Perfil de pacientes com criptococose em hospital regional do interior de São Paulo
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i9.7642Palavras-chave:
Criptococose; HIV; Óbitos; Risco Relativo; Odds Ratio.Resumo
As infecções causadas por Cryptococus spp. são oportunistas, urbanas e associadas a imunossupressão. A mortalidade é estimada em 10% nos países desenvolvidos e 43% nos emergentes. O Objetivo foi avaliar os aspectos clínico-epidemiológicos da criptococose na região do oeste paulista. Trata-se de estudo transversal, baseado nas informações dos prontuários de pacientes em um hospital do interior de São Paulo, de 2006 a 2018. Aplicou-se análise descritiva por meio da frequência absoluta (n) e relativa (%); e estatística através dos testes x2 e Exato de Fisher. Também foi calculado Risco Relativo (RR) e Odds Ratio (OD) para óbito. A neurocriptococose foi a principal manifestação clínica em 64,50%. A pesquisa direta no líquor foi positiva em 85,71% das amostras, o imunodiagnóstico em 93,80% e a cultura, padrão-ouro para fungo, em 55,55% dos casos. O teste x2 e o Exato de Fisher não demonstraram diferença entre sexo, faixa etária, forma clínica ou óbito. RR e OD foram considerados baixos. A associação dos aspectos epidemiológicos da criptococose com seus sinais clínicos permite o diagnóstico precoce da doença, diminuindo o desenvolvimento de quadros graves. Além disso, as terapias antirretrovirais de alto desempenho diminuíram drasticamente a ocorrência de óbitos em pacientes com HIV.
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