Perspectiva da terapia com alprostadil na cardiopatia congênita: foco no neonato

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i9.7641

Palavras-chave:

Cardiopatia congênita; Alprostadil; PGE1; Neonatologia

Resumo

A Cardiopatia Congênita se apresenta como uma variedade de anormalidades na anatomia e/ou função cardíaca e pode ser classificada como acianótica ou cianótica. O tratamento dessa patologia se dá inicialmente pela estabilização dos sintomas, através da suplementação de oxigênio e a administração de medicamentos, como por exemplo, o alprostadil, visando melhorar a qualidade de vida dos pacientes e prepará-los para correção cirúrgica. O objetivo desse trabalho foi traçar o perfil do uso do alprostadil em pacientes neonatos com cardiopatia congênita. Trata-se de um estudo descritivo, transversal, retrospectivo e com abordagens quantitativas, realizado em um hospital terciário da rede pública do Estado do Ceará. Foram avaliados 79 prontuários de pacientes no período de janeiro de 2015 a setembro de 2019 que fizeram uso de alprostadil com diagnóstico ou não de cardiopatia congênita. Observou-se que o perfil de neonatos que utilizaram o alprostadil foi de 12,7 dias de vida, peso médio de 2712,8g, classificados adequadamente quanto ao peso e a idade gestacional. A prevalência de cardiopatia congênita foi maior no sexo masculino, cor parda e RN a termo. O cateter de inserção periférica e a ventilação mecânica induzida foram as formas de acesso e oxigenação mais utilizadas. O ecocardiograma foi realizado em 86% dos recém-nascidos, notificando 78% das cardiopatias cianogênicas. Conclui-se que o uso do alprostadil possui segurança e eficácia, entretanto sozinho não é suficiente para aumentar os dias de vidas dos pacientes neonatos com cardiopatia complexa/múltipla, visto a severidade das alterações.

Referências

Brasil (2014). Atenção à saúde do recém-nascido: guia para os profissionais de saúde / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. (2a ed.). Brasília, DF: Ministério da Saúde. Recuperado de https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/atencao_saude_recem_nascido_v1.pdf

Brasil (2014). Manual AIDPI neonatal/Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas, Organização Pan-Americana da Saúde. Coordenação de Rejane Silva Cavalcante et al. (5a ed.). Brasília, DF: Ministério da Saúde. Recuperado de http://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/wp-content/uploads/2017/10/Manual-Aidpi-corrigido-.pdf

Brasil (2017). Síntese de evidências para políticas em saúde: diagnóstico precoce de cardiopatias congênitas. Brasília, DF: Ministério da Saúde. Recuperado de http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/sintese_evidencias_politicas_cardiopatias_congenitas.pdf

Cappellesso, V. R., & Aguiar, A. P. (2017). Cardiopatias congênitas em crianças e adolescentes: caracterização clínico-epidemiológica em um hospital infantil de Manaus-Am. O Mundo da Saúde, 2(41),144-153. doi: 10.15343/0104-7809.20174102144153

Castro, L. P. A. (2018). Eficácia e segurança do uso de prostaglandina e1 em pacientes com cardiopatia congênita ducto dependente. (Dissertação de Mestrado, curso de Medicina, Universidad de Guayaquil, Equador). Recuperado de http://repositorio.ug.edu.ec/bitstream/redug/28621/1/PROYECTO%20FINAL%20MD%20AVENDA%C3%91O.pdf

Consolim-Colombo, F. M., Izar, M. C. de O., & Saraiva, J. F. K. (2019) Tratado de Cardiologia SOCESP (4a ed.). São Paulo, SP: Manole. Recuperado de https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788520457986/cfi/0!/4/2@100:0.00

Di Santo, M. K., Takemoto, D., Nascimento, R. G., Nascimento, A. M., Siqueira, É., Duarte, C. T., Jovino, M. A. C., & Kalil, J. A. (2017). Cateteres venosos centrais de inserção periférica: alternativa ou primeira escolha em acesso vascular? Jornal Vascular Brasileiro, 16(2), 104-112. doi: 10.1590 / 1677-5449.011516

Goméz, M. A. M., & Rodriguéz, Y. M. (2019). Dificuldade respiratória associada a cardiopatias congênitas em um departamento de neonatologia do hospital infantil doutor Robert Rei Cabral no período compreendido entre fevereiro e julio de 2019. (Tese de Doutorado, Curso de Ciências Médicas, Universidad Nacional Pedro Henríquez Ureña, República Dominicana). Recuperado de https://repositorio.unphu.edu.do/handle/123456789/2341

Nascimento, A. R. F., Leopoldino, R. W. D., Santos, M. E. T., Costa, T. X., & Martins, R. R. (2020). Problemas relacionados a medicamentos em neonatos cardiopatas sob terapia intensiva. Revista Paulista de Pediatria, 38, e2018134. doi: 10.1590/1984-0462/2020/38/2018134

Neofax (2014). Manual de drogas usadas no cuidado neonatal. Nova York, NY: Thompson Reuters.

Rosa, R. C. M., Rosa, R. F. M., Zen, P. R. G., & Paskulin, G. A. (2013). Cardiopatias congênitas e malformações extracardíacas. Revista Paulista de Pediatria, 31(2), 243-251. doi: 10.1590/S0103-05822013000200017

Silva, M. A. (2014). Estudo das características clínicas e epidemiológicas de recém-nascidos com cardiopatia congênita em uma Maternidade pública da cidade de Salvador (Bahia, Brasil), nos anos de 2012 e 2013. (Trabalho de Conclusão de Curso, curso de Medicina, Univeridade Federal da Bahia, Salvador). Recuperado de https://repositorio.ufba.br/ri/bitstream/ri/16824/1/Marlon%20Aguiar%20Silva%20Copy.pdf

Silva, M. G. P., Aguiar, L. R. S., Cunha, K. J. B., & Rodrigues, T. K. A. (2015) Caracterização do diagnóstico e tratamento farmacológico das cardiopatias congênita neonatal: acianogênica e cianogênica. Revista Interdisciplinar: 7(4), 146-156. Recuperado de https://revistainterdisciplinar.uninovafapi.edu.br/index.php/revinter/article/view/452/pdf_169

Sociedade Brasileira de Cardiologia (2019). Diretriz Brasileira de Cardiologia Fetal. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, 112(5), 600-648. Recuperado de http://publicacoes.cardiol.br/2014/diretrizes/2019/diretriz-brasileira-de-cardiologia-fetal-2019.asp

Urakawa, I. T., & Kobayashi, R. M. (2012). Identificação do perfil e diagnósticos de enfermagem do neonato com cardiopatia congênita. Revista de Pesquisa: Cuidado é fundamental online, 4(4), 3118-3124. Recuperado de http://www.seer.unirio.br/index.php/cuidadofundamental/article/view/1898/pdf_669

Downloads

Publicado

14/09/2020

Como Citar

SOUSA, K. M. P. de; OLIVEIRA, E. de S.; CAVALCANTE, O. S. S.; LACERDA, V. T. P. P.; LIMA, A. M. A.; MORAIS, A. C. L. N. de. Perspectiva da terapia com alprostadil na cardiopatia congênita: foco no neonato. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 9, p. e966997641, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i9.7641. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/7641. Acesso em: 27 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde