://www.bramabrazil.org/
Castro, A. C. (2004). Construindo Pontes: inovações, organizações e estratégias como abordagens complementares. Revista Brasileira de Inovação, 3(2), 449–473. https://doi.org/10.20396/rbi.v3i2.8648905
Castro, B. S. De, & Souza, G. C. De. (2012). O papel dos Núcleos de Inovação Tecnológica (NITs) nas universidades brasileiras. LIINC Em Revista, 8(21), 125–140.
Chesbrough, H. W. (2003). The era of open innovation. MIT Sloan. MIT Sloan Management Review, 44(3), 35–42. https://doi.org/10.1371/journal.pone.0015090
CONFIES. (2019). Conselho Nacional das Fundações de Apoio às Instituições de Ensino Superior e de Pesquisa Científica e Tecnológica. http://confies.org.br/institucional/confies/
Cruz, V. de J. S. da, & Paulillo, L. F. (2016). Governanças híbridas complementares aos contratos de manufatura: um estudo de caso. Gestão & Produção, 23(4), 842–852.
DeBresson, C., & Amesse, F. (1991). Networks of innovators :A review and introduction to the issue. Research Policy, 20(5), 363–379. https://doi.org/10.1016/0048-7333(91)90063-V
EMBRAPA. (2016, May 4). Projeto de Lei da Embrapatec será encaminhado ao congresso. Secretaria de Comunicação. Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. https://www.embrapa.br/busca-de-noticias/-/noticia/12201292/projeto-de-lei-da-embrapatec-sera-encaminhado-ao-congresso
EMBRAPA. (2019). Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Website. http://www.embrapa.br
“Embrapa Informática Agropecuária.” (2019). Embrapa Informática Agropecuária - Website. http://www.embrapa.br/informatica-agropecuaria
Escobar, H. (2016, January 13). Marco Legal de Ciência e Tecnologia: O que muda na vida dos pesquisadores? Estadão. https://ciencia.estadao.com.br/blogs/herton-escobar/marco-legal-de-ciencia-e-tecnologia-o-que-muda-na-vida-dos-pesquisadores/
Fiani, R. (2002). Teoria dos custos de transação. In D. Kupfer & L. HASENCLEVEr (Eds.), Economia industrial: Fundamentos Teóricos e Práticas no Brasil. Elsevier.
Fiani, R. (2011). Cooperação e conflito: Instituições e desenvolvimento econômico. Elsevier.
Freeman, C., & Soete, L. (2008). A Economia da Inovação Industrial. Editora Unicamp.
Gassmann, O. (2006). Opening up the innovation process: Towards an agenda. R and D Management, 36(3), 223–228.
Gitahy, L. (2005). Redes e flexibilidade: da mudança das práticas quotidianas a uma nova trama produtiva. In Novas Tramas Produtivas. Uma discussão teórico-metodológica. (pp. 187–199). Editora SENAC.
Lundvall, B.-Å. (Ed.). (2010). National Systems of Innovation: Toward a theory of innovation and Interactive Learning. Anthem Press.
Ménard, C. (2014). Embedding organizational arrangements: Towards a general model. Journal of Institutional Economics, 10(4), 567–589. https://doi.org/10.1017/S1744137414000228
Menard, C., & Shirley, M. M. (2008). Handbook of New Institutional Economics. Springer. https://doi.org/10.1192/bjp.112.483.211-a
Monteiro, V. (2017, January 27). Burocracia consome mais de 30% do tempo dos cientistas, constata pesquisa. Jornal Da Ciência. http://www.jornaldaciencia.org.br/burocracia-consome-mais-de-30-do-tempo-dos-cientistas-constata-pesquisa/
Myers, P. E. (2007). Celebrating the First Forty Years of the Society of Research Administrators International. The Journal of Research Administration, XXXVIII, 19–30.
Nazareno, C. (2016). As mudanças promovidas pela Lei no 13.243. 2016, 17. http://www2.camara.leg.br/a-camara/documentos-e-pesquisa/estudos-e-notas-tecnicas/areas-da-conle/tema11/2016_7581_mudancas-promovidas-pela-lei-13-243-marco-legal-cti-claudio-nazareno
Nelson, R. R. (1993). National Innovation Systems: A Comparative Analysis. Oxford University Press.
OCDE. (1992). Technology and the economy: the key relationships.
Oliveira, F. S. De, & Bonacelli, M. B. M. (2019a). Institutionalization of Research Administration in Brazil: Some Evidences. Journal of Technology Management & Innovation, 14(2), 69–80.
Oliveira, F. S. De, & Bonacelli, M. B. M. (2019b). Low Efficiency in the use of Research and Development resources in Brazilian Public Research Organizations: Causal Chain Analysis. Revista Eletrônica de Administração, 25(3), 62–95.
Pacheco, C. A., Bonacelli, M. B. M., & Foss, M. C. (2017). Políticas de estímulo à demanda por inovação e o Marco Legal de CT&I. In D. R. Coutinho, M. C. Foss, & P. S. B. Mouallem (Eds.), Inovação no Brasil: avanços e desafios jurídicos e institucionais (pp. 213–240). Blucher Open Access.
Pereira, A.S., et al. (2018). Metodologia da pesquisa científica. [e-book]. Santa Maria: UAB/NTE/UFSM. Disponível em: https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/15824/Lic_Computacao_Metodologia-Pesquisa-Cientifica.pdf?sequence=1.
RIPA. (2008). Cenários do Ambiente de Atuação das Instituições Públicas e Privadas de PD&I para o Agronegócio e o Desenvolvimento Rural Sustentável - Horizonte 2023 (p. 100). RIPA.
Salles-Filho, S., Pedro, E., & Mendes, P. J. V. (2007). Concepts, Policy Elements, and Regional Strategies for the Development of Institutional Innovation (G. IICA, FORAGRO (Ed.)). IICA.
Salles-Filho, Sergio, & Bonacelli, M. B. M. (2010). Science and Public Policy Trends in the organization of public research organizations: lessons from the Brazilian case. Science and Public Policy, 37(3), 193–204.
SRAi. (2017). SRAi 50th Anniversary Website. http://fifty.srainternational.org/
TCU. (2017). Tribunal de Contas da União. TCU. http://portal.tcu.gov.br/inicio/index.htm
Trott, P., & Hartmann, D. (2009). Why "Open Innovation" is old wine in new bottles. International Journal of Innovation Management, 13(04), 715–736.
Williamson, O. (2005). Transaction cost economics. In C. Menard & M. M. Shirley (Eds.), Handbook of New Institutional Economics (pp. 41–65). Springer.
Williamson, O. E. (1985). The Economic Institutions of Capitalism. Firms, Markets, Relational Contracting. In The Economic Institutions of Capitalism. Firms, Markets, Relational Contracting. Free Press.
Williamson, O. E. (1996). The mechanisms of governance. Oxford University Press.
Zylbersztajn, D. (1995). Estruturas de governança e coordenação do agribusiness: uma aplicação da nova economia das instituições. Economia, 241.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Fernanda Stringassi de Oliveira; Ana Carolina Spatti; Martha Delphino Bambini; Rodrigo Ito
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.