Aspectos do potencial alelopático do extrato aquoso das folhas de Mimosa ramosissima Benth, na germinação e crescimento inicial de Panicum maximum cv. aruana e Amaranthus retroflexus L.
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i9.7757Palavras-chave:
Bioherbicidas; Crescimento vegetal; Germinação de sementes.Resumo
Aleloquímicos são substâncias secundárias capazes de interferir na germinação, crescimento e desenvolvimento inicial de outros vegetais. Nesse sentido, o objetivo foi avaliar o potencial alelopático do extrato aquoso de Mimosa ramosissima Benth, na germinação e crescimento inicial de Panicum maximum cv. aruana e Amaranthus retroflexus L. Para tanto foram desenvolvidos experimentos com sete tratamentos e quatro repetições, sendo eles extrato de mimosa e o controle. Para cada tratamento foram colocadas 15 sementes em placas de Petri contendo papel filtro e 15 mL de extratos, ambos mantidos em câmara de germinação a 30 ºC e luz constante. Após 10 dias de experimento com P. maximum cv aruana e sete dias com A. retroflexus, foi avaliado o número de sementes germinadas e realizadas medições do tamanho das partes aérea e radicular das plântulas. Os dados coletados foram submetidos à análise ANOVA, teste de Tukey (P<0,05) e regressão linear. Verificou-se inibição da germinação de P. maximum cv aruana a partir da concentração de 40% e de A. retroflexus na concentração a partir de 60%. No desenvolvimento inicial, houve redução do comprimento da raiz e parte aérea das plântulas na concentração de 20%, já a 10% houve estímulo da parte aérea. Concluímos que o extrato de Mimosa ramosissima possui capacidade de interferir negativamente na germinação e crescimento inicial de P. maximum cv aruana e A. retroflexus.
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